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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Esgotosfera eriçada.

Não é só uma parte burra da direita que torce o nariz para políticos que estão trabalhando a favor do país. A esquerda imbecil e mal informada também segue pela mesma trilha. Vejam, abaixo, trecho de matéria de Leandro Fortes, um dos arautos da esgotosfera, publicada na Carta Capital, que só existe em função das benesses do governo mas, como típico chiqueiro que é, por lá os porcos viram o cocho depois de comer.

A presença de José Sarney como protagonista de um governo popular nos envergonha a todos e, imagino, também a boa parte do PT, mas essa questão caminha para se tornar pequena diante do que vem por aí. Aos poucos, com a ajuda de colunistas amigos e interlocutores impregnados de pragmatismo dentro do Palácio do Planalto, a senadora Kátia Abreu, ex-DEM de Tocantins, atualmente, às vésperas de integrar o probo PSD, de Gilberto Kassab, vai se tornando a nova aliada do governo Dilma. O fato é que nos falta a medida certa da indignação, acostumados a que estamos ficando em achar que basta juntar gente cheirosa em marchas contra a corrupção para, enfim, bradar por um país melhor. Mas essa simples perspectiva – a de um indivíduo como Kátia Abreu pertencer a um governo dito de esquerda, ainda que de forma periférica – deveria servir para tocar fogo nas ruas.

Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, líder da ultra-reacionária bancada ruralista no Congresso, Kátia Abreu é a face visível e supostamente moderna de uma ideologia que, desde o descobrimento, moldou as principais relações políticas, econômicas e sociais brasileiras. Moldura esta,  é preciso que se diga, que ainda nos confere uma realidade cruel e desumana, baseada numa doutrina escravocrata e excludente, cimentada sob os interesses do latifúndio, da monocultura e da devastação ambiental. Kátia Abreu é a representação fí­sica e institucional dessa cultura perversa que produz resultados econômicos vibrantes nos campos de soja e miséria humana em tudo o mais. Ao admiti-la como aliada, Dilma teria apunhalado cada uma das 70 mil bravas camponesas que, na Marcha das Margaridas, foram lhe prestar apoio e solidariedade, no mês passado, em Brasília.

A Frente Parlamentar da Agropecuária é composta por 202 deputados e senadores. Destes, apenas 54, ou  26,7% pertence ao DEM, PSDB e PPS. Os outros 73,3% pertecencem à base aliada que dá sustentação ao governo Dilma. A FPA também tem em seus quadros 11 deputados e senadores do PT. Entre eles, destaca-se o líder petista da Reforma Política, o deputado gaúcho Henrique Fontana. Paulo Pimenta, outro deputado petista do PT, também do Rio Grande do Sul, queridinho da esgotosfera, também participa. Ou seja, 5,5% dos membros da FPA são petistas de estrelinha marcada a ferro e fogo na paleta.

A CNA possui 1,3 milhão de filiados, a grande maioria pequenos produtores. O S da agropecuária é o SENAR, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural,  que capacita milhões de pequenos agricultores por ano e que, por isso, está se transformando em parceiro do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome e do Ministério da Educação e Cultura para levar os programas petistas para o campo, pois eles nunca chegaram lá. O S da agropecuária é o único que não cobra um centavo dos beneficiários dos seus cursos e programas sociais. Como todos sabem, o campo brasileiro era um curral do MST, até bem pouco tempo. O MST sim, que está sendo virtualmente extinto pelo próprio governo federal, via Bolsa Família e programas sociais, é que mantém agricultores em regime de semi-escravidão, morando em barracos de lona, em estado de pobreza absoluta, nas piores condições de vida, servindo de massa de manobra para a esquerda debilóide que ainda persiste no Brasil. Para confirmar, basta ler a última reportagem de capa da Isto É.

A agropecuária brasileira, ao contrário do que jornalista do esgoto escreve, é admirada em todo o mundo. O Brasil produz comida boa e barata para sustentar todo o país e ainda exporta, sendo o grande setor superavitário do comércio exterior. Nos últimos dez anos, a agropecuária rendeu mais de U$ 200 bilhões de saldo positivo para o país.  Há, sim, muita miséria no campo. É por isso que a presidente da CNA, não a senadora, que é de oposição,  está buscando e dando apoio para o governo federal petista chegar com mais eficiência e menos corrupção no campo brasileiro. Seria bom que o pobre diabo da Carta Capital procurasse o pessoal do PT nos ministérios para entrevistar e conhecer o trabalho sério que está sendo feito a favor do Brasil, dos brasileiros,dos pobres e necessitados.

Finalmente, para ver como esse repórter é raso, panfletário e mal informado, a Marcha das Margaridas é uma iniciativa da Contag. A Contag é parceira da CNA no SENAR, onde tem assento no Conselho Deliberativo, onde tem voz e tem relevância, pois representa os interesses do foco de ação da entidade: os trabalhadores rurais. As iniciativas que Dilma Rousseff anunciou na Marcha das Margaridas a que se refere o pobre diabo da Carta Capital para melhorar as condições de vida no campo, na área da educação, estão sendo desenvolvidas em parceria com o SENAR, com todo o apoio da Contag. A verdade é que não existe mais lugar para o tipo de imprensa feita por tipos como Leandro Fortes. Eles não têm compromisso com a verdade. A verdade os apunhala.
 
 

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