Governo petista de Dilma ameaça aliado que não votar no salário mínimo de R$ 545,00
O governo petista de Dilma Rousseff vai exigir fidelidade na votação do salário mínimo, marcada para a próxima quarta-feira na Câmara dos Deputados, ameaçando punir deputados federais que votarem em valores superiores aos R$ 545,00 e considerando-os "dissidentes". A inflação oficial de 5,9% em 2010, a maior em seis anos, foi decisiva na decisão da presidente Dilma Rousseff de não aceitar negociar um valor maior. Dilma fez chegar aos aliados no Congresso recado de que não aceita perder o controle da inflação no seu primeiro ano de mandato. "Quem votar contra os R$ 545,00 será considerado dissidente, pois essa fórmula já garante um ganho real para os trabalhadores", disse o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP): "O governo não abrirá mão desse valor. Com um anúncio de cortes da ordem de R$ 50 bilhões seria irresponsabilidade dar um aumento maior". O principal temor é que seus aliados ajudem a aprovar um mínimo de R$ 560,00. O PSDB, na hora da votação, vai defender R$ 600,00 por ser bandeira do candidato derrotado à Presidência, José Serra, mas centrará fogo mesmo nos R$ 560,00. DEM, PV e PDT também já declararam oficialmente apoio a esse valor. E eles acreditam que contarão com votos do PT e PMDB, entre outros aliados.
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