O governo gaúcho achou que foi de bom tamanho o crescimento extraordinário do PIB de 2010, que emplacou 7,8%, o maior da década, maior do que o avanço do próprio PIB do Brasil.
. A governadora Yeda Crusius deixou não apenas uma economia em franco progresso, como também uma herança bendita para o governador Tarso Genro, que recebeu um setor público com as finanças em ordem (déficit zero) e recuperação da perdida capacidade de investir, além das contas pagas, o que inclui salário e 13o em dia, condições que Olívio Dutra e Rigotto não conseguiram completar com êxito.
. Durante seus quatro anos de mandato, Yeda emplacou taxas gordas de crescimento do PIB (2007, 6,1% ; 2008, 3,9%; 2010, 8,9%) e apenas uma negativa (2009, menos 0,8%). Tudo muito próximo do que Lula emplacou no mesmo período: 6,1%, 5,1%, menos 0,2% e mais 7,6%.
. Um das razões principais do crescimento consistente da economia gaúcha foi a sucessão inédita de quatro supersafras seguidas, mas a doma das finanças estaduais e a recuperação da capacidade de investimento do Estado (só este ano, Yeda investiu R$ 1 bilhão em estradas novas e recuperadas, tudo de dinheiro próprio e tudo pago).
- O novo governo poderá pensar seriamente em trabalhar na mudança da matriz econômica do RS, mas as primeiras entrevistas do governador Tarso Genro lembram os discursos do século passado, que era a chorumela de dar ênfase ao agronegócio e à produção industrial tradicional, alicerçados em atenção extremada aos problemas da chamada Metade Sul. O agronegócio, a indústria tradicional e a Metade Sul não são mais o que eram, já que no mundo plano quem puxa a economia são a indústria dinâmica, os serviços da alta tecnologia e os centros urbanos mais avançados e em conexão global.
Nenhum comentário:
Postar um comentário