- O delegado Luiz Fernando Corrêa foi o chefão nacional da Polícia Federal durante todo o governo de Yeda Crusius, levado para o cargo pelo ministro Tarso Genro. Nos quatro anos, a Polícia Federal moveu cerco implacável ao governo tucano do RS, desfechando sucessivas operações de grande envergadura, como as Operações Rodin, Solidária e Mercari. Tarso e Corrêa são de Santa Maria, como de Santa Maria também eram o superintendente da PF no RS, delegado Ildo Gasparetto, e o próprio delegado que conduziu a Operação Rodin, Gustavo Schneider, sem contar o presidente da CPI do Detran, Fabiano Pereira.
O Ministério Público Federal (MPF) vai tentar mais uma vez nesta terça-feira colocar o delegado da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa no banco dos réus por suspeita de superfaturamento em um contrato de compra de equipamentos de segurança para o Pan de 2007. Promotores de Brasília protocolam hoje um recurso para que a acusação de prejuízo de R$ 17 milhões aos cofres públicos contra Corrêa seja julgada na Justiça Federal.
O recurso é a segunda tentativa do MPF de fazer com que a Justiça decida se um dos contratos fechados por Corrêa quando ele era secretário Nacional de Segurança Pública e, portanto, chefe da segurança do Pan foi feito de acordo com a lei.
Em abril de 2011, promotores fizeram uma acusação contra Corrêa por causa do mesmo caso. Essa acusação não foi aceita pelo juiz Antonio Cláudio Macedo e Silva, da 8ª Vara Federal de Brasília, e acabou sendo arquivada.
O MPF, porém, não concorda com a decisão do juiz de arquivar a acusação.
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