A RBS não abriu espaço para 31 réus que repeliram as acusações do MPF, mas repercutiu a fala repulsiva do lobista Lair Ferst
Já falaram 16 dos 32 réus e 200 testemunhas no âmbito da ação criminal movida no âmbito da chamada Operação Rodin, mas o único que sustentou na Justiça de Santa Maria as acusações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal foi o lobista Lair Ferst.
. O lobista, dono das empresas Rio Del Sur e Newmark, que prestaram serviços à Fatec (Ufsm), contratada pelo Detran, é o único réu que confirma tudo o que acertou com delegados e procuradores no acordo de delação premiada.
. Ele depôs nesta terça-feira perante a juiza Barbisan Fortes. Foi um depoimento confuso, errático, nervoso e recheado de repulsivas condicionais.
. O jornal Zero Hora, da RBS, que se negou a abrir espaço para as manifestações dos réus que desmentiram o MPF e a PF, repercutiu de novo as acusações sem provas e sem testemunhas de Lair Ferst. O título da reportagem de Zero Hora foi o seguinte: "Na Justiça, Lair confirma tese do MPF". Na verdade, a tese é do MPF, MPC, PF, PT e RBS.
. Durante as investigações da Operação Rodin, a RBS tentou encorpar a credibilidade do lobista, identificando-o mentirosamente como "tesoureiro" e até "coordenador de campanha" de Yeda. Fez isto no dia 27 de março de 2008, por exemplo. Zero Hora e seus editores políticos, chegaram a abrir uma página inteira para Lair Ferst, sob o título "Fator Lair", apresentando-o como "empresário".
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