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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

TRE também condena Tarcisio Zimermann e mantém impugnação da candidatura dele em Novo Hamburgo

O TRE do RS confirmou nesta noite a impugnação da candidatura de Tarcisio Zimermann,  PT, à prefeitura de Novo Hamburgo. Ele disputa a reeleição.

. A decisão do Tribunal Regional Eleitoral foi decidida por 4 x 3. O presidente do TRE votou pelo desempate.

. O PT de Novo Hamburgo ainda não disse se o prefeito recorrerá ao TSE. Ele poderá fazer isto e prosseguir na campanha, mas dificilmente seu recurso terá sucesso. Seu principal concorrente, PauloKopschina, PMDB, resultou beneficiado.

Fonte: www.poibiobraga.com.br

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                   Mauri Martinelli
             Sociólogo

Maria Bethania - Tristeza do Jeca

LULA E DILMA COM JOÃO PAULO EM OSASCO - SP

terça-feira, 28 de agosto de 2012

PT pressionou diretor do DNIT para arrecadar para campanha da Dilma.

O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot, confirmou, em depoimento à CPI do Cachoeira, que trabalhou para arrecadar doação de campanha para a então candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff. Pagot contou que foi procurado pelo tesoureiro da campanha, o deputado federal José de Filippi (PT-SP), que lhe pediu ajuda. Pagot disse que lhe mostrou uma lista de 369 empresas que tinham contrato no DNIT e que o tesoureiro afirmou que ele não precisava se preocupar com as empresas maiores porque isso estava sendo tratado pelo comitê central de campanha. Mas que se quisesse, poderia pedir doação para 30 ou 40 empresas da lista.
 
O ex-diretor do DNIT disse que ao encontrar alguns empresários pediu a doação. "Acreditei que não estava cometendo irregularidades e não associei (a doação) a nenhum ato administrativo do DNIT", disse. Pagot afirmou que posteriormente à solicitação de doação ele recebeu alguns boletos que mostravam a doação feita legalmente na conta da campanha e que verificou depois que algumas empresa realmente tinham contribuído.
 
Sobre a suspeita de que teria havido desvio de recursos de parte da obra do Rodoanel, em São Paulo, para a campanha eleitoral de tucanos e aliados, Pagot afirmou que o relato lhe foi feito por um amigo. O ex-diretor do DNIT disse que havia uma obra em convênio com o Dersa, em São Paulo, no qual R$ 2,4 bilhões seriam de investimento de São Paulo e R$ 1,2 bilhão do governo federal. Na ocasião, afirmou Pagot, houve uma tentativa de se fazer um termo de ajustamento de conduta, reivindicado pelo Dersa, de mais R$ 260 milhões. "Era uma temeridade fazer qualquer aditivo em cima desse contrato porque se tratava de um contrato de empreitada global", explicou.
 
Pagot disse que recorreu à Advocacia Geral da União (AGU) para não assinar o contrato e o termo aditivo acabou não sendo feito. "Não existiu esse aditivo." Ele disse que passado esse episódio, ele se encontrou com um amigo em um restaurante em Brasília que o alertou dizendo que esse aditivo tinha finalidade de contribuir para a campanha de José Serra, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab. "Isso é uma conversa de bêbado, de botequim. É uma conversa que não se pode provar", afirmou Pagot. Segundo ele, o jornalista que publicou a suspeita escreveu o que quis e não o que ele afirmou. (Estadão)

Pagot nega que Paulo Preto tenha pedido doações para Serra.

Cai mais uma mentira petista. Pagot, o ex-diretor do DNIT que confirmou que o tesoureiro do PT pressionou para ter doações para Dilma, visitando-o dentro deste órgão público, negou peremptoriamente que o Paulo Preto tenha feito o mesmo tipo de demanda. Ponto final.

BESTA relincha enquanto mensaleiros vão para o brejo

Blog do Pannunzio

Está uma delícia acompanhar as reações da sub-imprensa contratada para melar o julgamento do mensalão. A "surpresa" com a condenação iminente dos principais quadrilheiros transformou a área de comentários dos sites da BESTA numa espécie de hospício virtual polvilhado de paranóicos e suas teorias da conspiração. Recomendo a leitura. Em um dos sites, leitores afirmam, por exemplo, que o STF se curvou ao império da velha mídia. Um dos comentaristas chega a sugerir que há dossiês contra os ministros da Corte que os estariam obrigando a condenar os inocentes comandados por Zé Dirceu.

Não se pode culpar os leitores por seus erros de avaliação. O erro é das fontes viciadas que os desinformam.

"O Mensalão está por provar-se", repetiu, exaustivamente, o guru da submídia mensaleira ao longo dos últimos meses. Agora que o Mensalão está praticamente provado, resta a surpresa de quem foi enganado pelo engodo de que tudo não passou de uma armação golpista da imprensa contra o santo Lula.

"Quero ver o Supremo condenar o Dirceu", escoiceava outro enganador pago pela viúva há semanas. Agora, viúvos estão os aficcionados pelo blá-blá-blá encomandado à BESTA, que não conseguem entender o que está acontecendo.

Luis Fux e Rosa Weber, julgadores que não tergiversaram no cumprimento do dever de condenar a cambada mensalista, causaram pasmo e estupor entre as vítimas da blogosfera estatal — como se esses juízes, cuja nomeação foi feita durante a gestão petista, tivessem a obrigação de retribuir com impunidade à indicação para integrar o STF.

Resta saber como reagirão os penas-alugadas da quadrilha quando o chefe da organização criminosa e seus subordinados começarem a lotar o chiqueirinho do camburão.



Destino da candidatura de Bordignon será decidido esta tarde no TRE. Candidato do PT foi incluído na lei da Ficha Limpa.

Será as 14h o julgamento do recurso do deputado Daniel Bordignon, líder do PT na Assembléia, que tenta reverter a impugnação da sua candidatura a prefeito de Gravataí, RS. Caso o TRE confirme a decisão, o candidato ainda poderá recorrer ao TSE, mas o risco da ação será enorme. O TSE decide tudo até 24 horas antes das eleições e neste caso o Partido pode substituir o candidato, mas não teria tempo de mudar o nome na urna eletrônica.

. A novidade é que a juiza também proibiu que o nome do candidato conste na urna eletrônica. É que a dra. Eda quer se prevenir diante da tentativa do PT de manter o nome de Bordignon na urna, mesmo substituindo-o 24 horas antes do pleito, como fez em 2008.

. Até o momento o deputado está impedido de concorrer. A decisão foi da juiza Eda de Miranda. Ele foi incluído na Lei da Ficha Limpa. A juiza tomou a decisão em função da sentença que o condenou á perda dos direitos políticos por oito anos, a contar de 31 de dezembro de 2004, consequência da rejeição das contas da época em que ele foi prefeito.

A casa caiu!

Tribunal manda investigar denúncia sobre crime eleitoral praticado pela deputada Ana Afonso, PT, cunhada do prefeito Ary Vanazzi

A Operação Cosa Nostra, desfechada há meio ano em São Leopoldo para apurar malfeitorias na prefeitura do PT, do prefeito Ary Vanazzi, finalmente teve desdobramento nesta segunda-feira, porque foi quando a 4a. Câmara Criminal decidiu levar adiante o pedido da Polícia Civil para investigar a deputada Ana Afonso, encaminhando o caso para o Tribunal Regional Eleitoral.

. A 4a. Câmara ainda nada decidiu sobre o caso do próprio prefeito Ary Vannazi, já que não falou sobre o pedido da Polícia Civil para investigá-lo. Pedido igual tramita no STJ para o caso dos deputados Ronaldo Zulke, PT, e Alexandre Rosso, PSB.

. A deputada Ana Afonso, uruguaia de nascimento, é cunhada do prefeito de São Leopoldo. O TRE terá que apurar a existência de crime eleitoral ocorrido durante a campanha dela. Uma das denúncias diz respeito à gráfica que a atendeu.

. A Assembléia do RS vem ignorando o caso. O assunto não foi levado à Comissão de Ética.

CLIQUE AQUI para examinar o dossiê com as denúncias contra a deputada e o seu cunhado, o prefeito de São Leopoldo.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

NOTÓRIO SABER JURÍDICO!!!

"NOTÓRIO SABER JURÍDICO" e "REPUTAÇÃO ILIBADA"

Quem é ele, você sabe ?
Dados
Nome: José Antonio Dias Toffoli
Profissão (atual): Ministro do Supremo Tribunal Federal /STF- Suprema Corte.
Idade: 41 anos
Um breve histórico, para entender a "coisa"
Currículo: "um passado não muito distante"...
- Formado pela USP
- Pos Graduação: nunca fez
- Mestrado: nunca fez
- Doutorado: tambem não
- Concursos prestados:
- 1994 foi reprovado em concursos para juiz estadual em São Paulo. ( é estadual e não Federal, não và se confundir).
- 1995 foi de novo reprovado em concursos para juiz estadual em São Paulo. ( é estadual e não Federal, não và se confundir).
- Depois disso, abriu um escritório e começou a atuar em movimentos populares. Nessa militância, aproximou-se do deputado federal Arlindo Chinaglia e deu o grande salto na carreira ao unir-se ao PT. (hummmmm)
Em Brasília:
- aproximou-se de Lula e Jose Dirceu;
- que o escolheram para ser advogado das campanhas 1998, 2002 e 2006;
- Com a vitória de Lula, foi nomeado subchefe assuntos Jurídicos da Casa Civil, então comandada por José Dirceu;
- Com a queda do chefe, pediu demissão e voltou a banca privada;
- Longe do governo, trabalhou na campanha à reeleição de Lula, serviço que lhe rendeu 1 milhão de reais em honorários.
- No segundo mandato, voltou ao governo como chefe da Advocacia-Geral da União;
- Toffoli é duas vezes réu. Ele foi condenado pela Justiça, em dois processos que correm em primeira instância no estado do Amapá. Em termos solenemente pesados, a sentença mais recente manda Toffoli devolver aos cofres públicos a quantia de 700.000 reais – dinheiro recebido "indevidamente e imoralmente" por contratos "absolutamente ilegais", celebrados entre seu escritório e o governo do Amapá.
- Um dos empecilhos mais incontornáveis para ele é sua visceral ligação com o PT, especialmente com o ex-ministro José Dirceu, o chefe da quadrilha do mensalão. De todos os ministros indicados por Lula para o Supremo, Toffoli é o que tem mais proximidade política e ideológica com o presidente e o partido. Sua carreira confunde-se com a trajetória de militante petista – essa simbiose é, ao fundo e ao cabo, a única justificativa para encaminhá-lo ao Supremo.
POSSE: Cadeira dos sonhos
No dia 23/10/2009, ocorreu a posse, de Dias Toffoli ministro do STF ( indicado pelo Presidente Lula).
Algumas atividades como Ministro do STF.
Ao longo de oito meses no STF, ele participou de julgamentos polêmicos e adotou posturas isoladas.
- Em março, foi o único entre dez ministros que votou favoravelmente ao pedido de habeas corpus para libertar José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal.
- Em maio, votou pela absolvição do deputado federal Zé Gerardo (PMDB-CE), primeiro parlamentar condenado pelo Supremo desde a Constituição de 1988 (o julgamento acabou em 7 a 3).
- Duas semanas depois, indeferiu um pedido de liminar em habeas corpus em favor do jornalista Diogo Mainardi, em processo no qual foi condenado por calúnia e difamação. Mainardi é crítico da gestão petista e de Lula.
Na quarta-feira passada, Toffoli, que também é ministro-substituto do Tribunal Superior - Eleitoral, pediu vista de um dos processos por propaganda eleitoral antecipada contra Lula e a pré-candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff. O julgamento avaliava um recurso contra uma decisão que multou os dois, nos valores de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, e que foi determinada pelo ministro Henrique Neves no dia 21 de maio.
Fonte: Gazeta do Povo

João Paulo Cunha, deputado do PT, já tomou quatro votos de condenação por corrupção. Carmem Lúcia foi a última a votar nesta segunda-feira.

- Matematicamente o deputado João Paulo Cunha já está condenado por corrupção. A Câmara terá que cassar seu mandato por falta de decoro parlamentar. Isto porque os ministros Gilmar Mendes e Ayres Brito, ao interromperem o voto da ministra Carmem Lúcia, apoiando-a num dos pontos centrais (o saque dos R$ 50 mil por parte da mulher do deputado) praticamente anteciparam seus votos.

Depois que o ministro Dias Toffoli votou de acordo com o pior que se esperava dele, ou seja, no caso do deputado João Paulo Cunha, absolvendo-o de todas as acusações, foi a vez da ministra Carmem Lúcia retomar o caminho natural das coisas e condenar o líder do PT por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato, neste caso por duas vezes.


. Até o momento, sempre neste caso de João Paulo Cunha (Marcos Valério, seus sócios e Henrique Pizzolato, estão sendo condenados por unanimidade) já teve estes votos (são 11 ministros)>


Condenação

Joaquim Barbosa
Rosa Weber
Luiz Fux
Carmem Lúcia

Absolvição

Ricardo Lewandowski
Dias Toffoli

. Quarta0-feira,  o julgamento abrirá com o voto de Cesar Peluso, que é até aqui o voto mais detestado pela nomenklatura petista.

Marcos Valério ameaçou abrir o bico caso ficasse sozinho no barco a caminho do naufrágio. Tomara que conte o que sabe

Não há esperança de salvação para Marcos Valério: condenado por corrupção ativa até por Ricardo Lewandowski, o diretor-executivo da quadrilha do mensalão já deve ter compreendido que foi escolhido para escalar o cadafalso com o apoio dos 11 juízes do Supremo Tribunal Federal. Para os brasileiros decentes, essa unanimidade seria a materialização de um sonho. Para os quadrilheiros e seus comparsas, tal goleada pode transformar-se na anunciação do pesadelo: e se o vigarista que se fantasiava de publicitário resolver abrir o bico?

Ele sabe muito mais do que descobriram a CPI dos Correios, a Polícia Federal, o Ministério Público e a imprensa. Tem mais segredos a revelar do que qualquer outro comparsa. Completou sete anos de mudez por acreditar que só o silêncio poderia livrá-lo da ruína financeira e da gaiola. Como segue desfrutando da vida de ricaço, pode-se deduzir que a primeira parte do acerto foi cumprida. A segunda começou a ser revogada no momento em que Lewandowski o condenou pelas bandidagens promovidas em parceria com Henrique Pizzolato.

A ruptura do acordo autorizará Marcos Valério a negociar em outras frentes a preservação do direito de ir e vir, sempre usando como moeda de troca informações de altíssima periculosidade. As revelações de Roberto Jefferson abalaram as fundações do governo Lula e puseram abaixo o templo das vestais que camuflava o bordel das messalinas do PT. O teor explosivo das histórias que Valério tem para contar é infinitamente maior.

Depois da primeira prisão preventiva, ele avisou mais de uma vez que, se fosse abandonado no barco a caminho do naufrágio, afundaria atirando ─ e tinha balas na agulha tanto para mensaleiros juramentados quanto para Lula. Na quarta-feira, com um recado em código, o advogado Marcelo Leonardo reiterou as ameaças do cliente: "Quero ver o que o tribunal vai decidir sobre os políticos", disse Leonardo depois da condenação de Valério pelas maracutaias envolvendo o Banco do Brasil. O primeiro político foi inocentado no dia seguinte.

Tomara que Valério reaja ao risco do naufrágio solitário com o cumprimento da promessa. Tomara que conte tudo, do mensalão mineiro à roubalheira imensa descoberta em 2005. Tomara que não poupe nenhuma das figuras com as quais contracenou, de Eduardo Azeredo a José Dirceu, de Clésio Andrade a Lula. O tumor da corrupção impune assumiu dimensões tão perturbadoras que talvez só possa ser lancetado por um corrupto de grosso calibre. Alguém como Marcos Valério.

PT paga o preço pelo personalismo de Lula.

O PT está enfrentando sérios problemas em tradicionais redutos eleitorais do partido. De nove capitais, em apenas duas têm chance de vencer as eleições municipais. Nas demais anda a reboque de nanicos como o PCdoB e outros. Um dos motivos, talvez o mais importante, é que o PT foi sugado pelo personalismo de Lula. O ex-presidente engoliu o partido, não dividindo com os companheiros nenhum mérito dos seus programas populistas como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, Prouni e outros. Não adianta dizer que Haddad  criou o Prouni porque, além de ser uma mentira documentada, já que Tarso Genro assina a lei, ninguém acredita que Lula, o Santo Lula, não tenha criado tudo. O eleitor pobre e desdentado vota no Lula, não no PT. O PT é sinônimo de Mensalão e Lula, dando entrevista ao New York Times para dizer que "acha" que não houve e "caso" haja culpados devem ser condenados, tira o seu corpo fora, defendendo a si mesmo e jogando os companheiros às feras. Dilma, como boa discípula, como poste que assume luz própria, segue pelo mesmo caminho. Não mexe um dedo pelo PT fora dos bastidores, aos olhos do eleitorado. O PT, corrupto e mensaleiro, virou um ônus para Lula e para Dilma. Que sem os dois não é nada, não mobiliza, não envolve, não convence, como está posto pelo quadro eleitoral municipal em todo o país.

No anonimato

Ele precisa aparecer

Um ano e oito meses após ter pisado na Câmara para descobrir o que faz um deputado, Tiririca, veja só, está em plena crise de identidade.

Na semana passada, ele desabafava com sua colega Jaqueline Roriz, no fundo do plenário da Câmara, e dizia que iria procurar a Record para tentar encontrar uma forma de voltar para a TV.

Tiririca acha que "foi engolido" pela Câmara, virou apenas mais um no parlamento e acabou refém do anonimato. Ele precisa aparecer. Tadinho do Tiririca.

Por Lauro Jardim

No Twitter o Mensalão já tem culpado

No Twitter, mensalão é mais Lula que Dirceu. Ex-presidente tem mais que o dobro de menções em posts sobre o escândalo 

O ex-presidente Lula foi mencionado 27.390 vezes em tweets sobre o mensalão desde o início do julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (2.ago.2012) até a última 6ª feira (24.ago.2012). O levantamento foi feito pela consultoria Bites e indica que
Lula, sem ser réu, é mais associado ao mensalão do que os principais acusados.
Charge: Chico Caruso
Os dados mostram que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado de ser o chefe da quadrilha do mensalão, foi mencionado em 11.181 tweets sobre o escândalo (2,5 vezes menos do que Lula).

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, apareceu em 2.125 referências. O publicitário Marcos Valério, em 2.567. Os 2 primeiros dias do julgamento (2 e 3.ago.2012) foram os que mais registraram tweets sobre o mensalão, diz o estudo. "Em apenas 48 horas houve 66.301, média de 1.381 por hora ou 23 por minuto". No dia 4, o volume de mensagens passou a 12.053 e caiu para 9.081 no dia 5. "Ele só voltou a subir na última quinta-feira [23.ago.2012], quando Lewandowski fez a leitura do seu voto. Foram 10.426 até às 23h59". Além disso, houve 1.545 referências provenientes de fora do Brasil ao mensalão. A Bites contou 44 países como origem desses posts. Referências ao STF mostram polarização entre Barbosa e Lewandowski No período do levantamento, os ministros do STF, responsáveis por absolver ou condenar os acusados de participar do mensalão, foram citados nominalmente 34.478 vezes no Twitter. Nesses posts, afirma a Bites, "a polarização ficou clara entre Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski" – respectivamente o relator e o revisor do processo. Enquanto Barbosa apareceu em 10.783 referências, Lewandowski ficou com 10.263. A consultoria afirma que "partidários dos reús" usam teses de Lewandowski para espalhar mensagens contra o STF. Mas quem quer ver os acusados condenados, apoia-se em Joaquim Barbosa. "O Twitter se transformou numa espécie de Fla x Flu com cada ministro no time adversário". O 3º magistrado do Supremo mais citado foi Dias Toffoli, com 5.684 citações –a isenção dele para julgar o caso foi questionada por jornais e juristas, mas decidiu participar assim mesmo do julgamento.

O ministro Cezar Peluso teve 2.518 menções. Ayres Britto, presidente da Corte, 1.532. Gilmar Mendes, 1.438. Marco Aurélio, 1.433. Rosa Weber, 281. Luiz Fux, 229. Carmen Lúcia, 85. Celso de Mello, 232.

domingo, 26 de agosto de 2012

Ex-presos políticos protestam contra Lula e o PT

Depois de tentar em vão serem recebidos pelo ex-presidente Lula, na manhã desta sexta-feira, em São Paulo, dois dirigentes do Fórum Permanente dos Ex-perseguidos Políticos procuraram a imprensa para criticar o PT e o governo federal. Um deles, Eduardo Ferreira de Albuquerque, de 56 anos, foi preso e torturado em 1980 por ter pichado um muro, na capital paulista, com a frase "Soltem o Lula". Na época, o então líder sindical estava preso por liderar greves na região do ABC paulista. Albuquerque e Francisco Ferreira de Oliveira, 80 anos, diretor tesoureiro do Fórum, queriam pedir a intervenção de Lula junto ao Ministério da Justiça para liberar o pagamento de indenizações de anistiados políticos que estão em atraso. Oliveira participou da luta armada contra o regime militar junto com a presidente Dilma Rousseff e passou dois anos e oito meses preso. Eles não conseguiram passar do portão do Instituto Lula, onde o ex-presidente dá expediente. "Quando o Lula estava preso, fiz mobilização para que o libertassem e acabei sofrendo oito dias de tortura, além de terem me tirado o emprego. Agora, ele bate a porta na minha cara", reclamou Albuquerque. "Sou do PT, mas o partido chegou ao poder e agora não cumpre a lei", completou Oliveira. Segundo ele, pelo menos 13 processos de anistia foram julgados no Estado de São Paulo e tiveram a decisão publicada, mas os beneficiários continuam sem receber a indenização. De acordo com o dirigente, a Lei da Anistia prevê o pagamento em até 60 dias após a publicação do julgado. "Temos casos que são de 2001 e os companheiros estão morrendo à míngua sem terem recebido um centavo". Oliveira contou que decidiu ir ao instituto depois de tentar o encontro com Lula durante vários meses para pedir que interviesse junto a Dilma. Ele e o colega foram atendidos no portão pelo presidente da entidade, Paulo Okamoto, mas não conseguiram o encontro com Lula. Naquele momento, o ex-presidente atendia o deputado federal Virgílio Guimarães (PT-MG) e, segundo Okamoto, não havia condições de incluir os ex-presos na agenda. Revoltado, Albuquerque disse que fará um plantão na frente do prédio em que Lula reside, em São Bernardo do Campo, até entregar a reivindicação dos ex-presos políticos a ele. "Fico revoltado porque o Lula agora recebe o Maluf (deputado federal Paulo Maluf PP-SP), mas não recebe a gente que lutou por ele", desabafou.

PT censura Jô Soares !.mov

Carlos Vereza OS PETRALHAS

Borneo- Exploração sexual de Orangotango.

Justiça Eleitoral deve impugnar coligações proporcionais que descumpriram a Lei 12.034, referente ao percentual de 30% candidatas a vereadora em Estância Velha, RS

Desde 2009, a lei 12.034 estabelece que "cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo".

Na eleição deste ano, 10,8% das coligações ainda descumprem essa exigência e têm menos que 30% de mulheres entre os candidatos. Essas coligações correm o risco de ter toda a lista de candidatos rejeitada por desrespeito à cota obrigatória.

Na prática, informa a Justiça Eleitoral, "a norma destina-se a incentivar a participação feminina na disputa política. Por isso, se fala em cota para as mulheres, mas a lista não pode conter 80% de candidatas do sexo feminino, por exemplo".

Mais mulheres
Os registros de candidatura para as eleições de 2012 mostram que, de um total de 16.748 coligações inscritas no país, 1.822 (10,87%) não possuem o percentual mínimo de candidatas mulheres.

Em 43 coligações, há somente candidatos homens.

Segundo os dados da Justiça Eleitoral, 83 coligações (0,4%) apresentam mais mulheres do que homens entre os candidatos ao pleito.

Os números mostram ainda que cinco coligações, formadas somente por mulheres, desrespeitam a lei por não garantirem 30% das vagas para um dos sexos – no caso, homens.


Arthur Virgílio ameaça deixar PSDB. E tem razão

Arthur Virgílio ameaça deixar PSDB. E tem razão

Pensem nesta vergonha, senhoras ministras e senhores ministros do Supremo: até agora, esta inocente é a única punida do mensalão!

Vocês têm de espalhar na rede a história desta mulher porque ela é a evidência viva do modo como "eles" operam. Ela se negou a endossar a roubalheira dos mensaleiros no Banco do Brasil. Sabem o que aconteceu? Perdeu o emprego, não consegue mais trabalho e já foi ameaçada de morte três vezes. Leiam a reportagem de Gustavo Ribeiro e Hugo Marques na VEJA desta semana.

Danevita: ela fez a coisa certa e, por isso, perdeu o emprego e recebeu três ameaças de morte

A publicitária Danevita Magalhães não ajudou a desviar recursos públicos, como fez o PT e seus dirigentes, não fraudou empréstimos bancários, como o empresário Marcos Valério, nem sacou dinheiro sujo na boca do caixa de um banco, como fizeram os políticos. Sua situação, porém, é bem pior que a de muitos deles. Ex-gerente do Núcleo de Mídia do Banco do Brasil, Danevita foi demitida por se recusar a assinar documentos que dariam ares de autenticidade a uma fraude milionária.

Depois de prestar um dos mais contundentes depoimentos do processo — desconstruindo a principal tese da defesa, de que não houve dinheiro público no esquema —, Danevita passou a sofrer ameaças de morte e não conseguiu mais arrumar emprego. A mulher que enfrentou os mensaleiros cumpre uma pena pesada desde que contou o que sabia, há sete anos. Rejeitada pelos antigos companheiros petistas, vive da caridade de amigos e familiares, sofre de depressão e pensa em deixar o Brasil. Só não fez isso ainda por falta de dinheiro.

O testemunho da publicitária foi invocado várias vezes no corpo da sentença dos dois ministros que votaram na semana passada. Entre 1997 e 2004, Danevita comandou o setor do Banco do Brasil responsável pelo pagamento das agências de publicidade que fazem a propaganda da instituição. Sua carreira foi destruída quando ela se negou a autorizar uma ordem de pagamento de 60 milhões de reais à DNA Propaganda, do empresário Marcos Valério. O motivo era elementar: o serviço não foi e nem seria realizado. Mais que isso: o dinheiro, antes de ser oficialmente liberado, já estava nas contas da DNA, o que contrariava frontalmente o procedimento do banco. Ela, portanto, negou-se a ser cúmplice da falcatrua. Em depoimento à Justiça, Danevita contou ainda que ouviu de um dos diretores da DNA que a cam­panha contratada jamais seria realiza­da. "Como não assinei, fui demitida", lembra.

Depois disso, ela não conse­guiu mais arrumar emprego e perdeu tudo o que tinha. Saiu de um padrão confortável de vida — incluindo um salário de 15000 reais, carro do ano e viagens frequentes — para depender da boa vontade de amigos e morar na casa da filha, que a sustenta. "Estou sofrendo as consequências desse esquema até hoje. O pior é que eu não participei de nada. Você deveria falar com Dirceu, Lula…", disse.

Danevita hoje vive reclusa na casa da filha e evita conversar sobre o mensalão. Ela conta que sofreu três ameaças de morte. Sempre telefonemas anônimos, pressionando-a para mudar suas alegações às autoridades. Seu desespero é tamanho que, em entrevista a VEJA, ela pediu para não ser mais procurada: "Peço que me deixem em paz. Eu não tenho mais nada a perder", disse. Danevita credita aos envolvidos no esquema — e prejudicados pelo teor do seu testemunho — as dificuldades que tem encontrado no mercado de trabalho. Apesar de um currículo que inclui altos cargos em empresas multinacionais, ela conseguiu apenas pequenos serviços. A publicitária não tem dúvida de que os mensaleiros a prejudicam, mas não cita nomes. "Fico muito magoada com isso. Já perdi meu dinheiro e minha dignidade", desabafa. Ela não acredita que o Supremo Tribunal Federal vá punir os mensaleiros.

Situação parecida vive o advogado Joel Santos Filho. Ele foi o autor da gravação do vídeo no qual o ex-diretor dos Correios Maurício Marinho aparece recebendo propina e contando como funcionava o esquema de arrecadação do PTB. A reportagem, publicada por VEJA em maio de 2005, está na gênese do escândalo. Foi a partir dela que o presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson, revelou a existência do mensalão. Joel conta que foi chamado por um amigo empresário, que tinha os interesses comerciais prejudicados nos Correios, para colher provas de que lá funcionava um esquema de extorsão. Pelo trabalho de filmagem, não ganhou nada e ainda perdeu o que tinha. Durante as investigações do mensalão, Joel teve documentos e computadores apreendidos — e nunca devolvidos. Apesar de não ter sido acusado de nada, foi preso por cinco dias e ameaçado na cadeia: "Fui abordado por outro preso, que disse saber onde minha família morava e minhas filhas estudavam. Ele me alertou: 'Pense no que vai falar, você pode ter problemas lá fora". Joel sustenta sua família hoje por meio de bicos. "Fiquei marcado de uma forma muito negativa", lamenta.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Gaúcho da Fronteira Nhecovari e Nhecofum - Viola Minha Viola 26/06/2011

Lewandowski: condescendente com petistas e linha dura com pés-de-chinelo


O Lewandowski amigo e condescendente com os petistas mais graúdos não é o mesmo quando o julgado é um pé-de-chinelo que rouba "12 camarões" (isso mesmo, nosso Supremo julga isso) ou um farol de milha de moto que custa R$ 13.
Reparem o que Monica Bérgamo escreve hoje na FSP:
LINHA DURA

E Lewandowski tem sido duro em outros julgamentos. Anteontem, numa das turmas do STF, negou habeas corpus para um carcereiro acusado de peculato em Tatuí, em SP. Ele foi condenado por furtar o farol de milha de uma moto. O valor, apurado em perícia: R$ 13.
LINHA DURA 2

Lewandowski, também contra um pescador que fisgou ilegalmente 12 camarões em Santa Catarina, foi voto vencido: Gilmar Mendes e Cesar Peluzo, da mesma turma, defenderam o trancamento das ações. Numa terceira, sobre o furto de uma bermuda, acompanharam Lewandowski: o réu tinha antecedentes criminais.


Gaúcho da Fronteira - Viola Minha Viola 2008

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

22/08/2012

Mercadante decide maquiar os números do Ideb e prepara o desastre final no ensino médio, que será transferido para as universidades federais. É uma obra de gigante, em parceria com Dilma

Se a educação brasileira já amarga alguns vexames em exames internacionais, é porque ainda não vimos — será coisa para os nossos filhos — o resultado dos desastres que estão sendo contratados agora. A dupla Dilma Rousseff-Aloizio Mercadante está preparando uma bomba de efeito retardado, que vai explodir mais adiante. Tão logo a presidente meta as digitais na lei que institui 50% de cotas das universidades federais para alunos oriundos do ensino público, essas instituições estarão marcando um encontro com o declínio. Viverão dias piores do que os atuais, que já não são gloriosos.

Preconceito contra aluno da escola pública? Besteira! O problema é que essa é escola é ruim de doer. A seleção dos mais aptos a enfrentar um curso universitário pode ser uma evidência de que o sistema é ruim, mas ao menos preserva o terceiro grau público de horrores extremos. Essa linha está sendo rompida. Nos últimos 10 anos, dobrou o percentual de universitários praticamente analfabetos: de 2% para 4%; aumentou brutalmente o de estudantes não plenamente alfabetizados: de 24% para 38%. E vai piorar.

Depois do resultado desastroso do Ideb, especialmente para o ensino médio, Mercadante resolveu ter uma ideia — e eu sempre temi por esse momento. Quer mudar a grade curricular do ensino médio, diminuindo o número de disciplinas, adaptando-a àqueles nomes entre o intangível e o pernóstico das provas do Enem: "Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias" (língua portuguesa e uma língua estrangeira ao menos), Matemática e Suas Tecnologias (é aquela tal matemática), Ciências da Natureza e Suas Tecnologias (física, química e biologia), Ciências Humanas e Suas Tecnologias (história, geografia, sociologia, filosofia). Se você quer compreender os propósitos do MEC com essa nomenclatura, clique aqui. Mas trague bem devagar…

Já andei escrevendo sobre algumas delinquências intelectuais em questões do Enem. Em "Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias", pobre do aluno que não for um apreciador de história em quadrinhos, por exemplo! Se ele não souber a diferença entre um pronome e uma fatia de mortadela, isso não é assim tão relevante. Mas não vou me perder nisso agora. Embora as provas tenham aqueles nomes arcanos, basta examiná-las para saber que as disciplinas originais, não obstante, continuam lá — embora filtradas, especialmente nas ciências humanas, pelo viés social, proselitista e até populista.

Muito bem! Mercadante, o nosso gênio reformador, diz que vai querer menos disciplinas. Entendo, então, que professores generalistas passariam a dar aula, deixem-me ver, de "Ciências da Natureza". Certo! Teremos químicos explicando o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, físicos ensinando os mistérios dos esporos e biólogos descobrindo os caminhos insondáveis da química inorgânica!

Em "Ciências Humanas e Suas Tecnologias", que já é mesmo terra de ninguém, prestando-se a toda sorte de vigarices (e os professores sérios não se zanguem, porque vocês sabem do que estou falando), geógrafos poderão abandonar de vez os afluentes do Amazonas (brincadeirinha…) e a altitude do Aconcágua para se dedicar, como está naquela verborreia do MEC, a  "comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura". Não sei que zorra é essa, mas deve ser importante… Mesmo que o professor de filosofia seja um ignorante em história, ele pode ocupar o seu tempo (também cito o MEC), "analisando o papel da justiça como instituição na organização das sociedades". Tendo o professor de história de dar aula de geografia, ele que  reconheça "a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas". Compreenderam?

Onde estão esses professores? São formados por qual universidade? Nas escolas particulares de alta performance, professores distintos dão aula de álgebra e geometria, por exemplo. Em alguns, a química também tem os seus especialistas — há os que preferem a orgânica; há os que preferem a inorgânica. Mercadante quer fazer a sua revolução sem nem mesmo a definição de um currículo mínimo.

Maquiagem dos números
O ministro tomou outra decisão importante. Como não gostou dos números do Ideb, resolveu mudar o critério. Perde-se, assim, a série histórica. E vocês já podem esperar um grande salto nos anos seguintes. Leiam o que informa Rafael Moraes Moura, no Estadão. Volto em seguida:

Uma semana após a divulgação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011 ter apontado a estagnação do ensino médio no País, o Ministério da Educação (MEC) confirmou nesta terça-feira, 21, que mudará a fórmula para calcular o índice. Em vez de usar a Prova Brasil, que indica que o desempenho dos estudantes ficou praticamente estável entre 2009 e 2010, o governo utilizará os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que mostram um avanço na aprendizagem.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, nega que a troca tenha como objetivo maquiar os números do Ideb. "O Enem é que realmente avalia a qualidade do ensino médio." Para ele, o estudante faz o Enem com mais empenho, pois a nota pode ser usada para entrar em universidades. Já a Prova Brasil é apenas uma avaliação, diz. "O Enem ele faz sabendo que é uma prova decisiva, ele dá o melhor de si." A ideia é adotar a nova equação já no próximo Ideb, em 2013.

Hoje o Ideb combina o desempenho na Prova Brasil com a taxa de aprovação. Comparando a evolução do desempenho em português e matemática nesta prova, a avaliação dos alunos no ensino médio ficou praticamente estável entre 2009 e 2011. A evolução do Ideb no ensino médio foi tímida – saltou de 3,6 (2009) para 3,7 (2011). Se considerar só a rede estadual, o indicador se manteve estagnado em 3,4, sendo que no Distrito Federal e em nove Estados houve queda.

Já no Enem, a nota dos concluintes do ensino médio de escolas públicas saltou de 480,2 para 492,9 em matemática, entre 2010 e 2011 – a Teoria de Resposta ao Item (TRI) calibrou o grau de dificuldade dos dois últimos exames, permitindo a comparação. Em português, o desempenho foi de 490,6 para 503,7. "O Enem mostra que houve uma evolução muito positiva no aprendizado da matemática e do português", destacou o ministro.

Para o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa, o governo não está criando "uma saída para mascarar os números". "Temos desafios no ensino médio e pretendemos achar uma medida mais exata para enfrentá-los. A nota do Enem mostra outra tendência, mas não minimiza os problemas." Dentro de 60 dias, o Inep deverá entregar ao ministro um estudo técnico sobre a mudança de cálculo do Ideb e suas implicações. Uma das preocupações é não perder a série histórica projetada para os próximos anos – a meta do Ideb para 2021 é 5,2.
(…)


Voltei

É surrealista! Como não perder a "média histórica" se estão mudando os critérios de aferição? Como os números estão ruins, Mercadante resolveu produzir números melhores sem mudar a qualidade da educação, entenderam? É o jeito petista de fazer as coisas. Assim, quem sabe o ministro entre para a história como o  responsável pelo maior salto jamais havido no Ideb!!! É impressionante!

Então vejam como as coisas se combinam. Mercadante prepara uma maquiagem do Ideb para melhorar os números, arma a arapuca das cotas nas universidades públicas e encomenda uma mudança de currículo no ensino médio que vai substituir o conhecimento específico pela verborragia social. Os professores especialistas pararão de importunar os alunos com o rigor que ainda lhes resta e poderão se dedicar a ensinar um pouco de quase tudo. Aí basta chutar o aluno que teve aula de biologia com um professor de física para a faculdade de medicina e o que teve aula de física com o professor de química para a faculdade de engenharia civil… Nos cursos de humanidades, a coisa tende a ficar como está: basta ter bons propósitos, pregar justiça social, demonizar o capital e a "mídia", e estamos conversados!

Não nos esqueçamos de que Mercadante conseguiu seu doutorado na Unicamp com uma "tese" cantando as glórias do governo Lula. Viva a pátria livre dos apedeutas!

Por Reinaldo Azevedo

Socialismo tardio

"Presidentes que não saem do ar: Hugo Chávez, da Venezuela, Cristina Kirchner, da Argentina, e Rafael Correa, do Equador, usam redes nacionais de rádio e TV para impor sua visão", informa O GLOBO de ontem em matéria que revela como arma política o "microfone estatal a serviço do poder".
Estive em Cuba com minha família há apenas alguns anos. Fidel Castro era ainda presidente. Quando liguei a televisão no hotel e percorri os canais, o comandante estava em todos eles. Era ainda pior do que esse clássico sintoma de tiranetes em ascensão que se comunicam com frequência em cadeias nacionais de televisão. Filmado em diferentes ocasiões, em longuíssimos discursos, fazia preleções para crianças em escolas, presidia reuniões políticas, exortava jovens em cerimônias de formatura universitária, recebia delegações políticas estrangeiras, em onipresente tentativa de lavagem cerebral. Entusiasmante nos primeiros minutos, tolerável por meia hora e insuportável a partir de então. Chávez, a cuja visita pude assistir naquela ocasião, teve mesmo em Fidel um grande mestre.
Hoje sabemos todos que Lula não era Chávez. Mas nem todos sabíamos que o Brasil não é a Venezuela. O antigo procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza sabia. O atual procurador-geral, Roberto Gurgel, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa também. Quem não sabia era a turma do mensalão.
Há quem, ainda hoje, acredite na concentração dos poderes políticos, na centralização administrativa, na estatização da economia e no controle da mídia como receitas adequadas para o Brasil. O equívoco intelectual tem nome: um exacerbado socialismo nacionalista.
Essa é uma estrada conhecida, trilhada à "esquerda" e à "direita" por regimes totalitários que infelicitaram milhões de seres humanos. Enveredaram por esse caminho as ditaduras de partido único da Itália de Mussolini, da Alemanha de Hitler, da Rússia de Stalin. O caminho da servidão.
"Mussolini foi antes de tudo um socialista. O ingrediente nacionalista foi também virulento. O fascismo italiano é, como o nazismo alemão, um nacional-socialismo", diagnostica o insuspeito e lúcido Edgar Morin, em "Cultura e barbárie europeias" (2005). O socialismo bolivariano é a doença latina do século XXI.
O GLOBO - 20/08/2012

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Jornalista demitida por falar verdade mas valeu a apena

O Trabalho do Maçom

Entenda tudo sobre o Mensalão, o julgamento que mandará para o lixo da história um Partido e um Governo que enganaram o Brasil


CLIQUE AQUI para examinar o mais completo e atualizado resumo sobre o atual processo do Mensalão e também toda a escabrosa e sórdida história protagonizada pela organização criminosa montada pelo PT e pelo governo Lula para corromper parlamentares e eleitores com dinheiro roubado do setor público. Este serviço maravilhoso é do jornal O Estado de S. Paulo e merece ser lido, copiado e passado adiante. 

No final de 2005, logo após o caso do mensalão estourar, em entrevista ao Estado,Delúbio Soares avaliou a crise no PT e previu que o julgamento do mensalão não iria para frente. "Nós seremos vitoriosos, não só na Justiça, mas no processo político. É só ter calma. Em três ou quatro anos, tudo será esclarecido e esquecido, e acabará virando piada de salão", apostou.

. Contrariando essa e outras previsões que colocavam em dúvida o julgamento sobre a principal crise do governo Lula, a data foi marcada. Sete anos após o caso vir à tona, teve início no dia 2 de agosto o julgamento dos 38 réus do mensalão.
. A expectativa é de que o julgamento seja o mais longo da história do STF, durando oito semanas ao todo. Em 120 anos, o Supremo conduziu processos que duraram no máximo sete semanas. Serão pelo menos 24 sessões ordinárias, entre colocações do relator, do procurador-geral da República e dos advogados de defesa, para então os ministros votarem. 
. Para fechar o ano com o mensalão julgado, o STF arcou com um custo elevado chegando arevelar algumas rusgas entre ministros. O calendário corrido permitiu que Cezar Peluso, considerado como um dos mais experientes, e Carlos Ayres Britto, atual presidente da Corte, participassem antes de completarem 70 anos e deixassem seus cargos de forma compulsória.

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A Diferença entre Socialismo e Comunismo

Karl Marx, Lênin e Hitler - A História do Futuro do Brasil

FORO DE SÃO PAULO: A Implantação do Comunismo na América Latina | Graça ...


FORO DE SÃO PAULO: A Implantação do Comunismo na América Latina


FORO DE SÃO PAULO: A Implantação do Comunismo na América Latina |
Graça Salgueiro

http://www.youtube.com/watch?v=CWRxojjeRvM&feature=share

Palestra proferida em Pernambuco, Recife, no dia 13 de junho de 2012, por  Graça Salgueiro, articulista do blog Nota Latina. O tema da palestra foi o  Avanço do Comunismo na América Latina e as Conseqüências Catastróficas na sociedade.



domingo, 19 de agosto de 2012

José Eduardo Cardozo - O mensalão existiu

Entrevista:
VEJA
16/02/2008

O novo secretário-geral do PT reconhece a existência
de esquema de cooptação de políticos e diz que o partido
precisa retomar a bandeira da ética
Otávio Cabral

Ana Araújo
"Vou ser claro: teve pagamento ilegal de recursos para políticos aliados? Teve. Ponto final. É ilegal? É. É indiscutível? É. Nós não podemos esconder esse fato da sociedade"
O deputado José Eduardo Cardozo assumiu a secretaria-geral do PT, o segundo posto mais alto da hierarquia do partido – cargo que já foi ocupado por Silvio Pereira, o Silvinho, uma das estrelas do escândalo do mensalão. Nas últimas eleições internas do PT, José Eduardo disputou a presidência com um discurso crítico em relação ao comportamento e às atitudes dos atuais comandantes da legenda. Prometia que, se eleito, promoveria uma faxina ética no partido. Foi derrotado. Ex-integrante da CPI dos Correios, o deputado acompanhou de perto as investigações que revelaram os métodos utilizados pelas lideranças petistas para comprar apoio político no Congresso. Por isso, ao contrário dos seus colegas de partido, talvez ele seja o único a reconhecer a existência do mensalão e a defender a punição dos envolvidos. O deputado assume o cargo que exercerá ao lado de figuras que prometia combater. Na semana passada, José Eduardo Cardozo falou a VEJA sobre o desafio de fazer uma depuração ética no PT e sobre o paradoxo de ter ao lado companheiros que colaboraram para levar o partido ao fundo do poço.

Veja – O senhor foi candidato à presidência do PT com a proposta de refundação do partido, de expurgar os corruptos e as práticas de corrupção. Dois meses depois de ser derrotado, assume a secretaria-geral do partido presidido por um aloprado (Ricardo Berzoini) e com influência de mensaleiros. Como explicar essa contradição?


José Eduardo Cardozo – Não há contradição. A executiva do PT é formada proporcionalmente por todas as correntes. A chapa pela qual eu fui candidato, a Mensagem ao Partido, chegou em terceiro lugar e ficou com parte do comando. Garanto que todos os membros de nossa chapa no diretório nacional seguirão nossas propostas, nossa linha de conduta. Vamos defender a instituição do código de ética, o resgate da democracia partidária e a depuração ética do partido. Só aceitei assumir a secretaria-geral com esses compromissos.


Veja – Mas é possível conseguir isso com o partido ainda dominado pelo Campo Majoritário dos "aloprados"?

José Eduardo – Espero que sim. Há uma percepção hoje em todas as correntes do PT de que é necessário resgatar os compromissos éticos históricos do partido.


Veja – O seu nome chegou a ser cogitado para ocupar a relatoria da CPI dos Cartões. O senhor acha correto uma investigação deixar de fora os gastos pessoais e familiares do presidente Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?

José Eduardo – É inaceitável um tipo de acordo que implique cumplicidade com o ilícito. Aliás, acordos na vida política devem ser feitos à luz do dia e dentro de parâmetros éticos. Mas é importante frisar que em assuntos que envolvam segurança de estado e de autoridades há que ter muita cautela para que, no calor de uma disputa política, não se criem problemas para o país. Tudo deverá ser investigado, mas o que trouxer riscos para a segurança do estado não poderá ser divulgado publicamente.


Veja – Vamos analisar, então, uma questão prática. A ex-ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro deixou o cargo depois da revelação sobre seus gastos irregulares com o cartão corporativo. Mas o PT, em vez de repreendê-la ou abrir um processo interno, soltou uma nota atribuindo sua saída ao preconceito das elites. Não está na hora de o PT parar de passar a mão na cabeça de seus aloprados?

José Eduardo – Não quero analisar situações individuais, pré-julgamentos são sempre ruins. Mas qualquer desvio ético que um petista cometa tem de ser rigorosamente punido. Nós temos de ser mais duros com nossos militantes e dirigentes do que somos com nossos adversários. Um partido que entende que a ética é indispensável para a construção da democracia, como nós sempre sustentamos, não pode defender a ética para fora e não colocar a ética para dentro. Em qualquer escândalo, denúncia ou suspeita, o PT tem de ter uma postura ativa. Seja para absolver, seja para condenar. Não pode se omitir, não pode passar a mão na cabeça.


Veja – Mas, no caso dos cartões, o PT não está passando a mão na cabeça?

José Eduardo – Não. A intenção clara do PT é que qualquer situação que envolva o uso de cartões corporativos seja investigada a fundo. Mas não se pode esquecer que esse caso dos cartões é um problema de descontrole administrativo da máquina da União não só no atual governo. É um problema pontual, envolvendo alguns funcionários, que os nossos adversários utilizavam para transformar em uma crise política do governo do PT. Querem carimbar no PT e em Lula uma questão administrativa, o que é um erro. Como seria um erro se tentássemos carimbar no PSDB erros do governo FHC no uso de cartões. Esse perío-do no governo nos ensinou que devemos dar o peso e o tom certos às coisas, sob pena de nossa retórica política se voltar contra nós mesmos. Isso não significa impunidade. Mas nunca devemos pegar uma situação estrutural e administrativa, que tem de ser corrigida, e transformá-la em uma crise. Esse comportamento leva a generalizações do tipo "todo mundo é igual". E nem todo mundo é igual na política.


Veja – Mas não são as práticas dos políticos brasileiros, a sucessão de escândalos em todos os partidos, que levam a essa generalização?

José Eduardo – Estou convencido de que a questão da ética e da falta de dimensão republicana de separar a coisa pública da coisa privada é o principal problema brasileiro da atualidade. Não é uma questão nova. Desde a chegada de Cabral até hoje, a distinção entre o público e o privado não existe. Não é à toa que se consolidaram frases como "Rouba, mas faz". Isso traz um viés perverso de dizer que todo político é ladrão, como se fosse da genética da classe política se apropriar da coisa pública. Quando se diz que todo político é ladrão, não se faz uma denúncia, mas se legitima o crime. Há muita corrupção, mas, de 1988 para cá, criaram-se novos mecanismos de controle da administração pública. Mecanismos de transparência como a liberdade de imprensa e o trabalho do Ministério Público permitiram que situações que existiam e estavam escondidas viessem à tona. Hoje há mais mecanismos para detectar a corrupção. Quanto mais um governo incentiva a transparência, mais exposto ele está.


Veja – Com esse discurso, o senhor quer dizer que não há corrupção no governo Lula? Como membro da CPI dos Correios, o senhor acha que o mensalão existiu ou compactua com a visão de colegas de partido de que foi tudo um complô das elites contra o governo Lula?

José Eduardo – Eu tento evitar conflitos semânticos. E a palavra mensalão pode ter vários sentidos. Naquele caso, eu não tenho dúvida de que houve situações de ilegalidade com a destinação de recursos financeiros de forma indevida a aliados políticos. Não tenho a menor dúvida.


Veja – O senhor não está minimizando muito o que aconteceu?

José Eduardo – Vou ser claro: teve pagamento ilegal de recursos para políticos aliados? Teve. Ponto final. É ilegal? É. É indiscutível? É. Nós não podemos esconder esse fato da sociedade e temos de punir quem praticou esses atos e aprender com os erros.


Veja – O senhor já teve sérias divergências com o ex-ministro José Dirceu. Hoje, mesmo depois de ter sido cassado e denunciado, ele ainda é um dos mais influentes membros do PT. Essa influência não é nefasta para o partido?

José Eduardo – Posso falar isso com bastante tranqüilidade porque sempre tive muitas divergências com o José Dirceu. Mas é inegável o papel que ele teve na construção do PT, no combate à ditadura, na chegada de Lula à Presidência. Essa história não se apaga. É natural que tenha uma influência grande no PT.


Veja – O senhor é a favor da anistia política para ele?

José Eduardo – Há um processo no Supremo Tribunal Federal contra Dirceu. Ele próprio diz que espera ser absolvido no Supremo para dar início ao processo de anistia. É uma postura legítima. Agora, com muita franqueza, no processo de cassação do Dirceu, olhando as provas, não havia motivos para a condenação.


Veja – O PT fez uma festa para celebrar seu 28º aniversário. O que há para comemorar e o que há para se envergonhar na história do partido?

José Eduardo – Temos de nos orgulhar de ser o maior partido de esquerda da América Latina. De termos dirigido grandes prefeituras e inovado a história administrativa brasileira com projetos como o orçamento participativo. De termos administrado estados importantes. E de termos elegido o primeiro presidente da República vindo da classe trabalhadora. É evidente que existiram equívocos na nossa história. O principal é o fato de alguns dirigentes, por um pragmatismo equivocado, terem esquecido que a questão ética é indispensável na construção de nossas bandeiras. Isso nos trouxe muita dor, muito sofrimento, muito desgaste.


Veja – O senhor acha que o PT deve ter candidato à sucessão de Lula? Ou pode apoiar alguém de outro partido, como Ciro Gomes ou Aécio Neves?

José Eduardo – Seria absurdo para um partido com a dimensão do PT, que tem o atual presidente da República, renunciar a priori a uma candidatura presidencial. Seria uma demonstração de fraqueza incompatível com o que o PT tem de história política. O PT tem de lutar para ter o candidato da aliança à Presidência, mas sem ignorar que os outros partidos também têm o direito de fazê-lo. Diante dessa realidade, cabe a nós respeitar os aliados, não tratá-los com autoritarismo e buscar construir uma candidatura comum. De preferência, do PT.


Veja – Em duas capitais – Belo Horizonte e Vitória – há negociações para alianças entre o PT e o PSDB nas eleições para prefeito deste ano. O senhor defende essa aproximação?

José Eduardo – A agenda eleitoral brasileira, com disputa a cada dois anos, cria falsas polarizações e distanciamentos que talvez não devessem ocorrer. Mas a grande verdade é que, no atual quadro, os principais antagonistas do PT são o PSDB e os Democratas. Isso não pode ser desprezado na formulação de alianças. É muito difícil aceitar uma aproximação com esses partidos, que serão nossos principais adversários em 2010.


Veja – Quem deve ser o candidato do PT à prefeitura de São Paulo?

José Eduardo – A ministra Marta Suplicy. O PT tem de usar os nomes que mais fortalecem o partido nas grandes cidades. Em São Paulo, a Marta reúne condições de ganhar as eleições. Temos de convencê-la a ser candidata. Mas é legítimo que ela não queira. Se não quiser, há outros nomes, como o meu.


Veja – O presidente Lula será o principal cabo eleitoral do PT? Quais os pontos fortes do governo dele?

José Eduardo – Sem dúvida, Lula será nosso cabo eleitoral mais importante. Ele conseguiu fazer um marco na história política brasileira que é o combate à exclusão social. Outro marco é a conquista da estabilidade econômica, que permite ao governo atuar fortemente na busca do crescimento.


Veja – Quais os pontos fracos?

José Eduardo – Obviamente, o governo Lula cometeu erros. O principal foi a falta de um investimento sério na reforma política. Nosso sistema eleitoral é hipócrita, promíscuo, causa corrupção. É um sistema que enfraquece os partidos, que torna insuperável as relações fisiológicas e clientelistas para a conquista de maioria no Legislativo pelo Executivo. É difícil que ainda saia alguma reforma nestes últimos três anos de governo, mas o PT não pode abandonar a idéia. É preciso procurar diálogo com os partidos da base e da oposição na busca de um grande esforço pela reforma política. Chegou a hora de termos um pouco mais de maturidade, que nem sempre a classe política tem, para pensar um pouco mais no estado brasileiro do que em nossas disputas políticas.


Veja – Com esse sistema que está aí e a sucessão de escândalos, ser político hoje é motivo de orgulho?

José Eduardo – As pessoas entram na política por idealismo, por vaidade, por carreirismo e alguns até pela perspectiva do enriquecimento. Enquanto esse sistema prevalecer, aqueles que entram buscando agir de forma séria sofrem um ônus pessoal tão grande que vão deixando a política. É triste se comportar com lisura, com ética, e passar numa praia e ouvir: "Ô, mensaleiro!". Lembro que, certa vez, cheguei em casa uma noite e minha filha, então com 7 anos, me perguntou, chateada: "Pai, nosso dinheiro é roubado?". Fiquei chocado. "Como assim, minha filha?" "Na escola, disseram que político é ladrão e que você rouba." Por essas e outras, cada vez mais vejo pessoas honestas saindo da política. E cada vez mais tende a aumentar a participação de pessoas desonestas, do crime organizado, de setores sem nenhum compromisso com o interesse público. Sem a reforma política, os éticos correm o risco de ser derrotados definitivamente pelos desonestos.