A foto é oficial. Dilma na Etiópia, cercada por ditadores cruéis, presidentes emasculados e chefes tribais sem importância. Mademe reina como imperatriz vermelha no meio da rafuagem.
Reportagem de VEJA desta semana mostra que, por trás de presente de US$ 840 milhões, está a necessidade de ajudar empreiteiras amigas do governo, Odebrecht à frente de todos. A Odebrecht é dona do Pólo Petroquímico de Triunfo e está metida em vários outros projetos, inclusive a Rodovia do Progresso.
. A reportagem é de Otávio Cabral. Eis os trechos mais relevangtes.
Na comemoração dos cinquenta anos da fudação da União Africana, realizada na semana passada na Etiópia, a presidente Dilma Rousseff deu aos anfitriões um presentão de 840 milhões de dólares. O valor equivale ao total da dívida que doze países do continente haviam contraído com o Brasil e que a partir de agora não terão mais de se preocupar em pagar. O governo brasileiro os perdoou.
. Foi o pragmatismo eleitoral, mais do que a solidariedade aos povos sofredores, que orientou a decisão da presidente Dilma de perdoar a dívida dos países africanos. A questão é que empreiteiras, mineradoras e produtoras agrícolas que querem atuar nesses países com financiamento do BNDES (o órgão acaba de aprovar a criação de um escritório de representação na África do Sul). Ocorre que a legislação impede a concessão de benefícios a nações com dívidas atrasadas junto ao Brasil. Ao abrir mão da cobrança dos débitos, medida que ainda precisa ser aprovada pelo Senado, o governo pretende remover essa barreira – e deixar o caminho livre para as empresas amigas.
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