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quarta-feira, 9 de maio de 2012


PT transforma CPMI em guerra contra a liberdade de imprensa.

Do Painel da Folha:

O PT decidiu investir todas as fichas em transformar a CPI criada para apurar as relações de Carlinhos Cachoeira com autoridades de várias instâncias numa investigação sobre a imprensa. A estratégia, antes discreta, se intensificou após reunião de petistas ontem. No depoimento secreto do delegado Raul Alexandre Sousa, que conduziu a Operação Vegas, as perguntas de petistas e aliados se concentraram nas ligações de Cachoeira com jornalistas. Sousa disse que, após longa investigação, a Polícia Federal não verificou nada de impróprio nessas relações nem viu razões de indiciar jornalistas ou investigar órgãos de imprensa.

QG A reunião em que petistas e aliados decidiram concentrar o foco na imprensa foi feita na liderança do PT no Senado. Um senador petista saiu externando o espírito reinante: "Se a mídia quer guerra, vai ter guerra". 

Soldados A tropa de choque anti-imprensa na sessão secreta de ontem foi composta pelos senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Humberto Costa (PT-PE) e pelos deputados Luiz Sérgio (PT-RJ), Doutor Rosinha (PT-PR) e Protógenes Queiroz (PC do B-SP).

Da mesma Folha:

O delegado Raul Souza respondeu ontem a questionamentos de petistas e do senador Fernando Collor (PTB-AL) sobre a relação de Carlinhos Cachoeira e a mídia. Questionado se havia "matérias encomendadas" por Cachoeira na revista "Veja", o delegado disse que há várias conversas entre o empresário e o diretor da publicação em Brasília, Policarpo Júnior, mas que elas denotam apenas relação entre repórter e fonte.
  
Souza também citou grampo na qual Cachoeira diz que vai entregar uma gravação provando compra de votos numa cidade de Goiás à Rede Globo, sem outra referência sobre o que ocorreu. Por fim, o delegado relatou que há conversas em que Cachoeira cita pagamentos a dois jornais de Goiás, o "Opção" e o "Diário da Manhã", mas não fica claro do que se trata.

Um jornalista da segunda publicação, disse o empresário, estaria em sua folha de pagamento. O delegado disse não saber a veracidade do relato. Os dois jornais, procurados, não responderam. Setores do PT têm como estratégia a tentativa de desqualificar órgãos de imprensa às vésperas do julgamento do mensalão. Já Collor, que sofreu impeachment em 92 após reportagens que alimentaram uma CPI, tem feitos seguidos ataques à imprensa.

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