Neste final de ano, a Assembleia do RS passou a dar demonstrações de que recuperou a sua envergadura política, reassumindo a sua condição de um dos Poderes da República, portanto sem manter a posição de vassalagem que foi sua marca durante três anos do governo Tarso Genro, que patrolou e fez o que bem entendeu no Legislativo, transformado em Casa da Mãe Joana por força de uma maioria governista emasculada.
. As sessões desta quarta-feira registraram a conformação da nova correlação de forças na casa.
. O governo não tem mais maioria e nem poderá mais contar com ela para patrolar, ignorar e humilhar os deputados.
. A maioria passou a bloquear a irresponsabilidade fiscal do governo do PT.
. Este governo não sabe o que faz, quebra o Estado e precisa ser contido.
. O resultado da nova postura, só possível depois que duas dissidências importantes no PTB e o desembarque dos 3 deputados do PSB e 7 do PDT da base governista começaram a se consolidar.
. Nestes últimos três anos, a sólida e ampla base governista foi responsável pela omissão do Legislativo em relação a um governo estadual perdulário, ineficiente, incapaz e inábil, que entregará um setor público quebrado, altamente deficitário, para o sucessor de Tarso Genro no Piratini. Esta ampla e domesticada base, foi incapaz de trancar o passo dos agentes petistas no governo, que saquearam os cofres do Tesouro, meteram a mão em valores bilionários do caixa único e dos depósitos judiciais, endividaram-se de maneira selvagem, elevaram as despesas para níveis astronômicos e foram incapazes de conjugar os verbos economizar e ajustar.
. Com a nova correlação de forças, a nova Assembleia do RS conseguiu em poucos dias impedir novos avanços sobre o dinheiro público, a começar pela resistência aos projetos que criam a Banrisul Administradora de Cartões e a Banrisul Corretora de Seguros, cujos estruturações caberia ao banco Plural, numa equação que o governo simplesmente se nega a abrir para a sociedade e para os deputados, cristalizando as suspeitas de que valores bilionários estão envolvidos no negócio – dinheiro que em grande parte seria enfiado nos buracos enormes que Tarso Genro abriu no caixa do Tesouro.
. É preciso que os deputados estaduais impeçam também novas ações tresloucadas da incompetente e ousada equipe econômica do governo, consubstanciadas em dois projetos também inaceitáveis e que ainda não foram votados:
- Emissão de R$ 800 milhões em debêntures.
- Tunga de R$ 1,2 bilhão sobre os cofres da CEEE, a pretexto de pagamento antecipado de salários, aposentadorias e pensões, por força da transferência de ex-autárquicos para a Folha do Tesouro.
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