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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Waldo Vieira comenta sobre Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo e a nova ...

Desabafo de Olavo de Carvalho

Juiz e promotora pedem autorização do TJ para investigar Ary Vanazzi. Famurs elege Vanazzi presidente nesta quarta-feira.

No dia em que o Ministério Público Estadual confirmou o parecer da promotora Ana Paula Bernardes em apoio às investigações que a Polícia Civil quer fazer sobre o prefeito Ary Vanazzi, a Federação dos Municípios do RS poderá homologá-lo como novo presidente da Federação dos Municípios do RS, a Famurs.
. Ary Vanazzi será investigado no âmbito da Operação Cosa Nostra, desencadeada há dois meses em São Leopoldo. Os policiais estiveram na cidade, cumpriram mandatos de busca e apreensão em cinco repartições públicas, inclusive Instituto de Previdência e Hospital Centenário. Um dossiê de 1.200 páginas (no link, o compacto com 200 páginas) narra a existência de uma organização criminosa integrada por dezenas de líderes políticos locais ligados ao PT e ao PSB, mais nove dezenas de empresários, envolvidos em grossas falcatruas.
. Mesmo antes do parecer da promotora, o juiz José Piccoli já havia remetido o pedido de autorização de investigações para o STF e Tribunal de Justiça, abrangendo o prefeito Vanazzi, sua cunhada, a deputada Ana Affonso, e os deputados Ronaldo Zulke e Alexandre Roso.
. O inquérito da Operação Cosa Nostra prossegue em andamento pelas mãos da Polícia Civil, PF, MPE e MPC.

CLIQUE AQUI pra ler as denúncias.

Ministro do STF sobre pressões de Lula no caso do Mensalão: "Estamos lidando com bandidos"

A Globonews produziu na noite desta terça-feira uma reportagem de quase uma hora sobre a chantagem praticada por Lula contra o ministro do STF, Gilmar Mendes, dando ênfase aos novos ataques do ministro contra o ex-presidente. É que ele voltou a erguer o dedo em riste, usando instalações do próprio STF, o que é simbólico.: "A gente está lidando com gângsteres. Vamos deixar claro; estamos lidando com bandidos. Bantidos que ficam plantando essas informações". O que fez e disse o ministro Gilmar Mendes ? 1) Viagem a Berlim - Ele mostrou notas, recibos e documentos, comprovando que foi o STF quem pagou todas as despesas da sua viagem de 12 a 25 de abril, inclusive passagens (R$ 16,1 mil), cumprindo a rota Guarulhos-Europa-Guarulhos-Brasília.- Lula quis usar grampos e informações que tinha sobre a viagem, segundo as quais Gilmar Mendes teria viajado num jatinho pago por Carlinhos Cachoeira, num dos trechos, além de ter se encontrado com Demóstenes Torres em Berlim. 2) Lula é a Central de Boatos - O ministro disse que o ex-superintendente da Polícia Federal, Paulo Lacerda, assessora Lula e o PT para implementar uma central de boatos, destinada a melar o julgamento do Mensalão.

CLIQUE aí ao lado para ouvir e ver o comentário do editor sobre o assunto. Está tudo na imagem de TV do Twitcam.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Sem foro privilegiado, Lula será denunciado pelo juiz de plantão.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, informou nesta terça (29), por meio da assessoria do órgão, que não é da competência dele analisar o pedido da oposição para que investigue a suposta pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de adiar o julgamento do mensalão pelo STF.

A assessoria da PGR informou que, como Lula não possui mais foro privilegiado, o procurador-geral da República irá encaminhar o requerimento dos partidos de oposição para a primeira instância. Se Lula ainda fosse presidente, e, portanto, tivesse prerrogativa de foro, o procurador-geral teria a incumbência de analisar o caso. De acordo com a assessoria da PGR, o dispositivo deverá ser enviado para o procurador-geral do Distrito Federal, Rogério Leite Chaves, na medida em que o suposto ilícito teria ocorrido em sua jurisdição.

Ainda que Mendes tenha direito ao foro privilegiado por ser ministro da Suprema Corte, a prerrogativa não se aplicaria ao caso, explicou a PGR, em razão de o alvo da requisição ter sido Lula. O documento endereçado a Gurgel por parlamentares de PSDB, DEM, PPS e PSOL tem como alvo somente o ex-presidente. Os partidos oposicionistas argumentam que Lula teria cometido tráfico de influência, corrupção ativa e coação. (G1)

Réus do mensalão acham que Lula piorou polêmica sobre o julgament

Os réus do mensalão ficaram perplexos e furiosos com o que consideram descuido do ex-presidente Lula em seus diálogos com Nelson Jobim e Gilmar Mendes, informa o jornal Folha de S.Paulo. Acham que o ex-presidente, na ânsia de ajudar, acabou conturbando o clima de vez.

domingo, 27 de maio de 2012

PSDB quer interpelar Lula sobre acusação de Mendes

Agência Estado

Encurralado pela possibilidade de convocação do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, para depor na CPI do Cachoeira, o PSDB prepara medidas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de pressionar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a adiar o julgamento do processo do mensalão. Setores do partido discutem interpelar o ex-presidente na Justiça, convocá-lo à CPI, bem como a Gilmar, e até propor uma acareação entre os dois. Uma estratégia será fechada nesta segunda-feira, véspera da sessão da CPI na qual pode ser decidida a convocação de Perillo.

"Não há ainda uma definição. Estamos apenas conversando. Mas até amanhã a gente troca ideias sobre qual vai ser o procedimento", informou neste domingo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), classificando de graves as denúncias contra Lula: "O que houve foi uma afronta a duas instituições: o Congresso e o Judiciário."

Conforme Gilmar, num encontro em Brasília, o ex-presidente Lula lhe ofereceu blindagem na CPI do Cachoeira, de maioria governista, em troca de apoio numa suposta operação do PT para adiar o julgamento do mensalão para 2013. O ministro tem relações estreitas com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de envolvimento com a organização do bicheiro.

A proposta teria sido feita no escritório do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, que negou o teor da conversa e disse que o encontro não foi combinado. Lula também negou o diálogo, por meio de sua assessoria. Já Gilmar se disse "perplexo" com a suposta oferta do ex-presidente.

Integrante da CPI, o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) disse ter conversado com o líder no partido na Câmara, Bruno Araújo (PE), que lhe deu aval para defender a convocação de Lula na CPI. Nesta segunda-feira, a bancada tucana na Casa se reúne para fechar uma estratégia para o caso.

"A denúncia é gravíssima: um ex-presidente dizer que manda na CPI e usar isso para chantagear um ministro do Supremo", disse Francischini. "Se é mentira, o Lula tem de vir a público se explicar. É quase impossível um encontro fortuito entre duas autoridades desse porte", acrescentou.

O PT costura com partidos aliados um acordo para a convocação de Perillo e, possivelmente, do governador de Tocantins, Siqueira Campos, outro tucano citado nos grampos da PF. Um depoimento de Agnelo Queiroz (PT-DF) também pode ser aprovado, embora a oposição não tenha votos suficientes, se o embate político acabar paralisando a CPI.

O Foro de São Paulo e o Neo-Comunismo

Os bons companheiros


Demétrio Magnoli

De "caçador de marajás" Fernando Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas. Na CPI do Cachoeira seu alvo é Policarpo Jr., da revista Veja, a quem acusa de se associar ao contraventor "para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem". Collor calunia, covardemente protegido pela cápsula da imunidade parlamentar. Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas - e quase tudo se encontra na internet. Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira. A relação entre os dois era, exclusivamente, de jornalista e fonte - algo, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações.

Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público. Criminosos passam informações - verdadeiras ou falsas - com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos. O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei. Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo que sua divulgação seja do interesse circunstancial de uma facção criminosa.

Os áudios em circulação comprovam que Policarpo Jr. seguiu rigorosamente os critérios da ética jornalística. Informações vazadas por fontes diversas, até mesmo pela quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal. Dilma Rousseff demitiu ministros com base nessas notícias, atendendo ao interesse público. A revista em que trabalha o jornalista foi a primeira a publicar as notícias sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira - uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte. Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da mola da vingança: duas décadas depois da renúncia desonrosa, pretende ferir a imprensa que revelou à sociedade a podridão de seu governo.

A vingança, porém, não é tudo. O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo. Na CPI opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista. Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como "chefe da quadrilha", engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa - e, com ela, as informações que o incriminam.

O mensalão, porém, não é tudo. A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula justamente após a crise que abalou seu primeiro mandato. Franklin Martins foi alçado à chefia do Ministério das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o edifício do "controle social da mídia". A sucessão, contudo, representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao ensaio de cerceamento da imprensa. Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais. Policarpo Jr. ocupa, no momento, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar.

No jogo da calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela revista Carta Capital. A publicação noticiou falsamente que Policarpo Jr. teria feito "200 ligações" telefônicas para Cachoeira. Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos. Entretanto, por si mesmo, o número cumpria a função de arar o terreno da suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor. Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas - não 200 - ligações com sua fonte.

A revista não se circunscreveu à mentira factual. Um editorial, assinado por Mino Carta, classificou a suposta "parceria Cachoeira-Policarpo Jr." como "bandidagem em comum". Editoriais de Mino Carta formam um capítulo sombrio do jornalismo brasileiro. Nos anos seguintes ao AI-5, o atual diretor de redação da Carta Capital ocupava o cargo de editor de Veja, a publicação em que hoje trabalha o alvo de suas falsas denúncias. Os editoriais com a sua assinatura eram peças de louvação da ditadura militar e da guerra suja conduzida nos calabouços. Um deles, de 4 de fevereiro de 1970, consagrava-se ao elogio da "eficiência" da Operação Bandeirante (Oban), braço paramilitar do aparelho de inteligência e tortura do regime, cuja atuação "tranquilizava o povo". O material documental está disponível no blog do jornalista Fábio Pannunzio (http://www.pannunzio.com.br/), sob a rubrica Quem foi quem na ditadura.

Na Veja de então, sob a orientação de Carta, trabalhava o editor de Economia Paulo Henrique Amorim. A cooperação entre os cortesãos do regime militar renovou-se, décadas depois, pela adesão de ambos ao lulismo. Hoje Amorim faz de seu blog uma caixa de ressonância da calúnia de Carta dirigida a Policarpo Jr. O fato teria apenas relevância jurídica se o blog não fosse financiado por empresas estatais: nos últimos três anos, tais fontes públicas transferiram bem mais de R$ 1 milhão para a página eletrônica, distribuídos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 833 mil), o Banco do Brasil (R$ 147 mil), os Correios (R$ 120 mil) e a Petrobrás (que, violando a Lei da Transparência, se recusa a prestar a informação).

Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa organizada no segundo mandato de Lula. Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo - ao menos no que concerne aos interesses vitais de Dirceu. A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.

* SOCIÓLOGO, É DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP. E-MAIL: DEMETRIO.MAGNOLI@UOL.COM.BR

Governo do PT usa o Banco Central para incendiar o consumismo que endividou as famílias

O governo federal abandona a boa política das metas de inflação, superávit primário e câmbio flutuante.
Tudo em favor da campanha eleitoral.
Para captar votos promove a demanda (consumo).
Deveria promover o investimento na deficiente infraestrutura.
Para manter o apoio ao seu sindicalismo promove a redução da jornada de trabalho (anunciada pelo seu ministro do trabalho).
Deveria promover a produtividade.
Como essas políticas darão maus resultados, continuará a escolher culpados.
Sejam eles os americanos, os europeus, os alemães, os banqueiros, os industriais ou os comerciantes.
Recomendo a leitura do link abaixo, do jornal O Estado de S. Paulo.
Hélio Mazzolli

Causa espanto o fato de o Banco Central (BC), afastando-se de seu papel de guardião da moeda, ter elaborado uma medida para beneficiar exclusivamente um segmento da economia, a indústria automobilística, com a liberação de R$ 18 bilhões dos depósitos compulsórios para que os bancos aumentem a oferta de financiamentos a quem quiser comprar automóveis. Mais espantoso, ainda, é o modo como essa liberação foi feita, às pressas, deixando nítida a disposição da diretoria da instituição de aceitar sem resistência as pressões do Palácio do Planalto por medidas que estimulem o consumo e comprovando, na prática, o abandono dos objetivos de um verdadeiro banco central.
Desde meados do segundo semestre do ano passado, quando a crise europeia passou a afetar mais fortemente a economia brasileira, decisões consideradas precipitadas ou inconsistentes com os dados conjunturais - sobretudo a evolução dos preços, que deveria ser sua preocupação central - vêm mostrando a propensão da diretoria do BC a, abrindo mão de sua autonomia e afastando a instituição de sua missão principal, "colaborar" com o governo.
CLIQUE AQUI para ler todo o texto.


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Polícia Federal pode ter entrado na Operação Cosa Nostra, São Leopoldo RS

A Polícia Federal pode ter entrado no caso da Operação Cosa Nostra, desencadeada pela Polícia Civil em São Leopoldo, segundo informações que circulam entre os advogados da cidade. A Polícia Civil pediu, na semana passada, ordens judiciais para investigar o prefeito Ary Vanazzi, sua cunhada, a deputada Ana Affonso, e os deputados Ronaldo Zulke e Alexandre Roso.

. A Operação Cosa Nostra já realizou busca e apreensão em cinco órgãos da pefeitura, como também em dezenas de casas e escritórios de políicos e empresários envolvidos em malfeitorias denunciadas em dossiê elaborado pelo ex-secretário Marco Antonio Pinheiro e pelo ex-diretor do Hospital Centenário, Carlos Arpini. Uma CPI, assinada por dois vereadores, não prospera na Câmara.

ESCÂNDALO, ABSURDO E DEBOCHE: Lula sugere troca de favores a um ministro do STF e revela como tem pressionado outros membros da corte. Ex-presidente degrada as instituições

Caras e caros, o que vai abaixo é muito grave. Espalhem a informação na rede, debatam, organizem-se em defesa da democracia. O que se vai ler revela uma das mais graves agressões ao estado de direito desde a redemocratização do país.

Luiz Inácio Lula da Silva perdeu completamente a noção de limite, quesito em que nunca foi muito bom. VEJA publica hoje uma reportagem estarrecedora. O ex-presidente iniciou um trabalho direto de pressão contra os ministros do Supremo para livrar a cara dos mensaleiros. Ele nomeou seis dos atuais membros da corte — outros dois foram indicados por Dilma Rousseff. Sendo quem é, parece achar que os integrantes da corte suprema do país lhe devem obediência. Àqueles que estariam fora de sua alçada, tenta constranger com expedientes ainda menos republicanos. E foi o que fez com Gilmar Mendes. A reportagem de Rodrigo Rangel e Otavio Cabral na VEJA desta semana é espantosa!

Lula, acreditem, supondo que Mendes tivesse algo a temer na CPI do Cachoeira, fez algumas insinuações e ofereceu-lhe uma espécie de "proteção" desde que o ministro se comportasse direitinho. Expôs ainda a forma como está abordando os demais ministros. Leiam trecho. Volto em seguida.

(…)
Há um mês, o ministro Gilmar Mendes, do STF, foi convidado para uma conversa com Lula em Brasília. O encontro foi realizado no escritório de advocacia do ex-presidente do STF e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, amigo comum dos dois. Depois de algumas amenidades, Lula foi ao ponto que lhe interessava: "É inconveniente julgar esse processo agora". O argumento do ex-presidente foi que seria mais correto esperar passar as eleições municipais de outubro deste ano e só depois julgar a ação que tanto preocupa o PT, partido que tem o objetivo declarado de conquistar 1.000 prefeituras nas urnas.

Para espíritos mais sensíveis, Lula já teria sido indecoroso simplesmente por sugerir a um ministro do STF o adiamento de julgamento do interesse de seu partido. Mas vá lá. Até aí, estaria tudo dentro do entendimento mais amplo do que seja uma ação republicana. Mas o ex-presidente cruzaria a fina linha que divide um encontro desse tipo entre uma conversa aceitável e um evidente constrangimento. Depois de afirmar que detém o controle político da CPI do Cachoeira, Lula magnanimamente, ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo para preocupação com as investigações. O recado foi decodificado. Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros, ele seria blindado na CPI. (…) "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula", disse Gilmar Mendes a VEJA. O ministro defende a realização do julgamento neste semestre para evi¬tar a prescrição dos crimes.
(…)

Voltei
Interrompo para destacar uma informação importante. Na conversa, Lula insinuou que Mendes manteria relações não-repubicanas com o senador Demóstenes Torres. Quando ouviu do interlocutor um "vá em frente porque você não vai encontrar nada", ficou surpreso. Segue a reportagem de VEJA. Retomo depois:

A certa altura da conversa com Mendes. Lula perguntou: "E a viagem a Berlim?". Ele se referia a boatos de que o ministro e o senador Demóstenes Torres teriam viajado para a Alemanha à custa de Carlos Cachoeira e usado um avião cedido pelo contraventor. Em resposta, o ministro confirmou o encontro com o senador em Berlim, mas disse que pagou de seu bolso todas as suas despesas, tendo como comprovar a origem dos recursos. "Vou a Berlim como você vai a São Bernardo. Minha filha mora lá", disse Gilmar, que, sentindo-se constrangido, desabafou com ex-presidente: "Vá fundo na CPI". O ministro Gilmar relatou o encontro a dois senadores, ao procurador-geral da República e ao advogado-geral da União.

Retomando
Sabem o que é impressionante? A "bomba" que Lula supostamente teria contra Mendes começou a circular nos blogs sujos logo depois. O JEG — a jornalismo financiado pelas estatais — pôs para circular a informação falsa de que Mendes teria viajado às expensas de Cachoeira. Muitos jornalistas sabem que o ex-presidente está na origem de boatos que procuravam associar o ministro ao esquema Cachoeira. Ou por outra: Lula afirma ter o "controle político" da CPI e parece controlar, também, todas as calúnias e difamações que publicadas na esgotosfera. Sigamos.

Lula deixou claro que está investindo em outros ministros da corte. Revelou já ter conversado com Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão — só depende dele o início do julgamento — sobre a conveniência de deixar o processo para o ano que vem. Sobre José Antônio Dias Toffoli, foi peremptório e senhorial: "Eu disse ao Toffoli que ele tem de participar do julgamento". Qual a dúvida? O agora ministro já foi advogado do PT e assessor de José Dirceu; sua namorada advoga para um dos acusados. A prudência e o bom senso indicam que se declare impedido. Lula pensa de modo diferente — e o faz como quem tem certeza do voto. Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo e um dos porta-vozes informais do chefão do PT, já disse algo mais sério: "Ele não tem o direito de não participar".

A ministra Carmen Lúcia, na imaginação de Lula, ficaria por conta de Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF e atual presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República: "Vou falar com o Pertence para cuidar dela". Com Joaquim Barbosa, o relator, Lula está bravo. Rotula o ministro de "complexado". Ayres Britto, que vai presidir o julgamento se ele for realizado até novembro, estaria na conta do jurista Celso Antonio Bandeira de Mello, amigo de ambos, que ficaria encarregado de marcar a conversa. Leia mais um trecho da reportagem

(…)
Ayres Britto contou que o relato de Gilmar ajudou-o a entender uma abordagem que Lula lhe fizera uma semana antes, durante um almoço no Palácio da Alvorada, onde estiveram a convite da presidente Dilma Rousseff. Diz o ministro Ayres Britto: "O ex-presidente Lula me perguntou se eu tinha notícias do Bandeirinha e completou dizendo que, "qualquer dia desses, a gente toma um vinho". Confesso que, depois que conversei com o Gilmar, acendeu a luz amarela, mas eu mesmo tratei de apagá-la". Ouvido por VEJA, Jobim confirmou o encontro de Lula e Gilmar em seu escritório em Brasília, mas, como bom político, disse que as partes da conversa que presenciou "foram em tom amigável". VEJA tentou entrevistar Lula a respeito do episódio. Sem sucesso, enviou a seguinte mensagem aos assessores: "Estamos fechando uma matéria sobre o julgamento do mensalão para a edição desta semana. Gostaríamos de saber a versão do ex-presidente Lula sobre o encontro ocorrido em 26 de abril, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, com a presença do anfitrião e do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, no qual Lula fez gestões com Mendes sobre o julgamento do mensalão". Obteve a seguinte frase como resposta: "Quem fala sobre mensalão agora são apenas os ministros do Supremo Tribunal Fe¬deral". Certo. Mas eles têm ouvido muito também sobre o mensalão".

Encerro
É isso aí. Não há um só jornalista de política que ignore essas gestões de Lula, sempre contadas em off. Ele mesmo não tem pejo de passar adiante supostas informações sobre comprometimentos deste ou daquele. Desde o início, estava claro que pretendia usar a CPI como instrumento de vingança contra desafetos — inclusive a imprensa — e como arma para inocentar os mensaleiros.

As informações estarrecedoras da reportagem da VEJA dão conta da degradação institucional a que Lula tenta submeter a República. Como já afirmei aqui, ele exerce, como ex-presidente, um papel muito mais nefasto do que exerceu como presidente. O cargo lhe impunha, por força dos limites legais, certos impedimentos. Livre para agir, certo de que é o senhor de ao menos seis vassalos do Supremo (que estes lhe dêem a resposta com a altivez necessária, pouco impota seu voto), tenta fazer valer a sua vontade junto àqueles que, segundo pensa, lhe devem obrigações. Aos que estariam fora do que supõe ser sua área de mando, tenta aplicar o que pode ser caracterizado como uma variante da chantagem.

Tudo isso para reescrever a história e livrar a cara de larápios. Mas também essa operação foi desmascarada. Por VEJA! Por que não seria assim?

Nem a ditadura militar conseguiu do Supremo Tribunal Federal o que Lula anseia: transformar o tribunal num quintal de recreação de um partido político.

Por Reinaldo Azevedo

Refém de José Dirceu, Lula constrange um ministro do STF para não julgar Mensalão.

Uma denúncia gravíssima da Veja revela que Lula tentou chantagear o ministro do STF, Gilmar Mendes, para que ele ajudasse a retardar o julgamento do Mensalão. Refém de José Dirceu, o chefe da sosfisticada organização criminosa montada dentro do PT, Lula joga todo o seu peso político para salvar aquele que assumiu toda a culpa para salvar o verdadeiro mentor do esquema.

O ex-presidente Lula procurou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes para tentar adiar o julgamento do mensalão. Em troca da ajuda, Lula ofereceu ao ministro, segundo reportagem da revista "Veja" publicada neste fim de semana, blindagem na CPI que investiga as relações do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários. Mendes confirmou hoje (26) à Folha o encontro com Lula e o teor da conversa revelada pela revista, mas não quis dar detalhes. "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula", afirmou o ministro. O encontro aconteceu em 26 de abril no escritório de Nelson Jobim, ex-ministro do governo Lula e ex-integrante do Supremo. 

Lula disse ao ministro, segundo a revista, que é "inconveniente" julgar o processo agora e chegou a fazer referências a uma viagem a Berlim em que Mendes se encontrou com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), hoje investigado por suas ligações com Cachoeira. Membro do Ministério Público, Demóstenes era na época um dos principais interlocutores do Poder Judiciário e de seus integrantes no Congresso Nacional. A assessoria de Lula disse que não iria comentar. 

Na conversa, Gilmar ficou irritado com as insinuações de Lula e disse que ele poderia "ir fundo na CPI".
De acordo com a reportagem da "Veja", o próximo passo de Lula seria procurar o presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, também com o intuito de adiar o julgamento do mensalão. Em recente almoço no Palácio do Alvorada, na ocasião da instalação da Comissão da Verdade, Lula convidou Ayres Britto para tomar um vinho com ele e o amigo comum Celso Antonio Bandeira de Mello, um dos responsáveis pela indicação do atual presidente do Supremo.

À Folha Britto também confirmou o convite, mas disse que não percebeu qualquer malícia em Lula e que o encontro não ocorreu. "Estive com Lula umas quatro vezes nos últimos nove anos e ele sempre fala de Bandeirinha. Ele nunca me pediu nada e não tenho motivos para acreditar que havia malícia no convite", disse. Ele diz que a "luz amarela" só acendeu quando Gilmar Mendes contou sobre o encontro, "mas eu imediatamente apaguei, pois Lula sabe que eu não faria algo do tipo". Na última sexta-feira (25), em Salvador, Ayres Britto disse que os ministros do STF "estão vacinados contra todo tipo de pressão". "Ainda está para aparecer alguém que ponha uma faca no pescoço dos ministros do STF."(Folha Poder)


VAZAMENTO

Um fato e duas versões: Gilmar e Jobim

Um fato e duas versões. Em "furo" de reportagem, a Revista Veja revela um encontro de Lula com Gilmar Mendes no escritório de Nelson Jobim em Brasília. A conversa foi tenebrosa, pelo que se lê na revista. Indignado com o assédio, Gilmar Mendes, num gesto de coragem, confirmou tudo à revista.

Pois bem, acabo de falar com o anfitrião do encontro, Nelson Jobim, que está neste momento passeando por uma feira em Itaipava, em companhia da mulher Adrienne e de amigos do casal. Jobim confirma o encontro, mas nega seu conteúdo. Eis o resumo do seu relato à Radio do Moreno;

Conteúdo da conversa: ---- Não houve nada disso do que a Veja, segundo me informaram, está publicando. Estou aqui em Itaipava e soube desse conteúdo através de um repórter do Estadão, que me procurou há pouco. Portanto, estou falando sem ter lido a revista. Mas, posso assegurar que, se o conteúdo for mesmo esse, o de que Lula teria pedido a Gilmar para votar no mensalão, não é verdade. Quem tocou no assunto mensalão fui eu, no meio da conversa, fazendo a seguinte pergunta: " Vem cá, essa coisa do mensalão vai ser votada quando?". No mais, a conversa girou sobre assuntos diversos da atualidade."

Razão do encontro: ' ---- Desde que deixei o ministério, o presidente Lula tem me prometido uma visita. Três dias antes, a assessora Clara Ant me ligou dizendo que o presidente Lula iria a Brasília conversar com a presidente Dilma numa quarta-feira e que retornaria no dia seguinte, mas antes queria falar comigo. De pronto, respondi que o encontro poderia ser na minha casa, no meu escritório ou em qualquer outro lugar que o presidente quisesse. Lula optou pelo meu escritório, não só porque tinha prometido conhecê-lo, mas, também, porque fica perto do aeroporto. E assim ocorreu."

Presença do Gilmar --- O Gilmar e eu estamos envolvidos num projeto sobre a Constituição de 88 e temos nos reunidos sistematicamente para tratar do assunto. Por coincidência, o Gilmar estava no meu escritório, quando o presidente Lula apareceu para a visita. Conversaram cerca de uma hora, mas só amenidades. Em nenhum momento, Lula e Gilmar conversaram na cozinha. Aliás, Lula não esteve na cozinha do escritório.

Repercussões do fato --- Agora, não posso controlar as versões, especulações, que a mídia e as pessoas fazem desse encontro. Faz parte do jogo. O que eu posso dizer é que não houve nada disso.

Diante do relato de Jobim, eu, como repórter crédulo, diante de fonte tão idônea, poderia me dar por satisfeito e fazer um texto jornalisticamente convencional, tipo " Jobim nega pressão de Lula" ou, como nós furados gostamos de fazer, com muita satisfação: " Jobim DESMENTE a Veja".

Mas, durante a conversa, eu notei a voz estranha do Jobim. Ele estava cumprindo um rito, um protocolo, um dever de anfitrião de evitar mais constrangimento a si e a outros atores do espetáculo. Os bons repórteres, como os meninos da Veja, Cabral á frente, são uma espécie de Eike Batista às avessas: "Vazou, furou". Com a notícia na rua, o encontro secreto de Jobim, que tinha um proposito, pode ter outro, o de tentativa de coação de juíz ou coisa que valha. Seria coerção? sei lá.

Nelson Jobim, meu velho amigo de guerra, não ia me deixar na mão. Repito, como anfitrião, não poderia confirmar o escândalo. Mas me deu uma pista através de um controvertido depoimento. Inicialmente, me disse que a presença de Gilmar foi mera coincidência, do tipo " ah, eu estava passando por aqui...". Só que o próprio Jobim deixou escapar que o encontro fora marcado com três dias de antecedência. Logo, Gilmar sabia que naquele horário daquela quinta-feira, Jobim estaria recebendo Lula. Então, não foi surpresa nem coincidência coisa nenhuma.

E deixo pra botar no pé, o fim do mistério. Amiga minha, de Diamantino (MT), terra de Gilmar Mendes, a meu pedido, localiza Gilmar. E se atreve a perguntar se era tudo verdade:

   ---- Claro que é! Eu mesmo confirmei tudo à revista.

sábado, 26 de maio de 2012

Lula ameaça o ministro do STF: "E a viagem a Berlim ?". O ministro encontrou-se com Demóstenes Torres em Berlim.

Não dá para entender por que razão o ex-presidente do STF, Gilmar Mendes, não deu voz de prisão ao ex-presidente Lula, quando se encontrou com ele no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, dia 26, esta semana, em Brasília. O incidente, contudo, que é estarrecedor, revela o grau de degradação política e moral a que chegou Lula, desesperado com as consequências adversas que o julgamento do Mensalão produzirá para os seus interesses e para os interesses dos líderes do PT. A denúncia de Gilmar Mendes coloca sob total suspeição a CPI do Cachoeira, porque fica claro que ela está sendo usada para desmoralizar o STF e a Procuradoria Geral da República, visando impedir o julgamento. O caso é de crime comum. O diálogo fatalLula - É inconveniente julgar esse processo agora. Zé Dirceu está desesperado.

Gilmar Mendes - Isto é despropositado.
Lula - E a viagem a Berlim ?
Gilmar Mendes - O que tem ? Vou sempre a Berlim. Lá mora minha filha e lá fiz doutorado.
.

. Lula ameaçou Gilmar Mendes com o caso de Berlim, porque Mendes teve um encontro com o senador Demóstenes Torres na Alemanha, numa das viagens. Lula quer usar o episódio na CPI do Cachoeira para desmoralizar o ministro. Isto é chantagem clara.Segundo o relato da revista, Lula e Gilmar se encontraram no dia 26 de abril no escritório do advogado e ex-ministro Nelson Jobim. O que deveria ser um encontro de cortesia teria se transformado num episódio de pressão explícita. "É inconveniente julgar esse processo agora", teria dito Lula a Gilmar, reivindicando que o processo do mensalão fosse decidido apenas após as eleições municipais de 2012. Em seguida, diante da reação pouco amistosa de Gilmar, Lula teria passado um recado. "E a viagem a Berlim?" Gilmar Mendes fez uma viagem recente a Berlim, onde se encontrou com o senador Demóstenes Torres (sem partido/GO). Carlos Cachoeira também foi à capital alemã, na mesma data, mas não se sabe se houve encontros dele com o senador e o ministro do STF.Gilmar se sentiu pressionado e relatou a conversa à revista Veja, a quem disse ter considerado indecoroso o comportamento do ex-presidente da República. "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula", disse ele à revista. Gilmar afirmou ainda que viaja com frequência a Berlim, onde fez seu doutorado e onde também mora sua filha. "Vou a Berlim como você vai a São Bernardo", teria dito ele a Lula.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O atraso do país tem nome: Marina Silva.

Marina Silva é a grande derrotada do Código Florestal. Derrotada porque sabe que, mesmo com vetos, o Código Florestal será um avanço e uma construção democrática. Feita a partir do envolvimento do Congresso Nacional, durante anos. Mesmo naqueles anos em que ela, comandando um exército de fiscais, muiitos deles corruptos e que, hoje, estão sendo presos por crimes ambientais, perseguia de forma inclemente os agricultores do país.
Marina Silva recebendo prêmio do Príncipe Philip, pelos relevantes serviços prestados à Inglaterra, uma país que tem menos de 1% de vegetação nativa e que usa mais de 60% do território para plantar batatas.

Esta figura dantesca, esta ecoterrorista esperta, esta ex-brasileira que tantos danos tem causado à imagem do Brasil no exterior, fez decretos, medidas provisórias, portarias, sempre na ânsia doentia de multar, de sangrar, de matar, de destruir quem trabalha. Construiu uma imagem, um estereótipo, um certo charme para conquistar boyzinhos e patricinhas do McDonalds e artistas vagabundos, podres de rico, safados, em busca de uma causa elegante. Mesmo que, como Luciano Huck, sejam criminosos ambientais. Mesmo que, como Gisele Bunchen, já tenham desfilado peles de animais. Mesmo que, como Camila Pitanga, tenham ligações partidárias e morem em cima do que seria uma APP, se o Rio de Janeiro fosse uma fazenda.

Patrocinada por grandes empresas como a Klabin, uma histórica destruidora da Mata Atlantica e pela Natura, uma moderna empresa que usa a natureza como marketing para faturar bilhões, lançou-se como candidata a presidente. Com votação surpreendente, devido à falta de opções, foi derrotada e nunca mais trabalhou. Passou a andar por aí patrocinada por ONGS internacionais, de quem até prêmio recebeu na Inglaterra. Gentalha de franquias globais do mercado de carbono como Greenpeace e WWF, que têm os seus países destruídos em termos ambientais. E que, como fundo para as suas lutas, têm um slogan: " forests there, farms here". Florestas lá no Brasil para que possamos continuar tendo aqui as nossas fazendas, para vender comida para os nossos e, se sobrar, para os 900 milhões que ainda passam fome no mundo.

Muito daria para escrever sobre esta patética e triste figura da política brasileira. Mas ela mesmo escreve, hoje, na Folha, qual o seu interesse nessa discussão do Código Florestal. Ela quer um terceiro turno com Dilma. Ela quer confrontar a presidente. Ela quer enfrentá-la de novo em 2014 e já está em campanha. O Código Eleitoral será a sua arma, pois nada do que vier lhe contentará. Leiam:

E que tenha reaberto o debate para que, repetindo o que já disse, tenhamos a chance de, numa espécie de segundo turno, aprofundar o debate e votar novamente, como a senhora tão bem o pode experimentar. Que seu veto tenha sido uma espécie de segundo turno em uma eleição cujo candidato é o futuro do Brasil e de nossas florestas.

Não há como o Brasil não avançar no Código Florestal, independente dos vetos. Ele está bem construído. Tão bem construído que deixou nas mãos da Presidente da República a caneta verde-amarela para que, na sua visão, retire excessos e proteja quem ama o Brasil e quem trabalha por ele. Nenhum país do mundo tem 61% de florestas nativas. Nenhum país do mundo usa apenas 27,7% das suas terras para produzir alimento barato e de qualidade. Nenhum país do mundo reune tecnologia, produtividade e recursos naturais para ser o grande celeiro do planeta. Nós queremos manter as nossas fazendas aqui e eles, lá, que recuperem as margens do Reno, do Tâmisa, no Sena, do Mississipi e do Danúbio, que estão completamente destruídas. Quem façam o mesmo que somos obrigados, pela mais dura lei ambiental do mundo, a fazermos. O alimento é a grande riqueza do nosso país. Nossa educação é falha. Nossa infra-estrutura é lamentável. Nossas cidades são violentas. Nossas cidades são poluídas e engarrafadas. O Campo brilha, no meio de tantas mazelas.

Que venham os vetos da Dilma. Se a presidente pesar a mão, não tem problema: a democracia derruba no Congresso. Mas acreditamos que, se houver, eles serão a favor do Brasil e não da Marina Silva. Esta ex-brasileira é o símbolo do atraso. Tem sempre uma espada na mão para esfolar quem trabalha e produz. Sua mente é punitiva, quando deveria ser educativa. Sua missão é destruir a imagem do Brasil lá fora. É patrocinada para isso. Não vai conseguir. Vamos continuar te entupindo de comida boa e barata, Marina Silva. Você vai ter que nos engolir!

"LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE"

ESTA MENSAGEM É ESPECIALMENTE PARA AQUELES QUE VIVEM REPETINDO QUE O COMUNISMO JÁ MORREU.

Querem saber como se transforma jovens em guerrilheiros urbanos? Foram estes mesmos jovens que estiveram na frente do Clube Militar cuspindo na cara de idosos (aquele que Tarso Genro, coincidentemente estava passando na hora da manifestação no Rio de Janeiro e que até hoje não explicou o que estava fazendo lá). Foram eles também que estiveram na frente das casas de agentes da repressão e grafitaram ofensas, acusações, sem pensarem que estas pessoas tem famílias.

E UM ALERTA A TODOS VOCÊS QUE ME LEEM NESTE MOMENTO.

Caso você reclame de suas ações, ou que arrume encrenca com algum deles ou mesmo que não sorria enquanto eles estiverem destruindo alguma viatura de polícia, a gangue estará na frente da sua casa no dia seguinte para fazer justiça com as próprias mãos. Preparem-se porque as coisas no Brasil estão seguindo por um caminho bastante perigoso e eles têm o aval do atual governo. Os líderes estão sendo enviados a Cuba para treinamento de guerrilha urbana. Portanto, toda a atenção é pouca, já que estamos à beira de uma guerra civil.

Notem no vídeo, a forma como o interlocutor que começa a chamar o grito de guerra mais devagar e vai acelerando para inflamar os jovens presentes.

http://www.youtube.com/watch?v=QVSB_ZEI95c&feature=player_embedded

Que Deus nos proteja!

Entrem na página deles e conheçam suas atividades

24/05/2012 às 22:49

Lula, ora vejam, deixa claro ser ele o único líder do mundo mundial. E isso é pouco!!!

As palavras fazem sentido, certo? Mesmo quando, na boca de Lula, não fazem o mínimo sentido — em outro sentido, se é que me entendem. Não? Leiam o que informa o Estadão Online.  Explico em seguida:

Por Elizabeth Lopes:
Em meio ao acirramento da crise econômica europeia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva revela preocupação com a ausência de liderança hoje no mundo. "(Barack) Obama (presidente dos EUA) pensa nos americanos, (Angela) Merkel (chanceler alemã) nos alemães, cada um no seu mandato. O mundo não está pensando de forma globalizada", advertiu o petista, em entrevista exclusiva, concedida nesta semana, à documentarista portuguesa Graça Castanheira e reproduzida nesta quinta-feira, 24, no site do jornal português O Público.

Na entrevista, Lula diz que "o pobre do povo grego" está pagando para bancos franceses e alemães e que a Europa não pode destruir a União Europeia. E destacou o fato de os países europeus terem ficado muito na dependência da Alemanha, que teve importância nessa unificação, "mas também foi a grande ganhadora desse mercado porque 70% de suas exportações são para a Europa". Na sua avaliação, a crise da Grécia poderia ter sido resolvida há um ano "com poucos bilhões". E frisou: "Eu gosto de fazer política. Temos de trabalhar para interferir na política mundial."

Lula falou da China, que tem um papel importante, mas não pode viver uma crise, e dos Estados Unidos, que têm um papel igualmente importante, "só não podem é achar que fazem com o dólar o que querem". E alfinetou: "O mundo fica à disposição do tesouro americano. Não é justo que a gente dependa do dólar." Não faltou crítica também ao FMI: "O FMI é muito bom quando a crise é na Bolívia, mas quando a crise é nos EUA, o FMI não vale nada."

Apesar de estar se recuperando do tratamento de combate a um câncer na laringe, Lula diz que não consegue descansar mais do que três dias seguidos: "Faz parte da minha genética, sempre fui habituado a trabalhar." E falou do seu compromisso moral com o continente africano. "Não é possível que o século XXI não seja o século do continente africano e da América Latina."
(…)

Voltei
Se tiverem paciência, leiam o resto. Eu disse que as palavras fazem sentido, certo? Lula estabelece um silogismo muito cultivado num país chamado Lulolândia, de que Lula é monarca, que tem como religião o culto ao deus Lula e como herói nacional um vulto histórico chamado Lula. E que silogismo é esse?

Um líder mundial precisa pensar em todo o mundo.
Obama só pensa nos Estados Unidos.
Logo, Obama não é líder mundial.

Dá para variar.

Um líder mundial precisa pensar em todo o mundo.
Merkel só pensa na Alemanha.
Lobo, Merkel não é líder mundial.

Há a variação que está na raiz de todas as outras possibilidades:

Um líder mundial precisa pensar em todo o mundo.
Lula pensa em todo o mundo.
Logo, Lula é um líder mundial.

Mas ainda não é perfeito porque outros também poderiam se dedicar a esse exercício modesto. Então falta complementar a constatação aí com uma sentença: Lula é o único líder que pensa no mundo inteiro, o que faz dele o único líder verdadeiramente mundial.

Começou como diretor de sindicato. Era pouco.
Atropelou companheiros para presidir o sindicato. Era pouco.
Criou um partido. Era pouco.
Foi eleito presidente da República. Era pouco.
Quer-se agora o único líder mundial. E isso é pouco.
Lula ainda vai depor o Altíssimo.

Na entrevista, ele diz que trabalhar faz parte da sua genética.

Lula não tem culpa se nem todo mundo ter o seu senso de humor.

Por Reinaldo Azevedo

Editorial da Folha de São Paulo - Greve contra São Paulo

ESTRELA_PT_-BUUUUUUUA paralisação dos funcionários do Metrô e de parte da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) parou São Paulo.

Foram 249 km de congestionamento no pior horário, às 10h, um recorde para a manhã. Até então, a maior lentidão eram os 191 km registrados em 4 de novembro de 2004, após fortes chuvas.

Boa parte dos cerca de 4 milhões de usuários do Metrô e dos 850 mil de duas linhas da CPTM foram afetados diretamente, e a população que usa carro ou ônibus, indiretamente, pois perdeu horas no congestionamento causado pela greve.

Sem ter nada a ver com a queda de braço entre as duas companhias e seus trabalhadores, o paulistano pagou caro pela reivindicação salarial da categoria -que tem remuneração bem acima da média.

Segundo o Metrô, os 8.500 metroviários ganham, em média, R$ 4.060 mensais, além de benefícios que vão de auxílio-creche (R$ 334) a vale-refeição (R$ 476).

O salário médio nacional, de acordo com o IBGE, é de R$ 1.650 (dados de 2010). Em São Paulo, em março de 2012, a média dos proventos estava em R$ 1.852.

Não se trata de negar aos metroviários o direito de fazer greve e reivindicar melhores condições de vida e trabalho. Mas, não sendo sua situação profissional nenhum descalabro, as negociações precisam ocorrer dentro de limites estabelecidos, inclusive pela Justiça.

Paralisações no Metrô e na CPTM, como ocorre em outros serviços públicos essenciais, prejudicam antes o cidadão que as empresas e os dirigentes com que os grevistas precisam negociar.

A Justiça do Trabalho bem que tentou evitar os piores transtornos à população. Sindicato e categoria descumpriram, porém, sua determinação de que 100% dos funcionários atuassem nos horários de pico e 85% nos demais períodos.

Assim, uma paralisação que já parecia indefensável tornou-se abusiva. Inebriados talvez com a inflação de salários no setor de serviços, os metroviários pediam aumento de despropositados 20%.

No final da tarde, os grevistas se apressaram a aceitar reajuste de 6,17%, pouco mais que a proposta anterior do Metrô, de 5,71%, e voltaram ao trabalho.

Com sua demonstração de irresponsabilidade e descaso com o público, os grupos ligados à central Conlutas que controlam o sindicato só fazem reforçar a tese de que seu objetivo é mais político que corporativo, neste ano eleitoral.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Comissão do Senado aprova Ficha Limpa para cargos de confiança




A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta (23) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), do senador Pedro Taques (PDT-MT), que estende a Ficha Limpa a todos os funcionários públicos em cargos comissionados do país. A proposta irá agora para o plenário do Senado, onde terá que passar por duas votações, logo depois será enviada à Câmara Federal. Aprovada por unanimidade na CCJ, a medida prevê que funcionários que estejam em situação de inelegibilidade por terem sido condenados em processos judiciais, não podem ser contratados pelo poder público em nenhuma esfera de poder, mesmo que ainda caiba recurso. A proposta valerá para os três poderes e para União além de estados e municípios.

Dilma não vai vetar tudo como queriam as ongs estrangeiras inimigas do Brasil, lideradas por Marina Silva.


O governo federal vai anunciar nesta sexta-feira (25) quais serão os vetos ao novo Código Florestal. O objetivo do Planalto é fazer um anúncio formal à imprensa amanhã, apresentando os artigos que serão vetados e como o governo pretende substituir os temas suprimidos. Os vetos estão sendo concluídos nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff e os ministros ligados ao tema: Izabela Teixeira (Meio Ambiente), Mendes Ribeiro (Agricultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Gleisi Hoffman (Casa Civil) e Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União). O grupo está reunido no Palácio do Planalto desde 14h30.

O prazo para que a presidente sancione ou vete o texto em partes ou na íntegra termina, de fato, nesta sexta-feira. A assessoria jurídica da Presidência, no entanto, avaliou que os vetos não precisam necessariamente ser publicados no Diário Oficial de sexta-feira. Na avaliação do Planalto, é necessário somente que a presidente Dilma Rousseff assine a sanção da lei, vetando os artigo que considerar necessários. Também nesta sexta-feira, a presidente Dilma deve se reunir com os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, no Senado, Eduardo Braga; e no Congresso, José Pimentel, para explicar a decisão do governo.(Folha Poder)

Quebradeiras e protestos por bônus (ou por votos) no RS, SC e Brasília

- O Correio do Povo noticiou uma fato que merece repique, até porque esta entidade Fetraf começa a usar os mesmos métodos de vandalismo do MST. A diferença é que ela tem dirigentes responsáveis juridicamente pelo que é feito em seu nome, tanto que dois deles - como sabes - foram indiciados pela PF por desvio de recursos públicos, os ex-cordenadores em SC e no RS, no caso o deputado Altemir Tortelli (PT). A Fetraf está ou não comportando-se como uma organização criminosa? Estas manifestações agora viram fato eleitoral pois à frente delas nos diversos municípios em que ocorrem, sempre está o coordenador local da Fetraf que se não é vereador é pré-candidato em 2012.

A indefinição sobre o bônus para quem pagar em dia o crédito especial a ser regulamentado pela União para atingidos pela seca motivou protestos ontem em Brasília, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No Ministério da Fazenda, agricultores ligados à Fetraf-Sul quebraram vidros e invadiram o prédio. No Estado, ocorreram manifestações em quatro municípios. O pleito é que a bonificação seja de 50% a fundo perdido, algo semelhante ao que o Conselho Monetário Nacional (CMN) já autorizou para os nordestinos que também sofreram com a estiagem.


Apesar das mobilizações, os agricultores terminaram o dia sem garantias. Hoje haverá uma reunião entre sindicalistas e técnicos da Fazenda, em Brasília.


CLIQUE AQUI para ler toda a reportagem.

Paim dormiu na casa do comparsa preso de Carlinhos Cachoeira. "Mas foi só uma noite", defendeu-se o senador do PT do RS.

O senador Paulo Paim (PT-RS) confirmou nesta quinta-feira ter se hospedado na casa de Wladimir Garcez, ex-vereador e integrante do grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira. Garcez relatou o episódio em depoimento à CPI que investiga a atuação do bando. O petista afirma, entretanto, que passou apenas uma noite na propriedade do então vereador, depois de dar uma palestra na Câmara dos Vereadores de Goiânia. "Fui num dia e voltei no outro, como tenho feito por todo o país", contou. "Estou muito tranquilo". Paim afirma não ter mantido qualquer tipo de contato com Garcez depois do episódio.

* Clipping www.veja.com.br
(Gabriel Castro, de Brasília)

-- 1,9 milhão de ecoterroristas a soldo do agronegócio global pedem um veto contra o Brasil.

Nesta manhã, o governo federal recebeu uma petição com 1,9 milhão de assinaturas pedindo que a presidente vete o texto aprovado pela Câmara dos Deputados. O documento foi entregue pela Avaaz --organização global de campanhas-- nesta quinta-feira (24) aos ministros Gleisi Hoffmann, Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência e Izabela Teixeira. Este site dá bônus para quem assina as coisas que eles colocam lá. Quem entregou o abaixo-assinado dos produtores rurais europeus e americanos foi Pedro Abramovay, aquele mesmo que foi capa da Veja...

Como se vê, o tal Abramovay continua sendo um expert em dossiês... Qual o tamiflu que ele está levando nesse?
Mauri Martinelli
Sociólogo

CHICO BENTO - VETA TUDIM DONA DIRMA


Chico Bento é o retrato mais preconceituoso do garoto do campo. Hoje ele pediu para a "Dirma" vetar o Código Florestal. Que ironia. O pai do Chico Bento, o fazendeiro Maurício de Souza, estaria preso por manter um garoto analfabeto na roça, sem dar-lhe a devida educação. Da mesma forma, ele seria multado pelo Ibama por criar gado em topo de morro, que os ambientalistas querem transformar em APPs, áreas de preservação permanente. Mas não é só isso: Maurício de Souza seria multado pelas autoridades sanitárias por não cumprir a IN 62/2011, pois Chico Bento, ao tirar leite, não segue os mínimos padrões de higiene. Por fim, Chico Bento é uma criança submetida a trabalho degradante, conjugada com o crime hediondo de uso de mão-de-obra infantil. O seu pai teria a propriedade confiscada e pegaria alguns anos de prisão. Chico Bento pediu para a "Dirma" vetar o Código Florestal. A gente daqui pede para a Polícia Federal entrar na fazenda do Maurício de Souza e jogá-lo num camburão. O Brasil Rural, tão denegrido, tão perseguido, respeita as leis e, principalmente, as crianças. Não veta, Dilma!


XX Congresso Nacional debate separatismo do Sul e neocolonialismo interno na América Portuguesa

O Movimento O Sul é o Meu País, fundado legalmente em 1992, comemora neste mês de maio o seu vigésimo aniversário e para festejar a data promove em Balneário Camboriú, SC, nos dias 26 e 27 de maio, o XX Congresso Nacional da Entidade. O evento acontece no salão de convenções do Hotel Negrine e vai contar com a presença dos principais lideres do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de conferencistas convidados de outros estados da América Portuguesa.

Segundo o presidente da entidade, o jornalista catarinense Celso Deucher, durante o Congresso também ocorre a Assembléia Geral da entidade (no dia 27 das 9 as 12 horas) que ao chegar nos 20 anos vai remodelar seus estatutos.

Dois dias de debates

Nos dois dias de Congresso e Assembléia Geral o Movimento O Sul é o Meu País vai promover uma série de debates em torno do Direito de Autodeterminação dos Povos na América Portuguesa. Para tanto, diversos painéis, palestras e um "Curso de Formação de Líderes", começam a acontecer a partir da manhã de sábado, dia 26. "Vamos ter, diversos convidados especiais que virão ao Congresso tratar sobre a questão do Separatismo na América Portuguesa, em especial o Sulista e nordestino. Pela primeira vez na nossa história vamos ter uma palestra máster com Jacques Ribemboim, respeitado ambientalista e fundador do GESNI (Grupo de Estudos Nordeste Independente) que vai falar das várias facetas do colonialismo interno", informa Deucher. Sobre as conferências, veja abaixo mais informações sobre cada uma:

Conferência: 20 anos de luta, resistência pacífica e legalidade - A abertura do Congresso acontece as 8:30hs com a palestra do atual presidente da entidade, Celso Deucher, que vai fazer um breve relato histórico dos 20 anos de luta, resistência pacífica e legalidade do Movimento O Sul é o Meu País. Formado em filosofia e formando em História, Deucher é jornalista, professor e escritor em Brusque-SC. Autor de doze obras enfocando temas da geografia, história, política e direito dos povos. É um dos maiores nomes na pesquisa do direito de autodeterminação dos povos na América do Sul e um dos fundadores do Gesul (Grupo de Estudos Sul Livre) e do Movimento O Sul é o Meu País.

Conferência: A nova primavera dos Povos - As 10h15min da manhã acontece o painel de debates "A nova primavera dos povos" coordenado por Gian Pietro Bontempi. O painel vai abordar a grande quantidade de Movimentos separatistas e autonomistas existentes atualmente no mundo, dando ênfase para os maiores Movimentos nos três continentes. O palestrante nascido em Vitório Veneto, Itália, é músico, maestro, escritor e ex deputado Veneto, com vasto conhecimento especialmente dos Movimentos separatistas europeus.

Conferência: A voz do Sul nas pesquisas de opinião - A partir das 11h15min uma outra palestra vai trazer aos presentes um apanhado geral sobre as pesquisas de opinião sobre a proposta de separação do Sul realizadas nos últimos 20 anos. Com o título "A voz do Sul nas pesquisas de Opinião" o professor Emerson Costa Lemes vai analisar os altos e baixos da aprovação ou reprovação desta proposta a partir dos dados colhidos nas diversas pesquisas realizadas por órgãos de comunicação do país e pelo Gesul. Vai apresentar também a importância das pesquisas de opinião, as técnicas para elaboração de pesquisas, como analisar os resultados das pesquisas. Emerson Lemes é contador trabalhista e previdenciarista, especialista em Direito do Trabalho e Direito Previdenciário; Especialista em Cálculos Trabalhistas, Previdenciários e Bancários, Diretor do Sindicato dos Contabilistas de Londrina e Região, Professor de cursos de aperfeiçoamento em Cálculos Trabalhistas e Cálculos Previdenciários, Professor na cadeira de cálculos em Pós-graduações de Direito do Trabalho e Direito Previdenciário, autor da obra Manual dos Cálculos Previdenciários - Benefícios e Revisões (Juruá Editora, 2011, 2ª edição), Co-autor da obra Cálculos Previdenciários (Editora Quartier Latin, 2009, 3ª edição), membro-fundador e vice diretor administrativo-financeiro do Observatório de Gestão Pública de Londrina, membro do Gesul.

Workshop: Multiplicadores de Ideais Libertários - A partir das 13h30min da tarde o Congresso entra em Curso de formação de líderes, até as 16 horas. O workshop Multiplicadores de Ideais Libertários (MIL), será ministrado por Altamir Andrade objetivando qualificar multiplicadores dos Ideais do Movimento O Sul é o Meu País. Os objetivos específicos são demonstrar o mecanismo da comunicação humana com viés semiótico, despertar para a importância do "como falar", conscientizar os MIL para a predominância da expressão corporal nos discursos, revelar o quanto a força do discurso está no argumento persuasivo. O palestrante Altamir Andrade foi eleito pela ONU "Parceiro da Paz e da Sustentabilidade". É jornalista profissional, professor e personal trainer de oratória e instrutor titular dos cursos do Clube de Oratória e Liderança (COL) desde 1987. Empresário das áreas de comunicação e eventos com destacada liderança na maior cidade do estado de Santa Catarina, Joinville, é também instrutor titular de oratória da Ecamp (Campinas, SP). Ambientalista, é fundador e ativista atuante do Instituto de Preservação e Recuperação da Biodiversidade de Joinville e Região – Viva o Cachoeira – IVC, OSCIP que também já conquistou diversos prêmios de editais públicos; É Educador Ambiental Voluntário do Grupo de Trabalho de Educação Ambiental de Santa Catarina.

Conferência: Discriminações contra o Sul - As 16 horas um outro grande palestrante, Celso Orlando Pirmann, apresenta um painel fazendo uma análise geral da situação envolvendo a região Sul e o governo federal, tendo como base os próprios números do IBGE e do governo. Quanto o Sul arrecada e quanto ele recebe de volta será a tônica da palestra que promete surpreender pela robustez dos números que serão apresentados e debatidos com os presentes. Celso Pirmann é formado em Ciências Contábeis pela PUC (Pontifícia Católica do Paraná), possui MBA executivo com ênfase em planejamento estratégico, pela Universidade Castelo Branco, Professor Universitário em nível de especialização, possui trabalhos em GPD (Gerenciamento Pelas Diretrizes) e implantação do BSC (Balanced Scored Card). Atuou na área comercial durante 11 anos em empresas Nacionais e Multinacionais. Consultor Empresarial durante seis anos. Foi Controlador Geral do Município e Secretário de Administração e Fazenda da prefeitura de Jaraguá do Sul. Responsável direto pela elaboração do mapeamento de processos internos, elaboração Planejamento Estratégico da prefeitura e criação do Escritório de Projetos. Foi também um dos idealizadores do PROJARAGUÁ. Atualmente atua também na empresa GESTOR EXPERTISE FOR LEADERS, como consultor empresarial e palestrante.

Conferência: A Educação e o futuro - Uma das maiores preocupações na atualidade é com a qualidade na educação para formar cidadãos. Neste sentido, o conferencista e professor dos mais renomados Ozinil Martins de Souza dá show com sua visão de como deveria ser a educação para que tenhamos um futuro realmente promissor. Durante a sua palestra que começa as 17 horas, Ozinil vai Demonstrar o estado precário da educação no Brasil, comparar as necessidades da velha economia com a nova economia; novas profissões e o que fazer nos próximos 20 anos para nos tornarmos um país competitivo. O professor Ozinil Martins de Souza é pro reitor da Universidade Uniasselvi. Professor dos cursos de especialização no Pós Uniasselvi nas disciplinas de Recursos Humanos. Professor Universitário no Centro Universitário Leonardo da Vinci nas cadeiras de RH dos Cursos de Administração de Empresas, Direito, Design de Moda, Publicidade e Propaganda especialmente das disciplinas de Gestão de Pessoas, Liderança Empresarial, Cultura e Clima Organizacional, Desenvolvimento Organizacional e Empreendedorismo. Membro de vários comitês do Centro Universitário. Tem também experiência de 20 anos como executivo da Souza Cruz S.A., atuando como Profissional de Recursos Humanos e coordenando todos os subsistemas de RH junto às áreas Industrial, Agrícola e Comercial em várias unidades no Brasil e exterior. Foi consultor em Gestão de RH em empresas de médio e grande porte.

Conferência: Neocolonialismo interno - A conferência máster do evento estará a cargo de um convidado muito especial do evento, o professor, escritor e conferencista Jacques Ribemboim de Recife (PE). Com inicio às 20h45min é uma das palestras mais esperadas deste XX Congresso Nacional do Movimento O Sul é o Meu País. Ele vai abordar o tema "Neocolonialismo interno", expondo temas como o fato do modelo de desenvolvimento brasileiro estar fortemente centrado no eixo Rio-São Paulo. Na visão de Jacques esta centralidade econômica determina também uma centralidade política que prejudica as regiões periféricas. Também aborda as relações do tipo Centro-periferia, quando aplicadas intra-muros, isto é, dentro de um mesmo país, pode ser ainda mais danosa em termos de exploração territorial e humana. Segundo Ribemboim, na prática, o modelo faz com que os habitantes da periferia trabalhem mais para consumir menos, em nome do fortalecimento da indústria nacional, que no entanto, concentra-se no Sudeste. O Nordeste, em particular, assim como os estados do Sul, sofrem dos efeitos desta dinâmica inapropriada aos interesses regionais. A palestra mostrará também aspectos práticos e teóricos a este respeito. Jacques Ribemboim é Engenheiro Mecânico, engenheiro de petróleo e economista; Mestre e Doutor em Economia Ambiental, com pós-doutorado em Gerenoble, França; Ex-engenheiro de produção da Petrobras; Ex-assessor especial do Ministro do Meio Ambiente; Ex-membro da Comissão Nacional de População e Desenvolvimento, ligada à Presidência da República; Professor da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco); Professor visitante do Instituto de Estudos Políticos de Grenoble, França; Presidente da ONG Civitate – Recuperando Espaços Urbanos; Autor ou co-autor de 14 obras e dentre seus livros, destaca-se "Nordeste Independente", lançado em 2002. É um dos fundadores do GESNI (Grupo de Estudos Nordeste Independente).

Conferência: Anita Garibaldi - Guerreira da Liberdade - Na manhã de domingo, as 8h30min o congresso reinicia com uma palestra de um dos maiores especialista na história das Revoluções ocorridas no Sul do Brasil, o advogado e historiador Adilcio Cadorin. Em sua palestra ele abordar o nascimento e a vida da grande heroína Sulista Anita Garibaldi, perpassando através dela a chama que continua acesa neste território na luta pela liberdade e autodeterminação. Cadorin é autor de diversas obras sobre a pré-história, a história e as Revoluções do Sul do Brasil. Foi o fundador e principal líder do Movimento O Sul é o meu País, na década de 1990. É um dos mais requisitados conferencistas sobre Anita Garibaldi no Brasil e no exterior.

Entidade fará plebiscito em 2015

Uma das praticas de maior amplitude e visibilidade dentro do Movimento O Sul é o Meu País, e que vem sendo posta em prática desde setembro do ano passado, é o projeto de Consultas Populares, que pretende, de maneira escalonada, realizar até 2015, uma consulta plebiscitária em toda a região Sul. Este assunto será amplamente debatido no XX Congresso da entidade e segundo Celso Deucher, "trata-se de um projeto que pretende comprovar cientificamente, através da manifestação universal do voto, os índices de aprovação e reprovação da proposta de separação do Sul".


Ainda segundo ele, no ano passado, o Movimento, através do Gesul (Grupo de Estudos Sul Livre), começou consultando através de pesquisa as capitais do Sul. "Neste ano estaremos consultar também através de pesquisa os 48 maiores municípios do Sul. Em 2013, vamos expandir esta pesquisa para mais de 900 municípios onde o Movimento está presente e a partir de 2014, já pretendemos começar a trabalhar através da manifestação plebiscitária do voto, sendo que em 2015, vamos em definitivo instalar em todos os locais de votação usados atualmente pelo TRE uma urna tradicional. Através desta estrutura vamos convidar nosso povo a votar, se ele quer ou não a total independência do Sul", explica o presidente Celso Deucher.
Perguntado se o governo federal permitirá um plebiscito para separar a região Sul Deucher diz que neste momento não se está pedindo formalmente isso a Brasília. "Antes queremos comprovar de maneira inequívoca a aceitação da proposta. Em 2015, a nossa entidade, por conta própria vai fazer o plebiscito e com certeza teremos resultado positivo. Estes resultados é que nos darão legitimidade para pedir formalmente uma Consulta Plebiscitária, não apenas ao estado brasileiro, mas nos organismos internacionais", explicou.


Presidente quer criar um dia para o Sul

Ainda segundo o presidente, durante a Assembléia Geral, a direção nacional pretende ver aprovada a Resolução que cria o "Dia do Sul". A proposta é do próprio presidente que argumenta que há a necessidade de se criar um dia significativo para o povo do Sul.

Nós temos três propostas importantes e precisamos decidir isso nas discussões. Uma delas pretende que o dia do Sul seja o 11 de setembro, data da proclamação da República Farroupilha, a outra, seria o 7 de fevereiro, data da morte do primeiro herói Sulista, Sepé Tiarajú. A última proposta, a qual defendo, é o 4 de agosto, data da morte da nossa maior heroína, Anita Garibaldi, um símbolo que unifica os três estados e que tem tudo haver com a luta por liberdade do povo Sulista. Filha de paranaense e catarinense, tornou-se gigante também em terras do Rio Grande e lá teve seu primeiro filho. É a mais Sulista dos heróis que temos", finaliza Deucher.

Apresentações artísticas

Durante o XX Congresso também vão acontecer diversas apresentações artísticas. Dentre os artistas sulistas que devem se apresentar estão o acordeonista João Luiz Oliveira e um show de Ronald Ian Macfergus e sua gaita de fole escocesa, A Invernada Artistica Ilha Xucra e o grupo de folclore polonês Piakowa, além de poetas e contadores de causos e história do Sul.

A noite de sábado, dia 26, terá uma atração especial com a apresentação de um dos duos mais importantes da música erudita, o pianista italiano Gian Pietro Bontempi e o tenor Demétrio. Os dois interpretam canções italianas, perpassando por Puccini, Verdi, Chopin, Von Flotow, Tosti, Curtis e Gardel.