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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

No falso duelo do mínimo, a -opera bufa dos papéis trocados

Oposição ajudou o governo a saber quem é quem em sua base fisiológica

"São tão simples os homens e obedecem tanto às necessidades presentes, que quem engana encontrará sempre alguém que se deixa enganar".
Nicolau Maquiavel (cientista político florentino, 1469-1527)

Estão redondamente enganados os que imaginam ter havido um duelo na Câmara Federal em torno do salário mínimo. Antes pelo contrário: o objeto da votação e os 47 milhões de potenciais interessados entraram naquela maçante discurseira como Pilatos entrou no credo. O meio milhar de bem remunerados deputados foi ali, sob as câmeras de um legislativo assumidamente gaiato, apenas para representar mais uma ópera bufa de papéis trocados, exibindo à distinta platéia o espetáculo surrealista de canastrões feitos excelências.
Nada me pareceu mais fora de propósito do que ver os partidos patronais chorarem pela sorte dos desafortunados assalariados do mínimo, para os quais, na contracena, seus hipotéticos representantes, titulares de suas franquias, lhes viraram as costas, privilegiando o comprometimento das núpcias com o poder.

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