As esquerdas procuram justificar a sua participação nas ações armadas e violentas que praticaram, afirmando que lutavam contra a "ditadura militar" e pelo restabelecimento da Democracia. Não admitem, jamais, que pretendiam, ao contrário do que afirmam, o estabelecimento de uma ditadura comunista como a que existia na antiga União Soviética e ainda existe em Cuba e na China. Na verdade, os comunistas brasileiros lutaram, com a violência das armas, pela abolição das liberdades democráticas, que naquela época nunca deixaram de existir para o povo brasileiro ordeiro e trabalhador, avesso, na sua imensa maioria, a aventuras políticas.
Retrocedendo ao ano de 1961, recordamos que o presidente Jânio Quadros condecorou o guerrilheiro cubano Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Ao fazê-lo, Jânio desconhecia que, cerca de quatro meses antes, precisamente no dia 30 de abril de 1961, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) mandara a Cuba, em missão especial, um de seus mais influentes membros, o militante Jover Telles, que permaneceu na ilha do Caribe até o dia 23 de maio do mesmo ano. Sua missão era acertar com os cubanos o envio de jovens brasileiros para treinamento político-militar na terra de Fidel Castro, no que viria a ser a preparação de quadros "revolucionários" para o desencadeamento da luta armada no Brasil. Nesse mesmo período, encontrava-se igualmente na Ilha o líder das Ligas camponesas - o Movimento dos Sem Terra (MST) da época - , Francisco Julião, que da mesma forma tratava do apoio cubano à revolução em nosso País.
Jover Telles, em seu relatório ao Comitê Central (CC) do PCB sobre as suas atividades em Cuba, escreveu: "...Curso político-militar: levantei a questão. Estão dispostos a fazer. Mandar nomes, biografia e aguardar a ordem de embarque". "...Julião começou a falar em pedidos de armas etc...". Da narrativa de Jover, transpira, nitidamente, a concordância dos cubanos em promover cursos militares para revolucionários brasileiros, sem o conhecimento do Governo do Brasil, que exercia a Democracia plena. Segundo Jacob Gorender, então integrante do CC/PCB, "desde o início (1959) os cubanos estavam convictos de que a luta armada no Brasil era o caminho para a revolução".
O relatório de Jover revelou também que, em maio de 1961, encontrava-se em Havana o antigo assessor das Ligas Camponesas Clodomir dos Santos Morais, hoje um dos principais ideólogos do MST e destacado formulador dos "Cadernos de Formação" do movimento, em que agora discorre sobre teorias de invasão e manutenção, pela força, das propriedades privadas invadidas. Cuba cumpriu com a palavra, diplomando, até 1971, duzentos e dois brasileiros nos cursos realizados na Ilha, para desencadear ações de guerrilha rural e urbana, que tanto ensangüentaram a Nação. Sem o aval do Brasil, os cubanos atentaram contra a soberania e o livre arbítrio do povo brasileiro, para exportar a versão caribenha da ditadura do proletariado.
Da mesma forma, os chineses também colaboraram para a tentativa de implantação do comunismo no País, já que, ainda durante o Governo João Goulart, o clandestino Partido Comunista do Brasil (PC do B) encaminhava para a Academia Militar de Pequim um primeiro contingente de brasileiros, visando à formação de quadros guerrilheiros para o movimento a ser implantado na Região do Araguaia, escolhida pelo PC do B, desde 1962, como palco preferencial para a sua violência revolucionária. Nascia aí a sangrenta "Guerrilha do Araguaia", que, pela irresponsabilidade assassina de comunistas caducos, levou dezenas de jovens à morte, até 1973, sob o cínico pretexto de lutar contra "o regime dos militares".
Jânio Quadros foi um presidente eleito pelo povo e, após renunciar ao mandato, foi substituído por seu Vice, João Goulart, como garantia a Constituição do Brasil, que vivia a plenitude democrática e o império da lei. Por que, então, os comunistas vinham preparando os seus contingentes de guerrilheiros para o desencadeamento da luta armada? Onde estava a "ditadura militar", a cuja existência atribuem os seus "patrióticos" esforços para restabelecer a Democracia? Essa descarada mentira reproduzem até a exaustão, na ousada estratégia de que a repetição a transformará em verdade histórica, confundindo as gerações que não foram testemunhas de tanto cinismo.
As esquerdas não deixam a juventude saber do seu inteiro alinhamento a um movimento internacional, que desprezava o nacionalismo e a vontade soberana dos países democráticos, para transformá-los em satélites da União Soviética, ou da China , ou de Cuba, ou de onde pudessem importar os recursos e os esforços para comunizar o Brasil.
O que aos jovens as esquerdas omitem é que o Brasil, no início da década de sessenta, vivia sob frágil Democracia, do que se aproveitavam os comunistas para preparar a revolução. O que as esquerdas negam aos jovens é que as Forças Armadas, em 1964, atendendo ao clamor da família brasileira, promoveram a contra-revolução, pondo fim à anarquia e restaurando a ordem, para garantir as condições de trabalho e de segurança que transformaram o Brasil na oitava economia do mundo.
O que as esquerdas escondem da juventude são também os apelos da Igreja e da imprensa brasileira, que, nos cultos e nas manchetes dos jornais, clamavam pela intervenção das Forças Armadas, que, assim, cumpriram com o seu papel de guardiãs da lei e da ordem, como lhes impõe a sua missão constitucional.
As Instituições Militares devolveram ao povo brasileiro uma Nação pacificada e retiraram-se do cenário político, após uma transição para a Democracia plena que ora vivenciamos.
As esquerdas, porém, parecem não ter entendido a lição histórica e teimam em não aceitar a derrota, agora deturpando os fatos e usando a mentira como camuflagem de um passado de desamor ao Brasil, para, novamente, atentar contra a Democracia, com os métodos que a oportunidade indicar.
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sábado, 31 de março de 2012
O INÍCIO DA LUTA ARMADA
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