- Esta reportagem de Paulo Ferreira, Folha de S. Paulo de domingo, poderá apanhar Lula na rede do Mensalão. Ele escapou dos inquéritos principais que estão em julgamento no STF, mas agora o ministro Joaquim Barbosa autorizou a Procuradoria Geral da República e a Polícia federal a buscarem evidências do envolvimento de outros líderes do PT,numa conexão estritamente com origem em Minas. Serão investigados o ministro Fernando Pimentel, o deputado Vicentinho (ex-presidente da CUT) e Benedida da Silva, mas desta vez o caso irá até o BMG, que está fora do atual julgamento no STF. Ao chegar ao BMG, a PGR e a PF desembarcarão inevitavelmente em Lula. Ele finalmente sentará no banco dos réus.
O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de um inquérito para investigar repasses feitos pelo esquema para pessoas ligadas ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e a outros políticos petistas. O ministro Fernando Pimentel já apareceu em outras denúncias escabrosas e muito recentes. No passado, quando jovem, o ministro atuou clandestinamente em Porto Alegre, onde participou da tentativa de sequestro do cônsul americano Charles Cutter. Pimentel tinha 17 anos. O cônsul foi baleado por terroristas do grupo dele.
O novo inquérito, a ser instaurado na Justiça Federal em Belo Horizonte, também vai investigar repasses que beneficiaram pessoas ligadas aos deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Vicentinho (PT-SP), além de dezenas de outras pessoas e empresas que receberam dinheiro do mensalão.
Essas pessoas não são parte do processo que está em julgamento no Supremo desde o início de agosto, porque os repasses só foram descobertos pela Polícia Federal quando a ação principal já estava em andamento no STF.
. A nova fase do caso foi inaugurada há pouco mais de um mês, após pedido da Procuradoria-Geral da República para que fossem aprofundadas as investigações sobre o destino do dinheiro distribuído pelo PT com a colaboração do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
O requerimento cita nominalmente Pimentel, Benedita e Vicentinho, dizendo que, como eles têm foro privilegiado, a investigação deverá voltar ao Supremo "caso surjam indícios concretos de que os valores arrecadados" destinavam-se aos três.
A PF só conseguiu concluir o trabalho de rastreamento de dinheiro distribuído por Marcos Valério em 2011, cinco anos após a Procuradoria apresentar a denúncia que deu origem ao processo que está em julgamento no STF.
. Seguindo o caminho do dinheiro distribuído pelo empresário, a polícia chegou a Rodrigo Barroso Fernandes, em Belo Horizonte
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