Total de visualizações de página

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Facção porto-alegrense é investigada por morte de taxistas em Santana do Livramento


A Policia Nacional do Uruguai trabalha com a hipótese de que uma guerra envolvendo quadrilhas uruguaias e brasileiras esteja por trás do assassinato de três taxistas ocorrido em Santana do Livramento e na sua cidade gêmea, a uruguaia Rivera, na última quinta-feira. O mais curioso é que algumas linhas de investigação apontam que uma facção criminal com grande atuação nos presídios gaúchos e raízes em Porto Alegre, os Bala na Cara, pode ter envolvimento no triplo homicídio. A suspeita acontece porque um traficante uruguaio preso no Presídio Central de Porto Alegre, Ernesto Andréz Villanova Vargas, o Cachorrinho, teria ligações com os Bala na Cara, inclusive estando abrigado numa ala da facção na penitenciária porto-alegrense. A informação sobre a suposta participação da facção gaúcha nos crimes foi publicada pelo jornal uruguaio El País, com base em fontes da Policia Nacional uruguaia. Vargas cumpre prisão preventiva pelo assassinato de um rival brasileiro no Uruguai. Ele foi preso em Santana do Livramento pelo delegado Eduardo Finn, que agora investiga o triplo assassinato de taxistas. O grupo de Vargas é suspeito de ordenar o assassinato do traficante uruguaio Mailcon Jacson Saldivia, baleado dia 14 e que morreu, em decorrência dos ferimentos, no último domingo, em Rivera. Saldivia gerenciava uma boca de fumo que funciona junto a uma casa de jogos de bilhar situada na esquina das ruas Barnabé Rivera e Figueroa, na cidade uruguaia. Há suspeitas de que o taxista brasileiro Enio Lecina, um dos mortos semana passada, tenha testemunhado a execução do traficante uruguaio e, por isso, possa ter sido perseguido e executado posteriormente. Os outros dois taxistas assassinados, o brasileiro Hélio Beltrão do Espírito Santo Pinto (ex-PM) e o uruguaio Márcio Fabiano Magalhães Oliveira, receberam chamadas no celular na madrugada de quinta-feira, pouco antes de serem executados. Os telefonemas eram de supostos clientes. Pinto foi expulso da Brigada Militar por corrupção. Policiais uruguaios e brasileiros suspeitam que esses dois taxistas possam ter morrido como vingança dos traficantes contra os clientes para quem eles trabalhavam. Os três taxistas mortos semana passada em Livramento e Rivera foram assassinados com a mesma arma, calibre .22, o que leva à suspeita de que o matador seja um só.

Nenhum comentário:

Postar um comentário