A formação da quadrilha
Banqueiros, especuladores, jogadores da bolsa de valores e parasitas afins, após auferir uma quantidade obscena de recursos se decidem a defender seus interesses e ampliar sua lucratividade. Para isso, organizam-se.
A eles pouca importa se o regime é liberal, autoritário, social-democrata ou mesmo alegadamente “socialista”. A única coisa que lhes importa é manter e ampliar sua lucratividade às custas do trabalho alheio.
No caso brasileiro, após o fiasco monumental da ditadura militar – fiasco mais financeiro do que outra coisa qualquer; o militar tem forte tendência ao nacionalismo e a pensar no próprio povo, apesar de todas as desgraças que causaram o que de fato os levou a serem apeados do poder foi o fato de não estarem facilitando as coisas para os especuladores...
A partir daquele momento, chegou-se com a conivência dos intelectuais venais de hábito, à conclusão que o encaminhamento mais adequado à política brasileira, do ponto de vista dos bancos, seria via eleitoral que, evidentemente, nada tem a ver com a democracia embora a propaganda afirme hipnoticamente o contrário.
Assim, aquela escória supracitada passou a patrocinar as campanhas eleitorais de seus potenciais aliados – muitos deles banqueiros ou proprietários de meios de comunicação para a massa.
Eleitos, deputados e senadores votam leis em defesa da elite financeira que os conduziu ao poder, leis contrárias em tudo e por tudo aos interesses do povo trabalhador do Brasil – sempre, claro, tomando o cuidado de sempre afirmar o contrário diante dos meios de comunicação que os entrevistam ou sempre que aparecem ou discursam em público.
O nosso presidente da república não passa de um marionete, um palhaço que faz relações públicas afirmando em público o contrário do que foi decido privadamente em seu gabinete. È um mero marionete a defender os interesses dos bancos e jogadores enquanto discursa para a plebe mantendo-a sob controle com mentiras tão bem elaboradas que deixariam Joseph Goebels(*) vermelho de vergonha e com ganas de voltar ao maternal...
Aqui está uma expressão que virou moda, muito desagradável mas cabe perfeitamente neste contexto: “nuncaantesnestepaiz” um dirigente obteve tamanha popularidade governando para os banqueiros, contra o povo do Brasil e obteve tamanho sucesso em fazer acreditar justamente no oposto. Aqueles que foram deixados em situação de penúria PRECISAMENTE pelo tipo de governo que exerceu no primeiro mandato, agora abrem mão de lutar por emprego, salário e dignidade. Consolam-se com a bolsa esmola que o governo concede aos desesperados com a aquiescência dos bancos.
A mais de 500 anos afirmou Maquiavel: “O povo se contenta com migalhas, então, dê migalhas ao povo. O príncipe que der migalhas ao povo será eternizado.
Mauri Martinelli
Sociólogo
(*) Chefe da propaganda nazista.
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