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domingo, 30 de setembro de 2012

Eis por que o Brasil de Lula tem de acabar para que nasça o Brasil dos brasileiros

Vamos lá! Eu não sei se Fernando Haddad, candidato de Lula (não exatamente do PT) à Prefeitura de São Paulo, vai ou não para o segundo turno. Espero que não! E a razão é simples. O Brasil de Lula tem de acabar se o Brasil dos brasileiros quer nascer. E isso não é só retórica. Ontem, o ex-presidente comandou um ato em defesa do postulante petista com alunos beneficiados pelo ProUni. O palco do encontro foi a UniNove, instituição de ensino que está entre as mais contempladas com bolsas — muito especialmente em cursos que não requerem nada além de saliva e giz. Então vamos ver: beneficiados e beneficiários de um programa federal — financiado pelo estado brasileiro e, portanto, por não petistas também — são mobilizados em apoio ao candidato do partido que está no governo; candidato esse que era o chefe da concessão dessas bolsas.

Isso seria um escândalo em qualquer país democrático do mundo. Tanto Lula como Dilma, quando candidatos, falaram a beneficiários do Bolsa Família, por exemplo. Trata-se de uma espécie de privatização, em favor de um partido, de programas que são financiados pelo estado brasileiro, por dinheiro público. É essencialmente imoral! Ainda que se possa alegar que as pessoas que lá compareceram o fizeram por conta própria, é evidente que a máquina de constrangimento sempre opera nessas horas. Ainda que não operasse, o PT não pode fazer de conta que os recursos que sustentam o programa pertencem ao partido.

Em sua vociferação, Lula, claro!, atacou as oposições, que estariam fazendo jogo rasteiro ao "explorar" o mensalão e se dedicou a seu esporte predileto nos últimos, deixem-me ver, 18 anos: atacar FHC! Leiam isto:
"No nosso governo, as pessoas são julgadas, e as coisas são apuradas. No deles, tripudiam. Na nossa casa, quando nosso filho é suspeito de cometer um erro, nós investigamos e não culpamos os vizinhos, como eles costumam fazer."

Até outro dia, Lula dizia que o mensalão nunca tinha existido, que se tratava de uma invenção da oposição e que ele, ora vejam!, iria querer apurar o que aconteceu para contar a verdade ao povo. Huuummm… De que erro estaria falando agora?

Mas já que falou em "filho", noto que as instâncias de investigação da República foram generosas com ele. Nunca se procurou investigar, por exemplo, em que circunstâncias a então Telemar, hoje OI, investiu, no total, R$ 15 milhões na Gamecorp, a empresa de Fábio Luiz da Silva, o Lulinha. Tratava-se de uma concessionária de serviço público, de que o BNDES é sócio, enfiando dinheiro num empreendimento do filho do presidente, cuja aventura maior no mundo profissional, até então, tinha sido ser monitor de jardim zoológico. Nesse caso, Lula não só passou a mão na cabeça do "nosso filho" como disse ainda que o rapaz era o Ronaldinho dos negócios. As últimas notícias dão conta de que a empresa está em sérias dificuldades.

Lula está se orgulhando do quê? Tentou, por todos os meios — e tenta ainda — intimidar os ministros do Supremo. Buscou falar a linguagem da chantagem com Gilmar Mendes, por exemplo. Deu-se mal porque não havia o que chantagear. Seus porta-vozes, hoje, se dedicam à cotidiana tentativa de desqualificar o Supremo.

O surto teve início quando um estudante, provavelmente do PSOL, ergueu uma faixa com a inscrição: "Renovação com Mensalão? PT do Lula tem o mensalão, PT do Haddad tem paralização na educação". O Apedeuta, filho de mãe que nasceu analfabeta (coitada!!!), não reclamou da "paralização" com "z". Ali estava, à sua moda, uma obra de Haddad. O Bell'Antonio de Lula também discursou. Mas farei um post só pra ele.

Texto publicado originalmente às 4h55
Por Reinaldo Azevedo

Pode chorar mas eu não voto no PT!!

Pode chorar mas eu não voto no PT!!

Video aula da tekpix - sensacional!!!

CAPTURANDO PORCOS SELVAGENS

Você sabe como capturar porcos selvagens? Não? Então leia este texto.

Havia um professor de química em um grande colégio com alunos de intercâmbio em sua turma. Um dia, enquanto a turma estava no laboratório, o professor notou um jovem do intercâmbio que continuamente coçava as costas e se esticava como se elas doessem.


O professor perguntou ao jovem qual era o problema. O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os socialistas de seu país nativo que estavam tentando derrubar seu governo e instalar um novo regime, um "outro mundo possível".


No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta: "O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?"


O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada.


"Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos, todos os dias, aparecem para comer o milho que lhe é oferecido gratuitamente. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca, mas só em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com aquela cerca, só de um lado, eles voltam a comer gratuito, aí você aumenta a cerca para o outro lado. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer, sempre de graça. Então você amplia mais um pouco a cerca até que os quatro lados do terreno esteja completamente cercado e com uma única porta. Os porcos, que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, começam a vir tranquilos e entram felizes pelo portão. Aí, meu caro, você fecha a porteira e captura o grupo todo."


"Assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão, pois agora já estão acostumados a serem humilhados em troca das esmolas que lhes são ofertadas"


Terminado o relato o jovem então disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer neste país. O governo ficava empurrando o povo para o socialismo e espalhando o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsa-família, bolsa-escola e todo tipo de "bolsa-esmola" mais os impostos variados e contribuições provisórias que se tornam permanentes, estatutos de "proteção", cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, pagamentos para não plantar, programas de "bem-estar-social", medicina e medicamentos "gratuitos", sempre e sempre novas leis, etc, tudo ao custo da perda contínua da liberdade, migalha a migalha .


Portanto, meu caro, devemos sempre lembrar que "Não existe esse negócio de almoço grátis" e que também "não é possível alguém prestar um serviço mais barato do que seria se você mesmo o fizesse".


NB: Texto de domínio público encontrado na Internet sem indicação do autor.



Agora que você leu o texto, reflita: se você é consciente e percebe que toda essa maravilhosa "ajuda" governamental não passa de um "cala-boca" nas classes menos favorecidas impedindo o real crescimento do país, você certamente vai pensar muito nas próximas eleições. Mas se você acha que a citação "Em vez de dar o peixe, ensine a pescar" é pura balela ou se você concorda que políticos e ongueiros lutem, cada vez mais, por mais poderes para que possam tirar a liberdade e o dinheiro dos outros para beneficiar "você" ou "os pobres", então esqueça que leu este texto e continue comendo o milho que lhe é ofertado em forma de esmola. Mas, de qualquer forma, que Deus tenha piedade da sua alma quando a porteira for trancada.

Jamais esqueça que o dinheiro que poderia estar equipando os nossos hospitais, construindo novas escolas e criando novos postos de trabalho, está sendo doado a outros povos em forma de perdão da dívida ou contribuição beneficente.


Continuo repetindo as palavras de Abraham Lincoln:


" Pode-se enganar a muitos por algum tempo;

Pode-se mesmo enganar alguns por muito tempo;
Mas não se pode enganar a todos todo o tempo..."

Magno R Almeida

http://www.magroalmeida.blogspot.com

Autor: Magno R Almeida

Mensalão II vai pegar Pimentel, Benedita e Vicentinho do PT.

O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de um inquérito para investigar repasses feitos pelo esquema para pessoas ligadas ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e a outros políticos petistas.O novo inquérito, a ser instaurado na Justiça Federal em Belo Horizonte, também vai investigar repasses a pessoas que trabalharam com os deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Vicentinho (PT-SP), além de dezenas de outras pessoas e empresas que receberam dinheiro do esquema. 

Essas pessoas não são parte do processo que está em julgamento no Supremo desde o início de agosto, porque os repasses só foram descobertos pela Polícia Federal quando a ação principal já estava em andamento no STF.A nova fase do caso foi inaugurada há pouco mais de um mês, após pedido da Procuradoria-Geral da República para que fossem aprofundadas as investigações sobre o destino do dinheiro distribuído pelo PT com a colaboração do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. 

O requerimento cita nominalmente Pimentel, um dos principais auxiliares da presidente Dilma Rousseff, Benedita e Vicentinho, dizendo que, como eles têm foro privilegiado, a investigação deverá voltar ao Supremo "caso surjam indícios concretos de que os valores arrecadados" destinavam-se aos três. A PF só conseguiu concluir o trabalho de rastreamento de dinheiro distribuído por Marcos Valério em 2011, cinco anos após a Procuradoria apresentar a denúncia que deu origem ao processo que está em julgamento no STF. 

Seguindo o caminho do dinheiro distribuído pelo empresário, a polícia chegou a Rodrigo Barroso Fernandes, em Belo Horizonte. Na época do repasse, em 2004, ele era coordenador financeiro do comitê da campanha de Fernando Pimentel à Prefeitura de Belo Horizonte, diz a PF.O inquérito, conduzido pelo delegado federal Luís Flávio Zampronha, apontou que Fernandes recebeu R$ 247 mil da agência SMPB, de Marcos Valério, em agosto de 2004.Em depoimento, ele afirmou que só daria declarações em juízo, segundo a polícia. Num relatório sobre a investigação, Zampronha escreveu que Fernandes agiu assim para "encobrir o verdadeiro beneficiário" do dinheiro. 

As investigações também apontaram repasses para Carlos Roberto de Macedo Chaves, que teria feito dois saques no valor de R$ 50 mil em agosto e setembro de 2003. Ele disse à PF que trabalhou como contador da campanha de Benedita em 2002.De acordo com a polícia, a origem desse dinheiro foi o fundo Visanet, controlado pelo Banco do Brasil e por outras instituições financeiras. O fundo é apontado pela PF e pela Procuradoria-Geral da República como a principal fonte dos recursos que alimentaram o mensalão, e a maioria dos ministros do STF já concordou com essa tese. 

Em relação a Vicentinho, a PF descobriu que o produtor audiovisual Nélio José Batista Costa recebeu R$ 17 mil da empresa Estratégia Marketing, de Valério, em agosto de 2004, "devido aos serviços prestados durante a campanha eleitoral do candidato Vicentinho para a Prefeitura de São Bernardo do Campo".O pedido de abertura do novo inquérito foi feito em fevereiro e acolhido pelo ministro Barbosa em 24 de agosto. A Justiça Federal de Minas já recebeu ofício do STF, mas pediu à corte novas informações para definir qual vara criminal cuidará do caso.(Folha de São Paulo)

Ao discriminar Serra, Lula fere o Estatuto do Idoso que ele mesmo promulgou.


Em 1 de outubro de 2003, Lula sancionava o Estatuto do Idoso. Vejam o que diz o artigo 100:

Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa:

I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade;


Ontem, de forma criminosa, Lula afirmou que José Serra está velho para ser prefeito de São Paulo. O fez em cima de um palanque, em público, diante de centenas de pessoas, muitas delas idosas. Desdenhou, humilhou, menosprezou e discriminou um cidadão brasileiro. Mostrou mais uma vez que é um covarde da pior espécie, um imbecil em estado latente, um ser humano desprezível.

José Serra tem 70 anos, apenas três anos a mais do que Lula. A mesma idade de Marta Suplicy, outra desavergonhada, que foi excluída da eleição porque São Paulo precisava do "novo", mas que estava ali, ao seu lado no palanque, pois recebeu um ministério de presente para dar apoio aquele que a desdenhou.

Lula fere a Constituição de forma sistemática. Nunca houve na história deste país um presidente que desrespeitasse tanto as leis. Aliás, no caso de dois candidatos terminarem empatados na primeira colocação, o eleito será o mais velho, segundo a legislação eleitoral. 

Os paulistanos devem mostrar a Lula que ele não pode tudo. A começar pelos idosos, vítimas, na pessoa de José Serra, de uma das campanhas mais preconceituosas e mais sujas movidas por esta quadrilha de mensaleiros que tomou o Brasil de assalto. Não votar em Lula e sua camarilha é um ato de respeito humano. Também.

STF autoriza novas investigações do Mensalão. Ministro de Dilma será investigado. Caso pode chegar em Lula.

- Esta reportagem de Paulo Ferreira, Folha de S. Paulo de domingo, poderá apanhar Lula na rede do Mensalão. Ele escapou dos inquéritos principais que estão em julgamento no STF, mas agora o ministro Joaquim Barbosa autorizou a Procuradoria Geral da República e a Polícia federal a buscarem evidências do envolvimento de outros líderes do PT,numa conexão estritamente com origem em Minas. Serão investigados o ministro Fernando Pimentel, o deputado Vicentinho (ex-presidente da CUT) e Benedida da Silva, mas desta vez o caso irá até o BMG, que está fora do atual julgamento no STF. Ao chegar ao BMG, a PGR e a PF desembarcarão inevitavelmente em Lula. Ele finalmente sentará no banco dos réus.
O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de um inquérito para investigar repasses feitos pelo esquema para pessoas ligadas ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e a outros políticos petistas. O ministro Fernando Pimentel já apareceu em outras denúncias escabrosas e muito recentes. No passado, quando jovem, o ministro atuou clandestinamente em Porto Alegre, onde participou da tentativa de sequestro do cônsul americano Charles Cutter. Pimentel tinha 17 anos. O cônsul foi baleado por terroristas do grupo dele. 

O novo inquérito, a ser instaurado na Justiça Federal em Belo Horizonte, também vai investigar repasses que beneficiaram pessoas ligadas aos deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Vicentinho (PT-SP), além de dezenas de outras pessoas e empresas que receberam dinheiro do mensalão.
Essas pessoas não são parte do processo que está em julgamento no Supremo desde o início de agosto, porque os repasses só foram descobertos pela Polícia Federal quando a ação principal já estava em andamento no STF.

. A nova fase do caso foi inaugurada há pouco mais de um mês, após pedido da Procuradoria-Geral da República para que fossem aprofundadas as investigações sobre o destino do dinheiro distribuído pelo PT com a colaboração do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
O requerimento cita nominalmente Pimentel, Benedita e Vicentinho, dizendo que, como eles têm foro privilegiado, a investigação deverá voltar ao Supremo "caso surjam indícios concretos de que os valores arrecadados" destinavam-se aos três.
A PF só conseguiu concluir o trabalho de rastreamento de dinheiro distribuído por Marcos Valério em 2011, cinco anos após a Procuradoria apresentar a denúncia que deu origem ao processo que está em julgamento no STF.

. Seguindo o caminho do dinheiro distribuído pelo empresário, a polícia chegou a Rodrigo Barroso Fernandes, em Belo Horizonte

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APOIO ESTANCIA VELHA

Juiz julga ser degradante a companhia de Maluf e José Dirceu.

A Justiça Eleitoral determinou a suspensão, na sexta-feira (28), de uma propaganda de TV que associa Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, à réus do mensalão.A peça, de autoria da campanha do adversário José Sera, mostra a imagem de Haddad, com uma música de fundo, seguida por imagens do ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, e outros políticos ligados ao partido.

De acordo com o juiz eleitoral Henrique Harris Júnior, a propaganda veiculada na televisão "é passível de enquadramento, em tese, como degradante". A propaganda foi suspensa em caráter liminar e ainda pode ser substituída. O PSDB pode recorrer da decisão no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo).O pedido de suspensão foi feito pela coligação de Haddad.(Folha Poder)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Eduardo Leite ultrapassa o petista Marroni e livra ampla vantagem em Pelotas

Virou a eleição em Pelotas, já que o deputado Fernando Marroni, ex-prefeito do PT, perdeu a liderança para Eduardo Leite, PSDB. Pelotas terá segundo turno e se Leite não conseguir dobrar os 50% até lá, o apoio de Chiarelli e Catarina a qualquer dos dois lados será decisiva. Os números são do Instituto Methodus e serão publicados amanhã no Correio do Povo, que foi quem encomendou a pesquisa.

Eduardo Leite, PSDB - 33,3%

Fernando Marroni, PT - 25,3%
Matteo Chiarelli, DEM - 10,7%
Catarina, PSB - 9%

Eu vi nascer o Mensalão

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sebastião Nery
Tarde de sábado do começo de 2003 no restaurante Piantella, o melhor de Brasília. Lula havia ganho as eleições presidenciais de 2002 contra José Serra e estava em Porto Alegre, com José Dirceu e a cúpula do PT, discutindo com o PT gaúcho a formação do novo governo.

Como fazíamos quase todas as tardes de sextas e sábados, um grupo de jornalistas almoçávamos a um canto, conversando sobre política e o pais. De repente, entram nervosos, aflitos, os deputados Moreira Franco, Gedel Vieira Lima, Henrique Alves, da direção nacional do PMDB, e começam a discutir baixinho, quase cochichando. Em poucos instantes, chega o deputado Michel Temer, presidente nacional do PMDB. Nem almoçaram. Beberam pouca coisa, deram telefonemas, saíram rápido.

Nada falaram. Acontecera alguma coisa grave. Deviam voltar logo.

Só um voltou e contou a bomba política do fim de semana. Antes de viajar para o Rio Grande do Sul, Lula encarregara José Dirceu, coordenador da equipe de transição e já convidado para Chefe da Casa Civil, de negociar com o PMDB o apoio a seu governo, em troca dos ministérios de Minas e Energia, Justiça e Previdência, que seriam entregues a senadores e deputados indicados pelo partido.

Lula já havia dito ao PT que eles não podiam esquecer a lição da derrubada de Collor pelo impeachment, que o senador Amir Lando, do PMDB de Rondonia, relator da CPI de PC Farias, havia definido como uma "quartelada parlamentar". No Brasil, para governar era preciso ter sempre maioria no Congresso. O PT tinha que fazer as concessões necessárias.



O primeiro a ser chamado foi o PMDB, o maior partido da Câmara e do Senado. Lula mandou José Dirceu acertar com o PMDB. Combinaram os três ministérios e ficaram todos felizes. Em Porto Alegre, na primeira noite, Lula encontrou a gula voraz do PT gaúcho, que exigia os ministérios de Minas e Energia, da Justiça e da Previdência. Lula cedeu. Chamou Dirceu e deu ordem para desmanchar o acordo com o PMDB.

Dirceu perguntou como iriam conseguir maioria no Congresso.

- Compra os pequenos partidos, disse Lula a Dirceu. – Fica mais barato.

Dilma virou ministra de Minas e Energia, Tarso Genro da Justiça e Olivio Dutra das Cidades. E assim nasceu o Mensalão.



O advogado do ex-deputado Roberto Jefferson, o brilhante Luiz Francisco Correa Barboza, disse ao Globo:

-"Não só Lula sabia do Mensalão como ordenou toda essa lambança. Não é possível acusar os empregados e deixar o patrão de fora".

No dia 12 de agosto de 2005, em um pronunciamento, pela TV, a todo o povo brasileiro, Lula pediu "desculpas pelo escândalo".

Lula é um "cappo". Os companheiros do partido e governo no banco dos réus e ele, só ele, de fora. Logo ele que é o grande réu, "o réu".

Dirceu, Roberto Jeferson, Genoino, Delúbio, Silvinho, Marcos Valério, Gushiken, João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto, Professor Luizinho, a malta toda, como disse o Procurador Geral da República, era uma "organização criminosa", uma "quadrilha" chefiada pelo Dirceu. Mas sob o comando do chefão, Lula.

Quem tinha de estar no banco da frente era ele, "o réu".

Desde 2003, todo ano relembro essa historia. Lula começou dizendo que "não sabia de nada". Depois, passou para : "Fui traído pelas costas". E, finalmente, a tese oficial dele e do PT : – "O Mensalão foi uma farsa".

E Lula arranja ajudantes na desfaçatez para agredir o Supremo. Um gaúcho baixotinho, que ninguém sabe quem era e de onde veio e virou presidente da Câmara dos Deputados, esta semana cuspiu no Supremo:

- "O Mensalão é uma falácia".

Ele não sabe o que é falácia. Mas cadeia ele sabe. Quando for visitar Dirceu, Genoino, Valério, seus companheiros, na cadeia, vai aprender.

Sebastião Nery é Jornalista - sebastiaonery@ig.com.br. Originalmente publicado no site da Tribuna da Imprensa em 25 de setembro de 2012.

Psicose ambientalista

Os bastidores do Eco-terrorismo para implantar uma religião ecológica, igualitária e anti cristã

Elaborado pela Comissão de Estudos Ambientais deste Instituto, sob a orientação de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil e descendente da Princesa Isabel, tão benquista do povo brasileiro e à qual o Brasil tanto deve.

A tese geral que o ambientalismo exacerbado sustenta é que o meio ambiente estaria sendo degradado devido à ação humana: nas cidades, as fábricas poluem o ar; e no campo, os métodos de cultivo agropecuário são predatórios da natureza.

De tudo isso resultaria a erosão do solo e o aquecimento da atmosfera — o famoso aquecimento global, que iria derreter geleiras, elevar o nível dos oceanos e submergir as cidades litorâneas. Um desastre global.

Analisando com serenidade de espírito e objetividade de argumentação as alegações de partidários e adversários do ecologismo radical, o livro Psicose ambientalista, que o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira acaba de editar, pretende contribuir para que, na encruzilhada em que o Brasil hoje se encontra, os brasileiros saibam encontrar o caminho correto para realizar a missão grandiosa que Deus lhe conferiu, concedendo-lhe um rico e extenso território, de dimensões continentais e, sobretudo, criando nele um povo afetivo, de espírito conciliador e contrário a toda forma de imperialismo em relação a seus vizinhos, irmãos na raça e na fé.

"Nas épocas de grande confusão como a que vivemos, as ideologias malsãs proliferam. Uma delas, com efeitos mais devastadores, é esse ambientalismo psicótico, que quer conduzir o Brasil e o mundo para um verdadeiro suicídio coletivo".

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Adeus, Lula, por Marco Antonio Villa

Marco Antonio Villa, O Globo

A presença constante no noticiário de Luís Inácio Lula da Silva impõe a discussão sobre o papel que deveriam desempenhar os ex-presidentes. A democracia brasileira é muito jovem. Ainda não sabemos o que fazer institucionalmente com um ex-presidente.

Dos quatros que estão vivos, somente um não tem participação política mais ativa. O ideal seria que após o mandato cada um fosse cuidar do seu legado. Também poderia fazer parte do Conselho da República, que foi criado pela Constituição de 1988, mas que foi abandonado pelos governos — e, por estranho que pareça, sem que ninguém reclamasse.

Exercer tão alto cargo é o ápice da carreira de qualquer brasileiro. Continuar na arena política diminui a sua importância histórica — mesmo sabendo que alguns têm estatura bem diminuta, como José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney, ou Fernando Collor.

No caso de Lula, o que chama a atenção é que ele não deseja simplesmente estar participando da política, o que já seria ruim. Não. Ele quer ser o dirigente máximo, uma espécie de guia genial dos povos do século XXI. É um misto de Moisés e Stalin, sem que tenhamos nenhum Mar Vermelho para atravessar e muito menos vivamos sob um regime totalitário.

As reuniões nestes quase dois anos com a presidente Dilma Rousseff são, no mínimo, constrangedoras. Lula fez questão de publicizar ao máximo todos os encontros. É um claro sinal de interferência.

E Dilma? Aceita passivamente o jugo do seu criador. Os últimos acontecimentos envolvendo as eleições municipais e o julgamento do mensalão reforçam a tese de que o PT criou a presidência dupla: um, fica no Palácio do Planalto para despachar o expediente e cuidar da máquina administrativa, funções que Dilma já desempenhava quando era responsável pela Casa Civil; outro, permanece em São Bernardo do Campo, onde passa os dias dedicado ao que gosta, às articulações políticas, e agindo como se ainda estivesse no pleno gozo do cargo de presidente da República.

Lula ainda não percebeu que a presença constante no cotidiano político está, rapidamente, desgastando o seu capital político. Até seus aliados já estão cansados. Deve ser duro ter de achar graça das mesmas metáforas, das piadas chulas, dos exemplos grotescos, da fala desconexa.

A cada dia o seu auditório é menor. Os comícios de São Paulo, Salvador, São Bernardo e Santo André, somados, não reuniram mais que 6 mil pessoas. Foram demonstrações inequívocas de que ele não mais arrebata multidões. E, em especial, o comício de Salvador é bem ilustrativo.

Foram arrebanhadas — como gado — algumas centenas de espectadores para demonstrar apoio. Ninguém estava interessado em ouvi-lo. A indiferença era evidente. Os "militantes" estavam com fome, queriam comer o lanche que ganharam e receber os 25 reais de remuneração para assistir o ato — uma espécie de bolsa-comício, mais uma criação do PT. Foi patético.

O ex-presidente deveria parar de usar a coação para impor a sua vontade. É feio. Não faça isso. Veja que não pegou bem coagir:

1. Cinco partidos para assinar uma nota defendendo-o das acusações de Marcos Valério;
2. A presidente para que fizesse uma nota oficial somente para defendê-lo de um simples artigo de jornal;
3. Ministros do STF antes do início do julgamento do mensalão. Só porque os nomeou? O senhor não sabe que quem os nomeou não foi o senhor, mas o presidente da República? O senhor já leu a Constituição?

O ex-presidente não quer admitir que seu tempo já passou. Não reconhece que, como tudo na vida, o encanto acabou. O cansaço é geral. O que ele fala, não mais se realiza. Perdeu os poderes que acreditava serem mágicos e não produto de uma sociedade despolitizada, invertebrada e de um fugaz crescimento econômico.

Claro que, para uma pessoa como Lula, com um ego inflado durante décadas por pretensos intelectuais, que o transformaram no primeiro em tudo (primeiro autêntico líder operário, líder do primeiro partido de trabalhadores etc, etc), não deve ser nada fácil cair na real. Mas, como diria um velho locutor esportivo, "não adianta chorar". Agora suas palavras são recebidas com desdém e um sorriso irônico.

Lula foi, recentemente, chamado de deus pela então senadora Marta Suplicy. Nem na ditadura do Estado Novo alguém teve a ousadia de dizer que Getúlio Vargas era um deus. É desta forma que agem os aduladores do ex-presidente.

E ele deve adorar, não? Reforça o desprezo que sempre nutriu pela política. Pois, se é deus, para que fazer política? Neste caso, com o perdão da ousadia, se ele é deus não poderia saber das frequentes reuniões, no quarto andar do Palácio do Planalto, entre José Dirceu e Marcos Valério?

Mas, falando sério, o tempo urge, ex-presidente. Note: "ex-presidente". Dê um tempo. Volte para São Bernardo e cumpra o que tinha prometido fazer e não fez.

Lembra? O senhor disse que não via a hora de voltar para casa, descansar e organizar no domingo um churrasco reunindo os amigos. Faça isso. Deixe de se meter em questões que não são afeitas a um ex-presidente. Dê um bom exemplo.

Pense em cuidar do seu legado, que, infelizmente para o senhor, deverá ficar maculado para sempre pelo mensalão. E lá, do alto do seu apartamento de cobertura, na Avenida Prestes Maia, poderá observar a sede do Sindicato dos Metalúrgicos, onde sua história teve início.

E, se o senhor me permitir um conselho, comece a fazer um balanço sincero da sua vida política. Esqueça os bajuladores. Coloque de lado a empáfia, a soberba. Pense em um encontro com a verdade. Fará bem ao senhor e ao Brasil.

 

Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade de São Carlos, em São Paulo

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Mensalão: "teoria do domínio do fato" pode condenar tanto José Dirceu quanto Lula.

 A teoria do domínio do fato, abaixo explicada em matéria do Valor Econômico, abre caminho para a condenação de José Dirceu, mas também poderá ser aplicada para Lula, quando este for acusado de ter sido o verdadeiro mandante do Mensalão, na delação premiada prometida por Marcos Valério. Leiam abaixo. 

Em meio a uma reviravolta em sua jurisprudência promovida pelo julgamento do processo do mensalão, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve debater nesta semana uma tese jurídica que, se aceita pela Corte, poderá levar à condenação de José Dirceu. Contra o ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula pesa a acusação de ser o mandante de um esquema de compra de votos no Congresso Nacional. Desde o início do processo, no entanto, a própria Procuradoria-Geral da República (PGR) deixou claro que as provas contra Dirceu são basicamente testemunhais, com o argumento de que chefes de quadrilha raramente deixam rastros documentais. Diante desse cenário, uma possível condenação de Dirceu teria que ser feita à luz da chamada teoria do domínio do fato - tese jurídica que até hoje nunca foi aplicada pela Corte Suprema para basear condenações criminais.

A teoria do domínio do fato foi desenvolvida para que seja possível atribuir responsabilidade penal a quem pertence a um grupo criminoso, mas que, por ter uma posição hierárquica superior, não é o sujeito que pratica a ação criminosa propriamente dita. Em outras palavras, permite a punição do mandante do crime, que age na obscuridade e não deixa rastros, mas tem o chamado "domínio do fato", e não apenas do agente que o executa. "É uma teoria que procura explicar a responsabilidade penal de quem, apesar de não executar o crime, dá a ordem", diz Renato de Mello Jorge Silveira, professor titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Bastante disseminada na Europa, a teoria do domínio do fato foi desenvolvida durante os anos 60 para fazer frente ao aumento da criminalidade econômica, cometidos por criminosos inseridos em estruturas organizadas de poder, com diferentes níveis hierárquicos. No Brasil, no entanto, começou a ser aplicada há apenas uma década, também nos casos de crimes econômicos.

De acordo com Silveira, já há algumas condenações na Justiça brasileira que se baseiam na teoria do domínio do fato. Nos tribunais superiores, no entanto, sua aparição em processos ainda é rara. O professor fez uma pesquisa na jurisprudência do Supremo e encontrou apenas quatro referências a ela em processos no tribunal - uma delas é feita em um recurso apresentado na própria Ação Penal nº 470, que trata do mensalão. Em nenhum dos processos, no entanto, a teoria serviu de base para condenações. Isso ocorre pelo fato de o Supremo, em geral, julgar apenas recursos apresentados em ações penais que tramitam nas instâncias inferiores da Justiça - o que leva os ministros a analisarem questões processuais, mas não o mérito da ação, quando a teoria pode servir de argumento para a acusação.

Já no Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo a pesquisa de Silveira, a teoria do domínio do fato já permeou diversos processos - foi encontrada em 42 ações na Corte, especialmente a partir de 2007. "mas sua utilização é bastante pontual, sem ter determinante para legitimar condenações", diz o professor da USP.
Durante o julgamento do mensalão, a teoria do domínio do fato já foi citada por alguns ministros ao longo das sessões. No dia 5 de setembro, a ministra Rosa Weber inaugurou o debate sobre o tema ao discorrer sobre a relevância das chamadas provas indiciárias - que demonstram apenas que há indícios de quem tenha sido cometido um crime - no julgamento de crimes do colarinho branco. "Nos crimes de guerra punem-se os generais estrategistas e não os simples soldados que seguem as ordens", disse a ministra. 

Ela citou textualmente a tese ao afirmar que "domina o fato quem tem o poder de desistir e mudar a rota da organização criminosa". Já na sessão do dia 9 de setembro, o ministro Celso de Mello, decano da Corte, saiu em defesa da aplicação da teoria. "É preciso lembrar que o crime foi realizado num concurso de pessoas", disse. "Não é necessário que cada um dos réus tenha praticado todos os atos fraudulentos. Cada coautor tem a sorte do fato total em suas mãos através do cumprimento de uma função específica na perpetuação de um projeto criminoso."

Durante a apresentação das alegações finais da acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) feita no início do julgamento, o procurador-geral Roberto Gurgel afirmou que foi José Dirceu "que criou o sistema ilícito de obtenção de apoio da base parlamentar do governo." No entanto, disse que "como quase sempre acontece com chefes de quadrilhas, José Dirceu não aparecia no esquema." Segundo Gurgel, "a prova contra chefe de quadrilha tem características diferentes" porque em geral ele "age entre quatro paredes". "O autor intelectual quase sempre não fala ao telefone, não envia e-mails e não movimenta contas bancárias para não deixar rastros - e nesse caso, a prova não é documental, mas testemunhal", afirmou Gurgel.

A antiga cúpula do PT, formada pelo ex-presidente do partido José Genoíno e pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares, além de Dirceu, é acusada de formação de quadrilha e corrupção ativa. Devido a um "refatiamento" do processo do mensalão no Supremo, eles devem começar a ser julgados nesta semana, às vésperas do primeiro turno das eleições municipais.

domingo, 23 de setembro de 2012

INTELIGÊNCIA DO EXÉRCITO PROTEGE MINISTRO JOAQUIM BARBOSA

Exclusivo - O Exército escalou seus mais confiáveis e melhores oficiais de inteligência, lotados na Abin, para dar proteção ao ministro Joaquim Barbosa – relator do processo do Mensalão no Supremo Tribunal Federal. Ao montar esquema especial para dar segurança a Barbosa – que sempre foi avesso a isto -, empregando seus homens lotados na Agência Brasileira de Inteligência, o EB atropelou o Palácio do Planalto e a cúpula da Polícia Federal ligada aos esquemas petralhas de poder.


Apenas como contraponto: os ministros Ricardo Lewandowski e José Dias Toffoli também contam com proteção intensa. Só que de agentes da Polícia Federal – e não da turma verde-oliva lotada na Abin. A proteção a Barbosa não é só física. Tudo que se fala dele e sobre ele, nos ambientes de poder, também é monitorado. Além disso, todo o sistema telefônico da residência e de seu gabinete no STF foi alterado e passa por uma constante ação de pente fino.


A iniciativa de proteger Barbosa tão intensamente gera uma crise. A Presidenta Dilma Rousseff, como Comandante-em-chefe das Forças Armadas, sequer foi consultada sobre a medida. A blindagem ao Barbosa foi decidida entre alguns integrantes do Alto Comando do Exército e o General José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Aumentará em muito a guerra não-declarada e a insatisfação pessoal mútua entre Dilma e seu ministro Elito.


No fundo, a proteção especial a Barbosa é mais uma operação montada pela chamada "Comunidade de Informações" que sempre tenta agir de forma invisível – embora quase sempre não consiga em uma Brasília cercada de ouvidos eletrônicos em todos os buracos do poder. Em tempos passados, tal comunidade era famosa por vigiar e detonar a esquerda explicitamente. A turma do SNI botava medo. A turma da Abin ligada ao EB – onde a petralhada ainda não conseguiu se infiltrar explicitamente – tenta ser mais "light".


Agora, pelo menos no reservado discurso da comunidade de informações, a ordem é não contribuir para ampliar um vácuo institucional que se desenha com o resultado do julgamento do Mensalão – que deve atingir em cheio a cúpula petralha, ainda com consequências imprevisíveis de um respingo escatológico no mito Luiz Inácio Lula da Silva (que ainda alimenta o sonho de voltar à Presidência da República).


A tensão entre Dilma e a caserna pode aumentar ainda mais com o Mensalão. Já era enorme por causa da Comissão da Verdade que tomou a decisão fora da lei de perseguir os agentes do Estado acusados de cometer crimes apenas na Era pós-1964. Apoiada por Dilma, a CV quebrou um acordo firmado com os militares, costurado quando Nelson Jobim era ministro da Defesa, de que os crimes de sequestro, terrorismo e assassinato cometidos pelos militantes de esquerda também seriam investigados.


Alguns Generais já se sentem traídos por Dilma. Mas se a traição vai gerar consequências institucionais é um desdobramento imprevisível. A cúpula militar na ativa é publicamente contrária a qualquer virada de mesa. Se os Generais pensam, sinceramente, da mesma forma, na intimidade, são outros quinhentos batalhões. Dilma e seus radicalóides estão provocando a onça com varinha curta.


Além disso, com o próprio Ministério da Defesa, a cúpula militar nunca se sentiu satisfeita por ficar simbolicamente subordinada ao ministro Celso Amorim que tem como assessor-especial José Genoíno – ex-guerrilheiro da luta armada pós-64 e com grandes chances de ser condenado no processo do Mensalão em que o agora protegido Joaquim Barbosa brilha como "grande herói" da República. Na ironia, os militares sõ não têm mais bronca de Genoíno porque alegam que ele entregou, sem qualquer tortura, todos os seus companheiros na Guerrilha do Araguaia...


Indo de uma cachorrice a outra cachorrada, a inteligência militar teme que a petralhada arme ilegalidades para obstruir o julgamento do Mensalão. A mais previsível já se tornou pública e, se acontecer, pode ser a senha para a abertura da portinha do vácuo institucional: que o novo ministro do STF, Teori Zavascki, indicado pelo ex-marido de Dilma Rousseff, tome posse e cometa a imprudência de pedir vistas do processo de mais de 50 mil páginas do Mensalão. Se tal manobra embromatória for adotada, para atrasar o resultado final do julgamento em até seis meses, nem Deus sabe o que poderá acontecer...


A leitura de nossa conjuntura atual é bem simples e roceira. A vaca já está no brejo. Se o Boi vai também... Aí são outros R$ 350 milhões de reais desviados e divididos pelos bandidos no esquema do Mensalão. Na avaliação mais tímida da comunidade de informações – que protege Barbosa e também vigia, cuidadosamente, todos os prováveis condenados na Ação Penal 470 -, o ex-presidente Lula da Silva teria pelo menos 35 milhões de motivos concretos para se preocupar – e muito – com as consequências de ter tantos companheiros e parceiros vendo o sol nascer quadrado...


Enquanto o mito Lula pode se desmantelar entre os segmentos esclarecidos (ou entre os menos ignorantes), o mito de Joaquim Barbosa começa a ser construído e lapidado. Resta aguardar para saber quem será beneficiado com a demolição de um e a edificação de outro. Enquanto isto, os militares ficam iguaizinhos àquele papagaio verde-oliva da piada do português. Nada falam... Mas prestam uma atenção...


"E sabem de absolutamente tudo que acontece no Brasil" – como fez questão de ressaltar um quatro estrelas numa certa noite estrelada de um jantar fechadíssimo na caserna, com todo mundo vestindo a pós-moderna farda de civil sem gravata - exceto o coronel da inteligência e das Forças Especiais, trajado feito um Rambo, para garantir a proteção na porta do salão...


O perigo é que aqueles que fingem não saber de nada continuam agindo no submundo do Governo do Crime Organizado... Até quando? Nem Deus deve saber mais... Ou será o Barbosa (um dos Deuses do Supremo e agora um togado blindado pelas fardas da inteligência) sabe?


Se souber, conta que a gente divulga por aqui... Até porque, neste mundo pontocom, nem a identidade do pobre do Batman é mais secreta... O verdadeiro endereço da Batcaverna, talvez...


HUGO CHAVES: "DILMA PARTICIPOU DE SEQUESTRO NO BRASIL".. ESCÂNDALO!

obrigado ao homem do campo

Aliança Renovadora Nacional - ARENA

CASCUDO NO MINISTRO DA DEFESA

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mensalão: mais 12 condenações.

Relator do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Joaquim Barbosa votou pela condenação de 12 réus do processo sobre crimes relacionados à compra de apoio político nos primeiros anos do governo Lula. Eles são ligados ao PP, PTB, PR (ex-PL) e o PMDB. Na votação, o ministro atribuiu os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha de forma diferente aos réus. Agora, o revisor do caso, ministro Ricardo Lewandowski, vai começar a tratar dessa parte da denúncia.
 
Barbosa disse não ter dúvida da existência do mensalão e rebateu a tese da defesa de que houve caixa dois. "Partidos políticos não são vocacionados ao repasse de grandes somas de dinheiro de um para o outro, eles competem entre si. Teria que ser muito ingênuo para acolher essa alegação." Segundo ele, ficou comprovado a realização de transferências milionárias de R$ 55 milhões por réus ligados ao PT "em proveito de vários parlamentares e partidos que, mediante a sua atuação, passaram a compor a chamada base aliada do governo na Câmara".
 
"Os parlamentares acusados utilizaram de seus cargos para solicitar vantagem indevida ao réus ligados ao PT", disse. "Utilizaram essa vantagem em diversas finalidades, como campanha eleitoral e para fins de enriquecer pessoalmente ou ainda para distribuir mesada aos parlamentares de seu partido ou atrair parlamentares de outros partidos, aumentando assim suas bancadas."O relator do processo no Supremo disse que "não é possível separar a solicitação de dinheiro e, por outro lado, o voto alinhado ao governo".
 
"Afirmar que o recebimento de dinheiro em espécie não influencia o voto é a meu ver posicionar-se a léguas de distância da realidade da política nacional, completou o ministro." Ele rejeitou a tese de que o dinheiro serviu para caixa dois de campanha eleitoral,como sustenta a defesa. "Campanha ou despesas particulares, pouco importa, a denúncia narrou que solicitaram vantagem indevida."
 
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a compra de votos ocorreu por orientação dos líderes do PT Delúbio Soares, José Genoino e José Dirceu, então o chefe da Casa Civil de Lula.
Borbosa disse ainda que "mediante mecanismo de ocultação dos valores, os réus ficaram livres, livres, para utilizá-los como bem entendessem, em seu projetos e de seus partidos".
 
O ministro citou depoimento da presidente Dilma Rousseff, na condição de testemunha, para apontar que havia relação entre a atuação dos réus e as votações na Câmara. Barbosa destacou que a presidente ficou surpresa com a rapidez da aprovação do marco regulatório do setor energético em 2004. (Folha Poder)

Juizes do STF provam que o Mensalão existiu e que seus chefes do PT corromperam deputados do PL,PP, PMDB e PTB


* Clipping O Globo

 A tese usada pela defesa de réus do mensalão de que o crime cometido pelo núcleo político do esquema foi o de caixa 2 para pagar dívidas de campanhas eleitorais se consolida como ilógica e insustentável. A opinião é de cientistas políticos ouvidos na quarta-feira pelo GLOBO. Para eles, há provas suficientes de que o PT usou o mensalão para comprar apoio político. O cientista político da Universidade de São Paulo (USP) José Álvaro Moisés disse que a tese adotada pelo PT e pela defesa de réus de outras siglas acusadas de envolvimento no esquema perdeu a lógica.

— A ideia de repasse de recursos de um partido para outros é ilógica. Na democracia, os partidos competem entre si. Assim, você fortaleceria o adversário e isso não existe no jogo político. Não acho que há mais o que a ser discutido sobre esse tema — afirmou.

. Os partidos acusados de receberem dinheiro do valerioduto, segundo a denúncia da Procuradoria Geral da República, são PL, PP, PMDB, PTB, além do PT.

Fugindo do Islã

  A CORAJOSA POSTURA DE ALGUNS EX-SEGUIDORES DE MAOMÉ

Evito tocar nas questões islâmicas, pois confesso ter medo das represálias. 
Muçulmanos rezando: crescimento perigoso de uma religião mais ainda.

"Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira". (João 8.44)
Em fevereiro deste ano publicamos uma matéria que falava da selvageria imposta pelas leis islâmicas. Na oportunidade, a mídia veiculou a trágica notícia da morte de uma adolescente submetida a uma pena aplicada por um tribunal islâmico. Depois de estuprada por um primo de 40 anos, Hena Begum foi acusada de ter mantido uma relação sexual com um homem casado. Submetida à 80 chibatadas aplicadas em praça pública, Hena Begum não resistiu e morreu.
Oito meses depois de publicada, a matéria recebeu agora o comentário de internauta que assina com o pseudônimo de Ahmed Ali. Eis o comentário:
"Ela [Hena Begum] não foi condenada pelo islam, mas sim por uma interpretação do Al Quran pelos ditadores que comandam países".
Que diferença faz se Hena Begum foi condenada "pelo" Islam ou "segundo" o Islam? É justamente aqui que reside a crueldade da notícia que publicamos. A adolescente morreu em decorrência da execução de uma "Fatwah" islâmica. E uma Fatwah nada mais é que uma "Sentença" da Sharia. E o que é a Sharia? Em que religião ela se baseia? Ora, a Sharia é o nome que se dá ao código de leis de que religião? Do Islamismo é claro.
Ao executar a Sharia o carrasco recita a seguinte expressão: "بِسْمِ ٱللَّهِ ٱلرَّحْمَـٰنِ ٱلرَّحِي" ("Em nome de Allah, o clemente, o misericordioso"). Desculpe meu modesto conhecimento da religião islâmica, mas na minha cultura quando alguém diz algo assim está se respaldando naquilo que cita. Aliás, as próprias palavras do pai da criança, o Sr. Dorbesh Khan (que foram reproduzidas literalmente na reportagem), dizem tudo: "Que tipo de justiça é essa? Minha filha foi espancada em nome da justiça islâmica. Se tivesse sido em um tribunal de verdade, minha filha jamais teria morrido".
Há um site curioso na Internet elaborado por um grupo de dissidentes do Islam com o corajoso título "Apóstatas do Islam". O site se propõe a alertar os incautas acerca das mentiras que abundam nesta religião bem como desmistificam – de forma mais corajosa ainda – o seu inventor, Maomé.
Não vou entrar na questão islâmica pois confesso que tenho medo das represálias. Vivendo entre Israel e a Europa, não tenho condições (nem estrutura) para enfrentar a fúria maometana e as Fatwahs emitidas pelos seus seguidores. Portanto, preferi reproduzir na íntegra as razões e motivações que levaram estes ex-muçulmanos a elaborarem o web-site. E quem quiser rebatê-las, que procure os autores do texto, os corajosos Apóstatas do Islam.
RAZÕES QUE LEVARAM EX-MUÇULMANOS A CRIAREM UM MOVIMENTO ANTI-ISLAM

Notícias de Sião: Apóstatas do Islam? Quem são vocês?
Apóstatas do Islam: Somos ex-Muçulmanos. Alguns de nós fomos nascidos e educados no islam e alguns de nós tínhamo-nos convertidos a esta religião nalgum momento das nossas vidas. Fomos ensinados a nunca questionar a verdade do islam e acreditar em Allah e no seu mensageiro com fé cega. Ensinaram-nos que Allah perdoaria todos os pecados menos a descrença (Quran 4:48 e 4:116). Mas cometemos o imperdoável pecado de pensar e questionamos as crenças que nos foram impostas. Percebemos que longe de ser uma religião da verdade, o Islam é um engano, uma alucinação de uma mente doente, apenas mentiras e falsidades.
Notícias de Sião: Mente doentia? Mas, o fundador do Islamismo é Mohammed. Ele não era um profeta?
Apóstatas do Islam: O que se espera de alguém que se apresenta como Mensageiro de Deus? Que tenha uma vida santa. Não deve ser dado à luxúria, não deve ser um pervertido sexual, e não deve ser um violador, um salteador de caminhos, um criminoso da guerra, um homicida em massa ou um assassino. Um homem que reivindica ser um mensageiro de Deus deve ter um carácter superior. Deve estar por cima dos viços da gente do seu tempo. Contudo a vida de Maomé foi a vida de um mafioso, de um gangster. Atacou caravanas de mercadores, saqueou pessoas inocentes, assassinou populações masculinas inteiras e escravizou suas mulheres e crianças. Violou as mulheres capturadas na guerra após ter matado os seus maridos e disse aos seus seguidores, através da Sura 33:50 do Corão, que lhes era permitido ter sexo com os seus cativos e as suas "possessões". Assassinou aqueles que o criticaram, executou-os quando chegou ao poder e transformou-se num déspota de facto na Arábia. Maomé estava falto de compaixão humana. Era um homem obcecado com os seus sonhos de grandeza que não podia perdoar aqueles que estiveram no seu caminho. Maomé era um narcisista como Hitler, Saddam ou Stalin. Era astuto e sabia manipular povos, mas a sua inteligência emocional era menos evoluída do que a de uma criança de 6 anos. Ele simplesmente não podia sentir a dor dos outros. Assassinou brutalmente milhares de inocentes e pilhou suas riquezas. As suas ambições eram grandes e como qualquer narcisista acreditou honestamente que tinha o direito de fazer tudo quanto lhe apetecia, de cometer toda sorte de crimes e que as suas ações malignas estavam justificadas.
É o Corão um livro de inspiração divina?

Notícias de Sião: Mas o Corão não é um livro sagrado, não vem de Deus?
Apóstatas do Islam: Na verdade, Maomé não realizou nenhum milagre. E quando foi pressionado [a apresentar um], reivindicou que o seu milagre era o próprio Corão. Contudo um olhar crítico ao Corão revela que este livro está cheio de erros. O Corão é cheio de disparates científicos, erros históricos, erros matemáticos, disparates lógicos, erros gramaticais e fraudes éticas. Foi mal redigido e contradiz-se a si próprio. Não há nada inteligente neste livro alegadamente miraculoso. Maomé desafiou a gente para produzirem "Suras como ele" ou para encontrarem qualquer erro. Contudo os maometanos matariam qualquer que ousasse criticá-lo. Em tal clima de falsidade e de violência, a verdade foi a primeira vítima.
Notícias de Sião: Qual é o objetivo dos Apóstatas do Islam?
Apóstatas do Islam: Nós somos apóstatas desta religião. Renegamos à ela. Denunciamo-la como uma doutrina falsa de ódio e de terror. Porém, nós não somos pessoalmente contra os muçulmanos, muitos deles nossos próprios parentes e familiares. Não advogamos o ódio e a violência. Os muçulmanos são as vítimas principais do islam. O nosso objetivo é educá-los e deixar que eles mesmo conheçam a verdade. Somos contrários ao islam, mas não aos muçulmanos. Tentamos trazer os muçulmanos para a comunidade humana. Desenraizar o islam, de modo que os nossos povos possam ser libertos e que lhes seja possível prosperarem e afastarem-se da armadilha do islam. Nós gostaríamos de ver os países islâmicos dedicarem mais tempo à ciência e menos tempo ao Corão e à Sharia. Nós gostaríamos de vê-los progredindo e contribuindo para a civilização humana. Gostaríamos de ver as draconianas leis do islam eliminadas e as pessoas sendo tratadas humanamente. Aspiramos à liberdade de opinião, à igualdade entre os sexos e a unidade do ser humano.

Doutrinação perniciosa, que instila o ódio, começa na mais tenra idade.

Notícias de Sião: Que desafios o Islam apresenta para o mundo?
Apóstatas do Islam: O mundo enfrenta um grande perigo. O fundamentalismo islâmico está crescendo assim como o ódio nas mentes de milhões de muçulmanos. Este ódio deve ser contido ou trará umas consequências desastrosas. Nós acreditamos que a Educação é a única resposta. Os intelectuais muçulmanos devem dar-se conta que o islam é uma doutrina falsa e devem deixar o resto do mundo islâmico conhecer a verdade. O islam é uma religião que repousa na suposição arrogante que é a religião mais lógica, a mais científica e a mais perfeita, quando na realidade é a doutrina mais estúpida – a opinião mais contrária e mais absurda. Quando a verdade sobre o islam se transformar em conhecimento comum, este ficará enfraquecido e o fanatismo islâmico perderá os seus dentes. Centenas de bilhões de dólares são gastos para combater o terrorismo islâmico, contudo nenhum esforço é feito contra a ideologia que se encontra por detrás deste terrorismo. Nós cremos que o terrorismo islâmico não será eliminado a menos que a ideologia que o sustenta seja também erradicada. E este é o nosso objetivo.
Nota: Esta "entrevista" foi elaborada à partir dos argumentos apresentados no website do grupo Apóstatas do Islam. Qualquer dúvida (ou contestação) contate o web-site dos mesmos.

Hino Rio Grande do Sul Final Libertadores 2010

Lula, chefe do mensalão e chefe dos aloprados, decide incendiar a campanha paulistana.


Lula e seu ódio correm o Brasil como um rastilho, espalhando vingança e ressentimento. Foi assim em Salvador, foi assim em Manaus, para onde se dirigiu para atacar antigos opositores. Nos próximos dias, Lula vai aterrissar em São Paulo para botar fogo na campanha e tentar vencer o seu pior inimigo: José Serra. Podem ficar assustados. Lula é o chefe do mensalão, conforme denunciado por Marcos Valério. Também é o chefe dos aloprados, pois acaba de autorizar que a campanha petista em São Paulo use de todos os expedientes para levar Haddad ao segundo turno. Lula é um palito de fósforo aceso ao lado de um tanque de gasolina. A baixaria vai começar. O câncer afetou apenas a garganta do Lula, mas não afetou o seu cérebro. A campanha paulistana vai ficar muito suja, muito baixa, muito rasteira. Lula está de volta. E com ele o que existe de mais degradante na política brasileira.

 Muito cuidado com ele. Já provou que é capaz de tudo.

Gabriel Ortaça - Meu Canto

Querencia Amada

LULA e as diversas versões molusculares do MEN$ALÃO

domingo, 16 de setembro de 2012

Igreja Católica ataca Russomanno por causa do kit gay de Haddad.

O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer, criticou neste domingo (16) o chamado "cabresto eleitoral" de entidades religiosas e voltou a repudiar os ataques que a Igreja Católica diz ter sofrido da campanha de Celso Russomanno (PRB) pela prefeitura da cidade. "Reiteramos nossa orientação para que os fiéis católicos votem de maneira consciente, livre e responsável, e de acordo com os princípios e valores que orientam suas próprias vidas e da fé que abraçam", afirma dom Odilo, em artigo divulgado hoje.



Dom Odilo Scherer celebra na Catedral da Sé (centro) missa no dia aniversário da cidade de Sâo Paulo

Durante a semana, a Arquidiocese de São Paulo fez uma nota com ataques à candidatura de Russomanno, por conta de um artigo do presidente do PRB, Marcos Pereira, relacionando a igreja com o "kit-gay" (vídeos e material didático feitos com objetivo de combater a homofobia nas salas de aula). O artigo de Pereira, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, foi publicou em seu blog em maio de 2011 e que voltou a circular recentemente nas redes sociais. 

Já o texto divulgado hoje é a primeira manifestação assinada pelo próprio arcebispo. Para dom Odilo, "é inaceitável que na campanha eleitoral se fomente um clima de intranquilidade entre os cristãos das diversas comunidades e denominações, que convivem na cidade de São Paulo". Ele afirma que a ofensa do membro da Universal atingiu não só os católicos da cidade mas a igreja em todo o país. Dom Odilo lembra que a arquidiocese deu orientações sobre a participação dos fiéis na eleição, mas sem a indicação de candidatos.

"Entendemos que o voto dos cidadãos é livre e não deve ser imposto aos fiéis, como por 'cabresto eleitoral', pelos ministros religiosos; nem devem nossos templos e organizações religiosas ser transformados em 'currais eleitorais', reeditando práticas de uma política viciada, que deveriam estar superadas", diz o cardeal. Segundo ele, "a manipulação e instrumentalização da religião, em função da busca do poder político, não prometem ser um bem para a sociedade e não são coerentes com os princípios da liberdade de consciência".(Folha Poder)

LULA HUMILHANDO JOVEM (CAMERA ESCONDIDA REGISTRA TUDO)

BRASIL, O PRÓXIMO ALVO!

Lula sem saber que estava sendo filmado

BRASIL, GUERRILHA E TERROR - A Verdade Escondida.

sábado, 15 de setembro de 2012

Marcos Valério, o homem-bomba

ASCENSÃO E QUEDA

Maria Lucia Victor Barbosa
08/09/2012
                  Para simularem uma espécie de ideologia de esquerda e protegerem seu "pobre operário", Lula da Silva, que há muito não é pobre nem operário, ardilosamente os donos do poder inventaram que elite é aquela entidade suja e rancorosa composta por ricos impiedosos, que aliados a uma imprensa a serviço de monstruosos interesses têm como objetivo destruir o magnânimo pai da pátria e seu partido. Enfim, uma atraente versão tropical e populista da luta de classes, algo que deve ter feito Karl Marx tremer na tumba.
Nos estudos clássicos de Sociologia o termo elite ou escol tem sentido bem diferente como os vistos nas primeiras abordagens elaboradas pelos chamados "maquiavelistas", Vilfredo Pareto, Gaetano Mosca, Robert Michels e Georges Sorel. Em vez da luta de classes eles consideravam que a história das sociedades é a luta das elites pelo poder.
Pareto (1848-1923) entendia elite de modo positivo, pois fariam parte do escol pessoas de qualidades excepcionais tanto pelo seu trabalho quanto por seus dotes naturais e, de forma realista afirmou: "Todo escol que não se dispõe a travar batalha para defender suas posições está em plena decadência; só lhe resta deixar o lugar a outra elite que tenha as qualidades viris que lhe faltam".
Gaetano Mosca (1858-1941) preferiu o termo classe dirigente ou dominante em vez de elite para designar a distinção entre dirigentes e dirigidos.
Sem aprofundar a discussão sobre tais teorias lancemos um olhar sobre o quadro das eleições municipais lembrando que, pelo fato do PT se manter na presidência da República há quase 10 anos se pode dizer que é a classe dirigente, dominante ou elite sem, é claro, as boas qualidades de que falou Pareto.
Posto isso, recorde-se que na sua longa trajetória para lograr Lula lá os petistas desenvolveram certas táticas que continuam usando, tais como: Jamais aceitar críticas por menores que sejam e reagir às mesmas com maior agressividade possível; encarar o adversário como inimigo; invés de argumentar desqualificar quem não reza por sua cartilha como incompetente, rancoroso, invejoso, membro da famigerada e suja elite; usar a sedutora e comovente imagem de vitima transformando suas vítimas em seus algozes; distorcer ao máximo os fatos; usar de meios baixos para atacar adversários como, por exemplo, falsos dossiês ou compra de apoios.
Essas táticas foram usadas à exaustão para resguardar a figura de Lula tornada excelsa. Para ele só o elogio, qualquer crítica é considerada como grave preconceito. Então, amparado pelos companheiros e pelo marketing o guardião do poder petista exerceu plenamente o paternalismo pedagógico e a alienação das massas. Ele foi o "líder-preceptor que precede ao nascimento do Estado-Nação". Por isso sempre dizia com prazer: "nunca antes nesse país".
Antes de chegar ao cargo mais alto da República o PT soube ser oposição. Durante os oito anos de mandato de FHC petistas gritaram: "fora Fernando Henrique". Ao mesmo tempo, tudo que FHC fazia era estridentemente criticado.
Apesar disso, quando Lula finalmente alcançou a presidência da República, Fernando Henrique inventou a "transição", ou seja, colocou a disposição de Lula seus melhores técnicos para que ensinassem aos neófitos do PT como se governa.
Então, o PT copiou as politicas econômicas e sociais de FHC, mas sempre as criticando como herança maldita. Mesmo assim o PSDB foi o grande auxiliar de Lula, muito mais do que parte do PT que cindiu e formou o PSOL e mais ainda do que a base aliada. E quando Lula poderia ter sofrido o impeachment à época da CPI dos Correios, FHC sustentou o amigo no poder. Aliás, com raras exceções, os tucanos sempre demonstraram um imenso encantamento por Lula e nunca souberam ser oposição enquanto o PT, de modo implacável, atacava como ainda ataca Fernando Henrique e sua herança maldita.
O resultado é o que se vê no momento em São Paulo: José Serra em queda e Celso Russomanno subindo nas pesquisas de intenção de voto.
Na verdade, o PSDB não soube ocupar seu lugar como oposição. Deixou um vácuo que vai sendo ocupado por outro ator político. O PT, que nunca brilhou muito na capital paulista entrou em rota de desgaste com o julgamento do mensalão no STF, a doença de Lula, a emergência de outras lideranças políticas, a insatisfação do funcionalismo público e dos ditos movimentos sociais com a presidente Rousseff.
Ascenção e queda são ciclos inevitáveis na vida pessoal e na dinâmica das sociedades. No Brasil algumas mudanças estão acontecendo. Uma coisa boa e que trás um raio de esperança é o julgamento do mensalão a demonstrar a independência do Poder Judiciário e, portanto, o resguardo da democracia.
No mais, como disse Pareto, perdem os que não se dispõe a travar batalha para defender suas posições. Isto é bem mais importante do que apresentar renovação de candidatos. Que o PSDB aprenda a lição se quiser chegar de novo à presidência da República.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
www.maluvibar.blogspot.com.br

Valério desmascara Lula: o presidente chefiava o Mensalão de dentro do Planalto.

NO INFERNO - O empresário Marcos Valério, na porta da escola do filho, em Belo Horizonte, na última quarta-feira: revelações sobre o escândalo

O empresário Marcos Valério, na porta da escola do filho, em Belo Horizonte, na última quarta-feira: revelações sobre o escândalo (Cristiano Mariz) Dos 37 réus do mensalão, o empresário Marcos Valério é o único que não tem um átimo de dúvida sobre o seu futuro. Na semana passada, o publicitário foi condenado por lavagem de dinheiro, crime que acarreta pena mínima de três anos de prisão. Computadas punições pelos crimes de corrupção ativa e peculato, já decididas, mais evasão de divisas e formação de quadrilha, ainda por julgar a sentença de Marcos Valério pode passar de 100 anos de reclusão. Com todas as atenuantes da lei penal brasileira, não é totalmente improvável que ele termine seus dias na cadeia.

Apontado como responsável pela engenharia financeira que possibilitou ao PT montar o maior esquema de corrupção da história, Valério enfrenta um dilema. Nos últimos dias, ele confidenciou a pessoas próximas detalhes do pacto que havia firmado com o partido. Para proteger os figurões, conta que assumiu a responsabilidade por crimes que não praticou sozinho e manteve em segredo histórias comprometedoras que testemunhou quando era o "predileto" do poder. Em troca do silêncio, recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema teve suas entranhas expostas pela Procuradoria-Geral da República, de penas mais brandas. Valério guarda segredos tão estarrecedores sobre o mensalão que ele não consegue mais guardar só para si - mesmo que agora, desiludido com a falsa promessa de ajuda dos poderosos a quem ajudou, tenha um crescente temor de que eles possam se vingar dele de forma ainda mais cruel.

Feita com base em revelações de parentes, amigos e associados, a reportagem de capa de VEJA desta semana reabre de forma incontornável a questão da participação do ex-presidente Lula no mensalão. "Lula era o chefe", vem repetindo Valério com mais frequência e amargura agora que já foi condenado pelo STF. Assinada pelo editor Rodrigo Rangel, da sucursal de Brasília, a reportagem tem cinco capítulos - e o primeiro deles pode ser lido abaixo:

"O caixa do PT foi de 350 milhões de reais"

O CHEFE:  Segredo guardados por Valério põem o ex-presidente Lula no centro do esquema do mensalão

A acusação do Ministério Público Federal sustenta que o mensalão foi abastecido com 55 milhões de reais tomados por empréstimo por Marcos Valério junto aos bancos Rural e BMG, que se somaram a 74 milhões desviados da Visanet, fundo abastecido com dinheiro público e controlado pelo Banco do Brasil. Segundo Marcos Valério, esse valor é subestimado. Ele conta que o caixa real do mensalão era o triplo do descoberto pela polícia e denunciado pelo MP. Valério diz que pelas arcas do esquema passaram pelo menos 350 milhões de reais. "Da SMP&B vão achar só os 55 milhões, mas o caixa era muito maior. 

O caixa do PT foi de 350 milhões de reais, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B nem com a DNA", afirma o empresário. Esse caixa paralelo, conta ele, era abastecido com dinheiro oriundo de operações tão heterodoxas quanto os empréstimos fictícios tomados por suas empresas para pagar políticos aliados do PT. Havia doações diretas diante da perspectiva de obter facilidades no governo. "Muitas empresas davam via empréstimos, outras não." O fiador dessas operações, garante Valério, era o próprio presidente da República.

Lula teria se empenhado pessoalmente na coleta de dinheiro para a engrenagem clandestina, cujos contribuintes tinham algum interesse no governo federal. Tudo corria por fora, sem registros formais, sem deixar nenhum rastro. Muitos empresários, relata Marcos Valério, se reuniam com o presidente, combinavam a contribuição e em seguida despejavam dinheiro no cofre secreto petista. O controle dessa contabilidade cabia ao então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, que é réu no processo do mensalão e começa a ser julgado nos próximos dias pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. 

O papel de Delúbio era, além de ajudar na administração da captação, definir o nome dos políticos que deveriam receber os pagamentos determinados pela cúpula do PT, com o aval do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado no processo como o chefe da quadrilha do mensalão: "Dirceu era o braço direito do Lula, um braço que comandava". Valério diz que, graças a sua proximidade com a cúpula petista no auge do esquema, em 2003 e 2004, teve acesso à contabilidade real. Ele conta que a entrada e a saída de recursos foram registradas minuciosamente em um livro guardado a sete chaves por Delúbio.

Pelo seu relato, o restante do dinheiro desse fundão teve destino semelhante ao dos 55 milhões de reais obtidos por meio dos empréstimos fraudulentos tomados pela DNA e pela SMP&B. Foram usados para remunerar correligionários e aliados. Os valores calculados por Valério delineiam um caixa clandestino sem paralelo na política. Ele fala em valores dez vezes maiores que a arrecadação declarada da campanha de Lula nas eleições presidenciais de 2002. (Da Veja)

Reinaldo Azevedo antecipa matéria da Veja: PT desviou R$ 350 milhões e Lula sabia e comandava tudo.

Vocês já viram a capa da revista VEJA. A reportagem traz informações estarrecedoras. O publicitário Marcos Valério sabe que vai para a cadeia — e não será por pouco tempo. E está, obviamente, infeliz e revoltado. Acha que será o principal punido de uma cadeia criminosa que tinha, segundo ele, na chefia, ninguém menos do que Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente da República — aquele mesmo que, ao encerrar o segundo mandato, assegurou que iria investigar quem havia inventado essa história de mensalão, "uma mentira"… Reportagem de capa de Policarpo Júnior, na VEJA desta semana, revela, agora, um Marcos Valério amargo e, como se vê, propenso a falar o que sabe — o que tem feito com alguns amigos.

Só que ele está com medo de morrer. Tem certeza de que será assassinado se falar tudo o que sabe. Acho, no entanto, que ele deveria fazê-lo. Os que podem estar interessados na sua morte temem justamente o que ele não contou — e a melhor maneira de preservar o segredo é eliminando-o. Que peça proteção formal ao Estado e preste um serviço aos brasileiros.
 
Na sessão de quinta-feira do Supremo, num dia em que não temeu em nenhum momento o ridículo, o ministro Dias Toffoli — que vinha tendo uma boa atuação até o julgamento do mensalão (ele decida o que fazer de sua biografia!) — ensaiou uma distinção politicamente pornográfica entre "o valerioduto" (cuja existência ele admitiu, tanto que condenou o empresário) e o "mensalão como chama a imprensa"… Ficou claro que o ministro acha que são coisas distintas, como se o empresário tivesse delinquido, sei lá, apenas por interesse pessoal. A verdade, assegura Valério, é bem outra. Abaixo, seguem trechos da reportagem de VEJA. Reputo como o texto jornalístico mais explosivo publicado no Brasil desde a entrevista de Pedro Collor às Páginas Amarelas da VEJA. Abaixo, uma síntese das nove páginas.

"O CAIXA DO PT FOI DE R$ 350 MILHÕES"
A acusação do Ministério Público Federal sustenta que o mensalão foi abastecido com 55 milhões de reais tomados por empréstimo por Marcos Valério junto aos bancos Rural e BMG, que se somaram a 74 milhões desviados da Visanet, fundo abastecido com dinheiro público e controlado pelo Banco do Brasil. Segundo Marcos Valério, esse valor é subestimado. Ele conta que o caixa real do mensalão era o triplo do descoberto pela polícia e denunciado pelo MP. (…) "Da SM P&B vão achar só os 55 milhões, mas o caixa era muito maior. O caixa do PT foi de 350 milhões de reais, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B nem com a DNA".
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LULA ERA O CHEFE DO ESQUEMA, COM JOSÉ DIRCEU
Lula teria se empenhado pessoalmente na coleta de dinheiro para a engrenagem clandestina, cujos contribuintes tinham algum interesse no governo federal. Tudo corria por fora, sem registros formais, sem deixar nenhum rastro. Muitos empresários, relata Marcos Valério, se reuniam com o presidente, combinavam a contribuição e em seguida despejavam dinheiro no cofre secreto petista. O controle dessa contabilidade cabia ao então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, que é réu no processo do mensalão e começa a ser julgado nos próximos dias pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. O papel de Delúbio era, além de ajudar na administração da captação, definir o nome dos políticos que deveriam receber os pagamentos determinados pela cúpula do PT, com o aval do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado no processo como o chefe da quadrilha do mensalão: "Dirceu era o braço direito do Lula, um braço que comandava".

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VALÉRIO SE ENCONTROU COM LULA NO PALÁCIO DO PLANALTO VÁRIAS VEZES
A narrativa de Valério coloca Lula não apenas como sabedor do que se passava, mas no comando da operação. Valério não esconde que se encontrou com Lula diversas vezes no Palácio do Planalto. Ele faz outra revelação: "Do Zé ao Lula era só descer a escada. Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo, vamos". O Zé é o ex-ministro José Dirceu, cujo gabinete ficava no 4º andar do Palácio do Planalto, um andar acima do gabinete presidencial. (…) Marcos Valério reafirma que Dirceu não pode nem deve ser absolvido pelo Supremo Tribunal, mas faz uma sombria ressalva. "Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos", disse, na semana passada, em Belo Horizonte. Indagado, o ex-presidente não respondeu.
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PAULO OKAMOTTO, ESCALADO PARA SILENCIAR VALÉRIO, TERIA AGREIDO FISICAMENTE A MULHER DO PUBLICITÁRIO
"Eu não falo com todo mundo no PT. O meu contato com o PT era o Paulo Okamotto", disse Valério em uma conversa reservada dias atrás. É o próprio Valério quem explica a missão de Okamotto: "O papel dele era tentar me acalmar". O empresário conta que conheceu o Japonês, como o petista é chamado, no ápice do escândalo. Valério diz que, na véspera de seu primeiro depoimento à CPI que investigava o mensalão, Okamotto o procurou. "A conversa foi na casa de uma funcionária minha. Era para dizer o que eu não devia falar na CPI", relembra. O pedido era óbvio. Okamotto queria evitar que Valério implicasse Lula no escândalo. Deu certo durante muito tempo. Em troca do silêncio de Valério, o PT, por intermédio de Okamotto, prometia dinheiro e proteção. A relação se tornaria duradoura, mas nunca foi pacífica. Em momentos de dificuldade, Okamotto era sempre procurado. Quando Valério foi preso pela primeira vez, sua mulher viajou a São Paulo com a filha para falar com Okamotto. Renilda Santiago queria que o assessor de Lula desse um jeito de tirar seu marido da cadeia. Disse que ele estava preso injustamente e que o PT precisava resolver a situação. A reação de Okamotto causa revolta em Valério até hoje. "Ele deu um safanão na minha esposa. Ela foi correndo para o banheiro, chorando."

O PT PROMETEU A VALÉRIO QUE RETARDARIA AO MÁXIMO O JULGAMENTO NO STF
O empresário jura que nunca recebeu nada do PT. Já a promessa de proteção, segundo Valério, girava em torno de um esforço que o partido faria para retardar o julgamento do mensalão no Supremo e, em último caso, tentar amenizar a sua pena. "Prometeram não exatamente absolver, mas diziam: 'Vamos segurar, vamos isso, vamos aquilo'… Amenizar", conta. Por muito tempo, Marcos Valério acreditou que daria certo. Procurado, Okamotto não se pronunciou.

"O DELÚBIO DORMIA NO PALÁCIO DA ALVORADA"
Nos tempos em que gozava da intimidade do poder em Brasília, Marcos Valério diz guardar muitas lembranças. Algumas revelam a desenvoltura com que personagens centrais do mensalão transitavam no coração do governo Lula antes da eclosão do maior escândalo de corrupção da história política do país. Valério lembra das vezes em que Delúbio Soares, seu interlocutor frequente até a descoberta do esquema, participava de animados encontros à noite no Palácio da Alvorada, que não raro servia de pernoite para o ex-tesoureiro petista. "O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com Lula à noite. Alguma vez isso ficou registrado lá dentro? Quando você quer encontrar (alguém), você encontra, e sem registro." O operador do mensalão deixa transparecer que ele próprio foi a uma dessas reuniões noturnas no Alvorada. Sobre sua aproximação com o PT, Valério conta que, diferentemente do que os petistas dizem há sete anos, ele conheceu Delúbio durante a campanha de 2002. Quem apresentou a ele o petista foi Cristiano Paz, seu ex-sócio, que intermediava uma doação à campanha de Lula.
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EMPRÉSTIMOS DO RURAL FORAM FEITOS COM AVAL DE LULA E DIRCEU
"O banco ia emprestar dinheiro para uma agência quebrada?" Os ministros do STF já consideraram fraudulentos os empréstimos concedidos pelo Banco Rural às agências de publicidade que abasteceram o mensalão. Para Valério, a decisão do Rural de liberar o dinheiro — com garantias fajutas e José Genoino e Delúbio Soares como fiadores — não foi um favor a ele, mas ao governo Lula. "Você acha que chegou lá o Marcos Valério com duas agências quebradas e pediu: 'Me empresta aí 30 milhões de reais pra eu dar pro PT'? O que um dono de banco ia responder?" Valério se lembra sempre de José Augusto Dumont, então presidente do Rural. "O Zé Augusto, que não era bobo, falou assim: 'Pra você eu não empresto'. Eu respondi: 'Vai lá e conversa com o Delúbio'. "A partir daí a solução foi encaminhada. Os empréstimos, diz Valério, não existiriam sem o aval de Lula e Dirceu. "Se você é um banqueiro, você nega um pedido do presidente da República?"