O Peugeot 508, que custa U$ 30 mil em Miami, está sendo vendido a U$ 268 mil a 367 km dali, em Havana, Cuba. Com este valor, você pode comprar um apartamento de três dormitórios em bairro de classe média da capital da Flórida. Segundo o Estadão de hoje, a média salarial em Cuba é de US$ 20. Logo, a venda de carros pode até estar autorizada, mas não haverá ninguém em Cuba rico ou louco o bastante para comprá-los.
"O que eles pensam que estão vendendo? Aviões?", disse à revista The Economist um dos frustrados clientes. "Eles não querem vender nenhum carro. É tudo um show", reclamou outro. A Economist especula que, na verdade, a autorização para a venda de carros é apenas uma forma de acabar com o mercado paralelo de licenças para compra de automóveis novos.
Essas licenças eram concedidas pelo governo como prêmio a esportistas, artistas e destacados militantes do Partido Comunista Cubano (PCC). Em vez de comprar o carro, porém, o laureado passava adiante a preciosa autorização, faturando cerca de US$ 12 mil, segundo a última cotação. Como agora, em tese, todos podem comprar um carro, a licença não vale mais nada.
Nos próximos dias, Dilma vai a Davos tentar recuperar a credibilidade do Brasil junto ao mercado financeiro internacional, que já está chamando a nossa presidenta de "Miss Lancôme", tamanha a sua habilidade em maquiar as contas públicas e os resultados econômicos do país. Mas, na volta, como não poderia deixar de ser, Dilma faz uma escala em Cuba para turbinar o seu "capitalismo de estado".
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