O senador Magno Malta (PR-ES) deve pedir a prisão preventiva do prefeito de Lorena Paulo César Neme (PTB) na próxima quinta-feira ao Tribunal de Justiça de São Paulo.
Malta fará o pedido durante uma audiência agendada para às 10h com o presidente do TJ, José Roberto Bedran, e com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto.
Após a reunião, o senador deve seguir para Lorena, para colher depoimentos de testemunhas e de supostas vítimas de violência sexual, que teria sido praticada pelo prefeito.
Segundo o assessor de Malta, Renato Paoliello, a prisão será solicitada devido à gravidade das denúncias e fartura de provas e materiais que já constam nas investigações contra o prefeito e a informação e registros de que testemunhas estariam sendo coagidas e ameaçadas em Lorena pelo prefeito.
"Durante a audiência o senador irá tomar conhecimento de todo o teor dos processo, apresentar os relatórios que ele tem sobre o caso ao Tribunal e solicitar que a Justiça decrete a prisão do prefeito imediatamente", disse.
Ainda de acordo com Paoliello, caso seja necessário, o senador deverá seguir com o parecer do tribunal diretamente para a Justiça de Lorena para agilizar a prisão.
Malta presidiu a CPI da pedofilia, concluída em dezembro do ano passado, e é conhecido pela atuação no combate à pedofilia em todo o Brasil.
Sumiço - Na tarde de ontem o prefeito Paulo Neme reuniu a imprensa regional em seu gabinete na Prefeitura de Lorena. Após convocar a coletiva de imprensa para dar explicações sobre as denúncias de pedofilia, ele não pareceu para falar com o jornalistas.
"Fui informado pelo prefeito que ele faria esta coletiva, e eu o orientei a não comparecer, por se tratar de um caso que corre em segredo de Justiça e está proibido por lei de comentar qualquer coisa sobre isso", afirmou o advogado de Neme, José Roberto de Moura.
Após anunciar que o prefeito não apareceria, o advogado distribuiu uma nota assinada pelo prefeito onde ele dizia estar triste. "Estou chateado e indignado com a situação, mas tenho paciência e confiança para aguardar um desfecho satisfatório que traga a verdade real acerca dessa situação", escreveu Neme.
Denúncias - Em agosto de 2008 a tia de um garoto de 12 anos denunciou à polícia que o menino teria sido vítima de abuso sexual praticado por Neme. O caso acabou no TJ, que investiga as denúncias.
Por determinação da Justiça, recentemente a Delegacia Seccional de Guaratinguetá fez investigações e campanas na frente da casa do prefeito e, há duas semanas, a Polícia Civil deteve um rapaz, sem habilitação, saindo com o carro oficial da casa de Neme com um adolescente que disse receber dinheiro de Neme em troca de sexo. A polícia também conseguiu registrar imagens da movimentação de adolescentes entrando no local.
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sexta-feira, 3 de junho de 2011
Senador vai pedir ao TJ a prisão de Paulo Neme
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