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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dilma falou sobre democracia ao discursar na ONU, mas deu as costas ao novo governo da Líbia

Jogo duplo – No discurso de abertura dos trabalhos da 66ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, a presidente Dilma Rousseff enfatizou o compromisso com a democracia, a exemplo do que faz repetidas vezes em seus discursos.

No discurso que teve como foco a crise financeira internacional, Dilma encontrou espaço para soltar a voz em defesa dos excluídos e desvalidos, não sem antes reforçar o avanço da democracia. "É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo", disse Dilma Rousseff.
 
Em determinado trecho de sua fala, a presidente brasileira defendeu o ingresso da Palestina na Organização das Nações Unidas, o que significa reconhecer oficialmente o Estado palestino. "O reconhecimento ao direito legítimo do povo palestino à soberania e à autodeterminação amplia as possibilidades de uma paz duradoura no Oriente Médio. Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional", afirmou Dilma Vana Rousseff.

A presidente age de maneira correta e coerente ao defender o reconhecimento do Estado palestino, pois não será com retaliações que a paz no Oriente Médio terá uma chance de prevalecer. Contudo, o discurso de Dilma seguiu alguns ditames da esquerda internacional, que por questões muito mais marqueteiras do que ideológicas vive às turras com os Estados Unidos. Se por um lado Dilma Rousseff se mostrou uma legítima representante da democracia ao sair em defesa do povo palestino, agiu como adepta do totalitarismo ao não dar as boas vindas ao novo governo da Líbia, que durante quatro décadas impôs aos líbios uma ditadura sanguinária e truculenta.

Quando se fala em democracia e liberdade não há espaço para exceções, pois ambas representam direitos invioláveis dos cidadãos de qualquer nação. A omissão de Dilma Rousseff diante do novo governo líbio, já reconhecido por diversos países, tem uma explicação. Seu antecessor, o histriônico Luiz Inácio da Silva, não economizou salamaleques ao ditador Muammar Al-Khaddafi durante sua visita ao Brasil.

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