Demorou, mas finalmente começa a se fazer Justiça em Estância Velha. Na quarta-feira, a juíza Rosali Terezinha Chiamenti Libardi, em uma sentença de pronúncia no processo criminal nº 095-20900001793, decidiu enviar ao tribunal do juri a quadrilha do PT que contratou pistoleiro e mandou matar adversários políticos em Estância Velha. Os adversários que deveriam ser mortos eram o colunista Mauri Martinelli e o então vereador João Valdir de Godoy (o Duduzinho). O pistoleiro contratado era Alexsandro Ribeiro. Ele já foi preso e condenado a 15 anos de prisão. O atentado foi cometido no dia 17 de agosto de 2006, por volta das 23 horas, em frente à casa de Martineli, quando este retornava de um jantar da campanha eleitoral do falecido deputado federal Julio Redecker. O pistoleiro pulou nas suas costas, deu uma coronhada em sua cabeça, disse que ele ia aprender quem mandava na cidade, e desferiu cinco tiros com uma pistola austríaca Glock 380. Por muita sorte, Martinelli sobreviveu. Por iniciativa própria, Martinelli conseguiu descobrir a trama e levar todos os dados à Polícia Civil e ao Ministério Público. O crime foi elucidado quando apareceram testemunhas, apontando que a reunião da quadrilha para contratar o bandido para os dois assassinatos, e a entrega da arma, tinha ocorrido na casa delas. E essas duas testemunhas, mãe e filha, apontaram os quatro participantes da quadrilha. O primeiro deles era justamente o presidente do PT na cidade de Estância Velha na época, o vereador Luis Carlos Soares, vulgo "Carlinhos Viramato". O segundo era Jaime Schneider, secretário municipal de Planejamento do prefeito petista Elivir Desiam, vulgo "Toco", atual presidente da estatal Fenac, de Novo Hamburgo. O terceiro era Jauri de Matos Fernandes, "laranja" de Jaime Schneider na propriedade de jornal, enquanto este estava em cargo público, para continuar recebendo verbas publicitárias da prefeitura e da Câmara Municipal, e fiador do aluguel de casa para o pistoleiro Alexsandro Ribeiro. E a quarta era Claci Campos Silva, moradora na casa das testemunhas, e que fez a entrega da pistola austríaca Glock 380 ao pistoleiro. Dias depois do atentado, a polícia civil encontrou na casa do pistoleiro a pistola austríaca. Apesar de indiciado em um processo criminal deste porte, e agora mandado ao tribunal do jurí, o petista Luis Carlos Soares, o "Carlinhos Vira-Mato", foi nomeado há poucos dias pelo peremptório governador petista para a chefia da importante 1ª Coordenadoria Regional de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, que abrange 40 municípios da região metropolitana, em uma verdadeira demonstração de proteção política. Não é de estranhar, o PT também faz isso no plano nacional, com os condenados do Mensalão do PT. Enquanto isso, a testemunha principal do crime, Vera Vanzan, recebe ameaças diariamente, sem que ninguém tome qualquer providência, desde o governo do peremptório petista Tarso Genro, e passando ainda pelo Ministério Público e o Poder Judiciário. Se algum atentado for praticado contra ela, as responsabilidades estarão bem claras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário