Dois prédios abandonados no centro foram invadidos por 200 famílias sem-teto ontem. Um dos imóveis abrigava, até novembro, um escritório do Consórcio Nova Luz, contratado pela Prefeitura. Sem uso, o terreno foi cedido pelo governo municipal ao Instituto Lula e deve receber, no próximo ano, o Memorial da Democracia.
Os movimentos de moradia acreditam que as ocupações podem servir para pedir a abertura de um canal de diálogo com a gestão de Fernando Haddad (PT). Eles reivindicam a criação de 2.000 vagas de moradia no centro e o aumento do valor do aluguel social. A Secretaria Municipal de Habitação informou que entrou em contato com as famílias para "ajudá-las da melhor maneira possível".
Cerca de 140 famílias estão vivendo no terreno que receberá o Instituto Lula, segundo o Instituto de Lutas Sociais (ILS), movimento que organizou a ocupação junto com o Movimento de Moradia da Região Centro (MMRC). "O Lula não vai achar ruim se o terreno virar moradia para a população carente", disse o eletricista Jeucimar dos Santos, de 31 anos.
O Instituto Lula disse que foi informado sobre a invasão e que, por enquanto, não planejou tomar nenhuma ação sobre isso. A concessão da área por 99 anos foi aprovada pela Câmara Municipal em maio. De acordo com o projeto de lei, proposto pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD), o instituto ganhou prazo de um ano para apresentar o projeto do edifício e mais um para iniciar as obras.
O prédio, de seis andares, fica na Rua General Couto de Magalhães, a 50 metros do Comando Geral da Guarda Civil Metropolitana (GCM). A proximidade dos guardas não intimidou a ação dos sem-teto, deflagrada por volta da 0h30. "A gente teve que usar uma estratégia: um grupo fingiu que ia entrar pela porta dos fundos. Quando a GCM foi para lá, a maior entrou pela frente mesmo", revelou Damião Pedro Leite, coordenador do ILS.
A diarista Maria das Graças da Silva, de 46 anos, mudou-se para o prédio com a filha de 16 anos e o neto, de oito meses. "Estava pagando R$ 450 de aluguel por um quartinho num cortiço aqui no centro. Não sobrava dinheiro para nada. Só para o aluguel."
A outra ocupação aconteceu em um edifício de quatro andares da Avenida Celso Garcia, no Brás. Cerca de 80 famílias estão vivendo lá, O imóvel pertence à Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab). A Prefeitura reafirmou, por nota, a intenção de construir 55 mil moradias na cidade. Hoje, Haddad se reuniria com líderes de movimentos de moradia. (Estadão)
Os movimentos de moradia acreditam que as ocupações podem servir para pedir a abertura de um canal de diálogo com a gestão de Fernando Haddad (PT). Eles reivindicam a criação de 2.000 vagas de moradia no centro e o aumento do valor do aluguel social. A Secretaria Municipal de Habitação informou que entrou em contato com as famílias para "ajudá-las da melhor maneira possível".
Cerca de 140 famílias estão vivendo no terreno que receberá o Instituto Lula, segundo o Instituto de Lutas Sociais (ILS), movimento que organizou a ocupação junto com o Movimento de Moradia da Região Centro (MMRC). "O Lula não vai achar ruim se o terreno virar moradia para a população carente", disse o eletricista Jeucimar dos Santos, de 31 anos.
O Instituto Lula disse que foi informado sobre a invasão e que, por enquanto, não planejou tomar nenhuma ação sobre isso. A concessão da área por 99 anos foi aprovada pela Câmara Municipal em maio. De acordo com o projeto de lei, proposto pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD), o instituto ganhou prazo de um ano para apresentar o projeto do edifício e mais um para iniciar as obras.
O prédio, de seis andares, fica na Rua General Couto de Magalhães, a 50 metros do Comando Geral da Guarda Civil Metropolitana (GCM). A proximidade dos guardas não intimidou a ação dos sem-teto, deflagrada por volta da 0h30. "A gente teve que usar uma estratégia: um grupo fingiu que ia entrar pela porta dos fundos. Quando a GCM foi para lá, a maior entrou pela frente mesmo", revelou Damião Pedro Leite, coordenador do ILS.
A diarista Maria das Graças da Silva, de 46 anos, mudou-se para o prédio com a filha de 16 anos e o neto, de oito meses. "Estava pagando R$ 450 de aluguel por um quartinho num cortiço aqui no centro. Não sobrava dinheiro para nada. Só para o aluguel."
A outra ocupação aconteceu em um edifício de quatro andares da Avenida Celso Garcia, no Brás. Cerca de 80 famílias estão vivendo lá, O imóvel pertence à Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab). A Prefeitura reafirmou, por nota, a intenção de construir 55 mil moradias na cidade. Hoje, Haddad se reuniria com líderes de movimentos de moradia. (Estadão)
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