Marco Aurélio Mello considera que era preciso evitar a possibilidade de uma "ditadura comunista". Pelo visto, leva ao pé da letra o princípio constitucional da precaução (Foto: Nelson Jr. STF)
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a ditadura foi "um mal necessário tendo em conta o que se avizinhava". Foi em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar para o É Notícia, da RedeTV!, que o magistrado proferiu a declaração.
A conversa estava já no seu "pingue-pongue" de encerramento quando o jornalista manifestou: "Ditadura militar de 1964". Sem titubear, Marco Aurélio Mello cravou o "mal necessário". Na sequência, Kennedy perguntou se havia, de fato, o "risco de uma ditadura comunista". A resposta foi: "Teríamos que esperar para ver. E foi melhor não esperar".
Logo depois, o ministro falou que o ex-presidente Fernando Collor de Mello é um "homem que, talvez, tenha aberto em demasia a metralhadora". Interessante notar que, na mesma conversa, Marco Aurélio Mello atirou de raspão contra seu colega de toga, Gilmar Mendes. Quando questionado se teria em relação ao banqueiro Daniel Dantas a mesma decisão que adotou para o governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, Marco Aurélio Mello apontou que não teria dúvidas em manter preso o dono do Opportunity. O presidente do STF, Gilmar Mendes, concedeu por duas vezes a liberdade a Daniel Dantas. Na entrevista, Marco Aurélio Mello afirma que o colega foi "um grande advogado-geral da União" - e não um grande ministro.
Assista à entrevista dada por Marco Aurélio Mello. A declaração sobre ditadura está no minuto 15 do bloco 3.
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