Filha não reconhecida de José Alencar recebe notícia da morte "com tristeza"
A professora aposentada Rosemary de Morais, de 56 anos, que move uma ação judicial para ser reconhecida como filha de José Alencar, disse nesta terça-feira que recebeu "com tristeza" a notícia sobre a morte do ex-vice-presidente da República. Moradora de Caratinga, no Vale do Rio Doce mineiro, cidade em que já morou José Alencar, Rosemary conseguiu, em meados do ano passado, decisão favorável em primeira instância. O juiz José Antônio de Oliveira Cordeiro, da Comarca de Caratinga, concedeu à professora aposentada o direito de adotar o sobrenome do então vice-presidente, em ação de investigação de paternidade instaurada em 2001. A defesa de José Alencar recorreu e o processo, que corre sob sigilo, será remetido para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Com a voz embargada, Rosemary afirmou que se sentiu "muito mal" ao saber da morte do pai. "Gostaria de ter resolvido tudo quando ele estava vivo, mas não teve jeito. Prefiro não falar mais nada. Só eu e Deus sabemos o que estou sentindo", disse ela. A professora aposentada não quis fazer comentários sobre o processo: "Tudo o que eu tinha para falar sobre essa ação, já falei". Na ação, Rosemary afirmou que a mãe, Francisca Nicolina de Moraes, que morreu no início do ano passado, conheceu Alencar em meados de 1953, quando ambos moravam em Caratinga. José Alencar se negou a fazer exames de DNA para reconhecimento da paternidade, como Pelé, e ainda disse impropérios sobre a mãe da professora Rosemary.
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