O governador Tarso Genro prometeu durante a campanha eleitoral de 2010 pagar o valor do piso nacional do magistério aos professores da rede estadual até o final de seu mandato. Entretanto, os técnicos do governo já adiantaram que financeiramente isso é impossível. Em outras palavras, não passou de promessa de campanha.
Para piorar, a administração petista apresentou uma proposta que, além de não dar o valor correto do piso, vai provocar um passivo trabalhista estimado em R$ 5 bilhões, que agravará ainda mais o endividamento do Estado. O Palácio Piratini ofereceu um mínimo de R$ 1.260,00, pago em parcelas até 2014. Esse número é bem inferior ao piso nacional determinado para este ano (R$ 1.451,00). A cada mês que o governo deixar de cumprir o valor legal, o Estado vai alimentar uma dívida crescente com os professores.
Entenda os números
O reajuste de 76,6% divulgado pelo governo é composto por duas parcelas autônomas incorporadas no valor de R$ 38,91, representando 10,9% em maio de 2011 e 9,8% em maio de 2012. Descontado isso, o valor restante corresponde ao reajuste oferecido pelo Palácio Piratini. Ou seja, o aumento efetivo dado aos professores até o final do mandato de Tarso é 45%.
A Bancada do PSDB também chama atenção para outra jogada do governo. Mais de 50% do valor parcelado em três anos será pago apenas nos oito últimos meses da administração, ou seja, em pleno período eleitoral.
Ele já sabia
A lei federal 11.738, que criou o piso nacional do magistério, foi assinada por Tarso Genro no dia 16 de julho de 2008. Na época, ele era ministro da Justiça do governo Lula e seu nome aparece como segundo signatário no documento que estabelece o piso em todo o país. Atualmente, na condição de governador, Tarso se faz de desentendido e segue descumprindo a lei que ele próprio ajudou a sancionar.
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