Para quem não lembra, José Serra e o PSDB só assumiram a candidatura à presidência em abril de 2010. O então governador de São Paulo deu uma entrevista ao programa do Datena e praticamente confirmou que seria ele a enfrentar Dilma. Liderava as pesquisas com folga, inclusive no Nordeste. Seu nome veio a ser homologado apenas em abril do ano da eleição.
Ontem, Aécio Neves foi confirmado como candidato tucano e novo líder da legenda, há um ano e meio da eleição de 2014. Como presidente do PSDB, poderá correr o Brasil em busca de alianças e de popularidade, sem correr riscos de crime eleitoral. O mineiro não tem problema de mandato, pois é senador até 2018. Terá muito mais tempo para construir um discurso convincente e alianças imprescindíveis para obter um bom espaço de propaganda eleitoral.
A situação de Aécio é completamente diferente daquela vivida por Serra. Tem baixa rejeição, uma imagem a ser construída e parte de um teto de preferência igual ao de Dilma em 2010. Lula, como cabo eleitoral, está envolto em um mar de suspeitas e o PT, pela primeira vez, enfrentará concorrência no Nordeste. O grande problema é a popularidade de Dilma. Para vencê-la, não vão bastar críticas. Deverá haver genialidade em apresentar uma nova proposta para o Brasil. Mais do que querelas regionais, este é o grande desafio.
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