Caros compatriotas.
Ni rengo, ni manco!
A eleição de Tarso Genro para governador do RS em primeiro turno me fez refletir muito.
Chego à conclusão de que o MRR não é necessário ao Rio Grande do Sul. Minha decepção foi enorme. Sempre acreditei nos valores que nos foram passados de geração para geração, sempre acreditei que o povo riograndense fosse um povo politizado e com cabeças pensantes, sempre acreditei que o povo riograndense fosse diferente do povo brazucóide, sempre acreditei nos ideais expressos emnossa bandeira, nos versos de nosso hino "mostremos valor constância", "sirvam nossas façanhas de modelo à toda terra", "povo que não tem virtude acaba por ser escravo"...
O dia 03 de outubro de 2010 será um marco em minha vida. O marco da incoerência, o marco da ignorância, o marco da indolência, o marco da revelação. Este último marco até parece profético. E é. Esse dia 03 de outubro de 2010 mostra que nossa luta separatista será em vão. Esse dia 03 de outubro de 2010 será lembrado como a data em que Giuseppe Garibaldi, Antônio de Souza Neto, Bento Gonçalves, Corte Real e tantos outros farrapos se reviraram em seus túmulos, de revolta e vergonha.
A eleição do macunaímico ex-ministro da (in)justiça me mostra que o MRR está fadado ao fracasso, não por ser o MRR, mas porque o povo do Rio Grande do Sul está macunaimizado. O povo riograndense demonstrou que não se preocupa com sua terra, que não se preocupa com seus valores, que não se preocupa com seu futuro, que não se preocupa com sua tradição.
Após muito pensar fui ao meu guarda-roupas. De lá retirei dois pares de botas, três bombachas, uma rástrea, uma guaiaca, meu lenço maragato, meu chapéu de barbicacho. Só salvei a faixa que ornava meu chapéu que diz "Morir por la Pátria és glória". Tomei a derradeira decisão: pus tudo na calçada em frente à minha casa. Jamais voltarei a me pilchar. Jamais voltarei a pisar em um CTG como associado ao MTG. Me deu vergonha de ser gaúcho. Me deu asco dessa gente que votou em quem fez o que fez, em quem fez parte do governo mais corrupto da história da Brazucolândia, em quem deu asilo político a um assassino comum, em quem criou o ridículo sistema de cotas raciais ressucitando o racismo que aos poucos se extinguia, em quem acabou com os cofres da prefeitura de Porto Alegre.
O governo(?) Tarso será o governo mais popular que o Rio Grande já teve. Eu explico: quem pega um Estado com as contas saneadas, como é o caso do Rio Grande, e não se preocupa com responsabilidade fiscal, como é o caso do PT, tem tudo para fazer um governo popularíssimo e se reeleger. E após isso, certamente o Rio Grande estará novamente "mais quebrado que arroz de terceira". Basta lembrar o que ocorreu nos últimos meses do (des)governo Olívio Dutra. Sem dinheiro nem para pagar a folha de pagamento do Estado, o PT lançou mão de uma artimanha maquiavélica: criou incentivos para quem pagasse seus impostos que venceriam no ano seguinte antes do dia 01 de dezembro. Lembram disso? E lembram que, com isso, deixaram Germano Rigotto numa situação delicadíssima? Então amigos, quem viver, verá. E quem estiver no RS, porque eu certamente estarei longe daqui.
Chego à conclusão que o povo riograndense, de maneira geral, não merece nosso sacrifício. Quantos de nós deixamos de lado nossos compromissos pessoais para estar em reuniões do MRR, deixamos de estar com nossa família, com nossos amigos, gastamos dinheiro de nosso bolso, dinheiro que poderia estar nas mesas de nossas casas, ou em nossas contas bancárias para dar uma melhor qualidade de vida para nossos familiares.
Amigos, todos aos quais escrevo sabem de minha história de militância no Movimento O Sul é o Meu País antes de fundarmos o MRR. Desde 1995 me dedico ao ideal separatista, primeiro dos três Estados do Sul, depois a penas do Rio Grande. E hoje, com tristeza, chego à conclusão de que o Rio Grande, sem Santa Catarina e Paraná, realmente seria mais uma republiqueta, uma republiqueta tomada por PTralhas corruptos e inconseqüentes, talvez até um paiseco comunistóide. Hoje vejo que apenas Santa Catarina e Paraná teriam condições de capitanear essa nova nação, porque o Rio Grande do Sul já caiu duas vezes no embuste PT, uma vez no embuste Collares e uma vez no embuste Britto!!! Enquanto Santa Catarina e Paraná se desenvolveram exemplarmente nos últimos anos, o Rio Grande cresceu que nem cola de burro: para baixo!
Nos últimos 20 anos só tivemos dois governos razoáveis, que foram justamente o último e o atual, ironicamente, no que atualmente se encerra nem governados por uma gaúcha fomos!
Tenho ainda outra consideração a explicitar aqui. A questão da votação do Rodrigo. Com sinceridade, eu não esperava que o Rodrigo fosse eleito já nessa primeira experiência, mas apoiei a idéia da candidatura dele porque acreditava que seria a semente para outras ações do gênero. Mas observem que nem mesmo os membros da comunidade MRR votaram no Rodrigo! Temos 1141 membros na comunidade do Orkut e o Rodrigo fez apenas 345 votos!!! Pergunto: que tipo de gente está na comunidade? Que separatistas são essas pessoas que só querem ficar discutindo pela internet e não servem nem nem para votar em um candidato separatista? Eu até admito que tais pessoas não queiram participar de reuniões por diversas razões de ordem pessoal, ou mesmo por medo, mas não admito que essas pessoas autodenominadas separatistas não sejam capazes nem de depositar seu voto para ajudar o Movimento!!!
Essa atitude dos membros da comunidade que não colaboraram com o MRR nestaquestão da eleição do Rodrigo foi absolutamente macunaímica! Não acho que devamos continuar a nos preocupar com esse tipo de gente que serve só para fazer número em uma comunidade de Orkut.
Se dependesse de mim, eu neste momento postaria um agradecimento na comunidade aos que votaram no Rodrigo e informaria que a comunidade seria encerrada em 5 dias, tendo em vita que a maioria das pessoas que ali está não é realmente a favor dos ideais separatistas!
Os dois fatos aqui explicitados me fizeram sentir vergonha de ser gaúcho. E é por essa vergonha que sinto neste momento é que abandono, neste momento, a causa separatista. Jamais deixarei de crer na legitimidade do ideal separatista, mas me desligo do MRR, movimento que fundei, para me dedicar a meus negócios na Argentina e à minha família. Meu primeiro herdeiro nascerá em fevereiro de 2011 e não nascerá em sologaúcho nem brasileiro. Não quero que ele sinta a vergonha que estou sentindo. Prefiro que ele seja argentino a brasileiro, porque pelo menos terá algo do que se orgulhar, além do nome de seu avô com o qual será batizado.
A vocês, que mais que compatriotas e parceiros desta luta que foi o MRR são meus amigos, as portas d minha casa estarão abertas, sempre que quiserem me visitar.
Regis S. Dias
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