Os manifestantes queimam ônibus, interrompem vias públicas e destroem propriedades privadas. No entanto, o governo do PT, oficialmente, entende que deve ser respeitado o direito à manifestação,em primeiro lugar. Isso é o oposto de democracia. Ontem, 50.000 produtores rurais em dezenas de pontos do país protestaram contra as quase 500 invasões indígenas em propriedades legítimas. Nenhuma violência. Nenhum prejuízo à ordem pública. Nenhuma depredação. Homens e mulheres com a pele tisnada pelo sol e as mãos calejadas, muitos aos prantos, pediram, pacificamente ao governo: devolvam nossas terras, nós não temos culpa de nada, nós só queremos paz para produzir. Enquanto isso, em Brasília, cerca de 200 manifestantes incendiaram toneladas de pneus, obstruíndo a principal via de circulação da capital federal. Em São Paulo, por um aumento de 20 centavos no bilhete de ônibus, instalou-se o caos, uma escalada de violência inimaginável que, ao final, virou culpa de quem deveria ter, desde o início, a impedido de todas as maneiras em nome do direito de ir e vir e do direito de propriedade, que se sobrepõem, sim, ao direito de manifestação quando a mesma é violenta: a Polícia Militar. Sim, o direito de manifestação deve ser garantido. Mas que estes bundinhas e estas patricinhas da paulicéia desvairada mirem-se no exemplo dos produtores rurais do Brasil. Se querem apenas emoções fortes, que não chorem a bala de borracha na cara e a pancada de cassetete no lombo. Acima de qualquer manifestação está a Lei e a Ordem.
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