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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Enviar por e-mail Imprimir A VANTAGEM DE CONVOCAR BANDIDOS

Por Carlos Chagas
  
Conta a lenda que o rei Carlos IX, da França, impressionado com o número de batedores de carteira espalhados por Paris, instruiu a polícia para convidar dez desses bandidos  a comparecerem ao tradicional  baile real. Encerrada a festa, verificou-se  chegar  a milhares de francos a importância roubada da nobreza empenhada em dançar, sem cuidar de suas carteiras e de suas   jóias. O rei quase morreu de rir e tomou duas providências: deixar que os ladrões mantivessem o produto do roubo e alistá-los compulsoriamente no exército, onde seria mais fácil vigiá-los.
O episódio é lembrado porque capaz de  estimular a presidente Dilma a  iniciativa parecida. Quem sabe ela possa  selecionar dez  políticos,  dos mais ladrões e corruptos que existem, convidando-os para o ministério? Ficaria  menos difícil fiscalizá-los, já sabendo do prejuízo que causariam aos cofres públicos e à sociedade, mas limitados em suas atividades.
Escolhidos os novos presidentes do Senado e da Câmara, mesmo sem  garantia alguma, aguarda-se a mini-reforma do ministério. Em vez dos honesto  Afif Domingos e Gilberto Kassab, tidos como prováveis ministros da Pequena e Média Empresa e da Ciência e  Tecnologia, que tal a chefe do governo ampliar as mudanças e selecionar dez ministérios em condições de ter bandidos na sua chefia? Bandidos monitorados, é claro, mantidos sob observação permanente.
Quanto a selecionar os singulares novos ministros, cada um que faça sua escolha. Mas concordarão todos em que dez é muito pouco. Mesmo com gastos suplementares da criação de mais ministérios,  elevar seu número para cem ainda seria pouco...

CONVITE AO SONO
Poderia o já agora ex-presidente da Câmara, Marco Maia,    ter poupado o plenário do enfadonho e longo pronunciamento da manhã de ontem, quando prestou contas de seus dois anos de gestão. Bastaria que apenas  mandasse  distribuir o elenco de matérias votadas, num anexo do Diário do Congresso. Enquanto José Sarney, nas suas despedidas da presidência do Senado, viu-se diversas vezes aplaudido, Maia não arrancou palmas sequer quando criticou o Judiciário "por dedicar-se a interpretações que só ao Legislativo cabem". Também, como não poderia deixar de ser, baixou tacape e borduna na imprensa, mas sem a menor ressonância.

FALTA POUCO 
Mesmo sem surpreender, porque o seu estilo é de não perder tempo, o presidente Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal,  deve apresentar ainda este mês o texto final do acórdão do julgamento do mensalão. A partir daí, estará aberto o prazo para a apresentação de embargos pelos advogados dos réus. Cada um desses recursos será apreciado isoladamente pelo plenário da mais alta corte nacional de Justiça. Depois, com a publicação do acórdão, as sentenças terão transitado em julgado, seguindo-se a fixação do local onde os condenados cumprirão suas penas.

CONSELHO
Nos Estados Unidos, falando a uma assembléia de sindicalistas, o ex-presidente Lula deu dois conselhos um tanto extemporâneos. Recomendou ao presidente Barak Obama que ouça mais as lideranças sindicais, coisa que só à Casa Branca cabe decidir. O outro foi para a presidente Dilma Rousseff, convidada a fazer o mesmo.  Se tivesse lembrado essa necessidade quando em nova conversa com a sucessora, tudo bem. Mas nos Estados Unidos?...      

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