"Cinco anos da noite que era para ser a última da minha vida" Mauri Martinelli
Na noite de ontem, 17 de agosto, às 23h, fez 5 anos de uma data fatídica para o RS. Naquele 17 de agosto de 2006, o RS registrou nos anais da história o maior crime politico esclarecido nos últimos 60 anos. Mauri Martinelli, é sociólogo e colunista político e de opinião do Jornal O Minuano de Estância Velha, e fazia criticas e denúncia de corrupção existente no governo petista local. Por isso devereria morrer nas mãos do pistoleiro Alexandro Ribeiro, o Seco, (foto)
Recordando o Caso
O atentado ocorreu cerca de 23 horas, quando Martinelli chegava em casa após uma janta de campanha eleitoral do falecido deputado federal Julio Redecker (PSDB), em galpão crioulo da sua cidade, Estância Velha. O pistoleiro chegou por trás, bateu com a pistola em sua cabeça, e avisou: “Agora você vai ver quem manda na cidade”. E esvaziou o pente de 16 tiros. Martinelli foi atingido por 5 tiros disparados de uma pistola Glock 380, semiautomática. Com o envio do inquérito pela Polícia Civil para a Justiça Estadual, em 03 de março de 2009, fica-se sabendo quem o pistoleiro, representava, e oque ele queria dizer a Mauri Martinelli, quando falou: “Agora você vai ver quem manda na cidade”, e quem foram os contratantes e mandantes do crime: os indiciados, hoje réus a partir da denúncia do promotor público que atuou no caso, Marcelo Tubino (de Portão), são Jaime Dirceu Antônio Schneider, chefe de gabinete do prefeito Petista, Elivir Desiam; Luís Carlos Soares, conhecido como “Carlinhos Vira Mato (Presidente e Vereador do PT a época do crime”, Jauri de Matos Fernandes, empresário, prestador de serviços na prefeitura petista e Claci Campos da Silva, cafetina. Hoje o MP atua no processo através do Promotor Michael Schneider Flach.
Negada a liberdade Condicional do pistoleiro, 5 anos depois, no mesmo dia em que cometeu o crime.
O pistoleiro foi preso com a arma em 04 de setembro de 2006, acusado de o autor. Foi a Juri Popular em 1º de outubro de 2009, condenado por unanimidade, a 15 anos em regime fechado. Com redução de um terço, porque a morte foi de forma tentada, fixado a pena em 10 anos, conforme processo nº 09520700006295. Em regime fechado recorreu da sentença processo nº 70041484445, que por coincidência, foi julgado ontem 17 agosto de 2011, exatamente 5 anos depois do atentado. A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RS, negou por unanimidade, a liberdade condicional do apenado Alexandro Ribeiro, que segue preso no Presidio de Segurança Máxima de Charqueadas, PASC.
E os mandantes?
Os mandantes foram denunciados pelo Ministério Público em 2009, processo nº 09520900001793, em fase final de instrução, com audiência marcada para o dia 26 de setembro de 2011, às 17h, para oitiva de Almiro Ricardo de Ferreira, vulgo Ricardão, que é testemunha de defesa do réu Carlinhos Vira Mato. Esta testemunha foi acusada pela vitima de ter-lhe apresentado o seu agressor na noite de crime, durante o jantar. Ricardão está sendo intimado para depor como testemunha pela 5ª vez, e não se apresenta para depor, com isto a defesa dos acusados ganha tempo. Resta ainda ouvir os acusados, para encerrar a fase de instrução do processo, para então aguardar a pronuncia da juíza Rosali C. Libardi, e a data do Juri.