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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Para analistas, fim de Era Chávez é risco para Cuba e Nicarágua

Presidente venezuelano já faz exames em Havana, onde será operado


Para analistas, populações e autoridades de países com forte relação com a Venezuela, como Cuba, temem por uma possível saída de Chávez do poder. Apesar de ter viajado para o tratamento, ele não passou a presidência e continua no comando do governo.
Nicarágua e Cuba, por exemplo, recebem empréstimos e compram petróleo do país a preços baixos. Os dois países já se mobilizam para amortecer um possível golpe caso a ajuda venezuelana chegue ao fim.
Chávez insiste que seus laços econômicos com Cuba e outros países aliados tem um sentido financeiro, além da solidariedade revolucionária esquerdista, mas seus críticos sustentam que, na maioria dos casos, o venezuelano tenta comprar lealdade e contra-atacar a influência americana.
O rival de Chávez nas eleições presidenciais de outubro, Henrique Capriles, daria fim ao "assimétrico" favoritismo econômico do país e à ajuda externa baseada em ideologias, de acordo com Carlos Romero, assessor em política exterior do candidato.
Cuba depende da Venezuela para dois terços de seu petróleo, de acordo com especialistas. Jorge Piñon, da Universidade do Texas, diz que seria "catastrófico" para Cuba se o país for obrigado a pagar o petróleo a preço de mercado, já que a ilha teria que reduzir as importações de comida. Cuba importa cerca de 70% de seus alimentos.
Nicarágua, por sua vez, tem incentivado os investimentos estrangeiros em setores como a extração de ouro, mas na realidade, o apoio econômico que não vem da Venezuela chega quase exclusivamente de empréstimos multilaterais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento.
A Nicarágua recebe a maior parte de seu petróleo subsidiado da Venezuela, como parte de transferências anuais do governo Chávez que são calculadas em US$ 600 milhões. Isso permite que o governo de Daniel Ortega subsidie as faturas de eletricidade e o transporte público.
— Acabar com essa assistência poderia arrastar Nicarágua ou Cuba para profundas recessões — prevê o analista Adam Isacson, do grupo Washington Office na América Latina.


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