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sábado, 4 de maio de 2013

TORNE-SE QUEM VOCÊ É... NÃO SEJA APENAS O QUE VOCÊ POSSUI.

Coragem sim, porque o que nos retém são os nossos hábitos, o nosso conforto, o medo de arriscar, o medo ao fracasso. Porém, pergunte-se o que aconteceu para ter chegado até aqui. Faça uma retrospectiva da sua vida. Você correu muitos riscos ou não foram suficientes?

Há poucas pessoas que encontram o equilíbrio na vida, que encontram a prosperidade dia após dia, porque há sempre 1000 possibilidades de ficarem presas na sua própria teia da desgraça. Imagine todos os anos que ainda estão pela frente, vivendo-os da mesma forma. Imagine o seu orgulho pessoal, se você conseguir ser o que é realmente, tendo sucesso da forma como você gosta de ser, e não com a imagem que quer mostrar aos outros.

Hoje é possível começar tomar as primeiras boas decisões. Comece reduzindo as suas necessidades em nível material, e veja o que é bom ou não para você. Como você comprou a bebida da marca X uma vez, os outros também o fizeram, todos o fazem, e foi dessa forma que a marca X ficou na frente, para enriquecer uma determinada família da sociedade. E depois esta marca aumentou os seus preços, gastou ainda mais dinheiro em marketing e publicidade. A seguir, latas de alumínio proliferaram pelo mundo, nas ruas, nas geladeiras, nos armários... para terminar no fundo dos oceanos, agravando a poluição. Pessoas como você começam a refletir, a consumir de forma «inteligente», estando conscientes das suas ações. E, pouco a pouco, cada um dos nossos gestos, útil e consciente, contribuirá para diminuir esta profunda injustiça.

Você sabia que no nordeste do Pacífico, entre a Califórnia e o Havaí, os resíduos gerados pelas atividades humanas e despejados nos oceanos são transportados pelas correntes marinhas para um novo «continente», cujo tamanho é quase 3,5 milhões de km ²?

Em 1997, o capitão Charles Moore foi o primeiro a descobrir essa zona improvável do oceano Pacífico, onde os lixos plásticos flutuantes se acumulam. Desse modo, de acordo com as observações realizadas pela Algalita Marine Research Foundation por mais de 15 anos, com o efeito das correntes marinhas, o lixo proveniente das zonas litorais e dos navios, flutua durante alguns anos até se concentrar em grandes áreas conhecidas por nomes como «Mancha de lixo do Pacífico Leste» e «Mancha de lixo do Pacífico oeste». Essas duas manchas formam a «Grande mancha de lixo do Pacífico» um monstro cujo tamanho triplicou desde os anos 90 e que se estende por 3,43 milhões de km², ou seja um terço da superfície da Europa!

Está estimado que esse «continente» de lixo tem um peso total de 3,5 milhões de toneladas e possui até 750.000 escombros por km² ; o Greenpeace afirmou no seu relatório sobre os plásticos e a poluição dos oceanos no final do ano de 2006 que há quase um milhão de resíduos por km².

De acordo com o chefe do programa de conscientização pública da California Coastal Commission de São Francisco, há mais de 50 anos que o lixo remoinha sob o efeito do giro subtropical do Pacífico Norte e se acumula nessa zona desconhecida, onde passam poucas rotas comerciais e embarcações de pesca.

À imagem de um poderoso ralo marinho, o redemoinho atrai para ele todo o lixo da nossa sociedade consumista. No entanto, contrariamente ao ralo, o lixo não é «aspirado» nem destruído, ficando então acumulado e bem visível!

Antes o lixo flutuante era destruído pelos micro-organismos, porém, agora isso já não acontece desde que apareceu o famoso plástico. 90% dos restos de lixo flutuando no oceano são plásticos. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente mencionou em junho de 2006 que há em média 46 000 pedaços de plástico por cada 2,5 km² de oceano, a uma profundidade de 30 metros!

Esse «continente» de lixo plástico parece uma sopa de plástico, constituída por pedaços grandes e outros muito pequenos, quase invisíveis. Quando a água é filtrada, descobre-se uma mistura composta por pequenos pedaços de plástico que se decompuseram, mas também granulados de plástico que são utilizados para fabricar objetos plásticos.

Em alguns lugares, a quantidade de plástico na água do mar é quase 10 vezes superior à de plâncton, elemento fundamental para a vida nos oceanos! Agora fala-se de «plâncton plástico».

De acordo com o Greenpeace, das 100 milhões de toneladas de plástico produzidas a cada ano, quase 10% terminam nos oceanos.

O problema em si é o tempo necessário para a degradação desses plásticos (estimada entre 500 e 1.000 anos) e a toxicidade dos elementos que os compõem. O exemplo mais clássico é a tartaruga que morre asfixiada com os sacos de plástico, que ela confunde com medusas!

Com tamanhas concentrações de plástico, toda a cadeia alimentar é afetada porque os pedaços menores são ingeridos pelas aves ou pelos pequenos peixes, que serão depois comidos pelos maiores... O Greenpeace calcula que na Terra, aproximadamente 1 milhão de aves e 100.000 mamíferos marinhos morrem todos os anos por causa da ingestão de plástico.

Segundo os cientistas americanos do Instituto Oceanográfico Scripps, 1 peixe em cada 10 ingere plástico no Pacífico Norte, ou seja, 24.000 toneladas de plástico comido pelos peixes a cada ano nessa zona.

Rebecca Asch, investigadora no Instituto Oceanográfico Scripps indica que «nessa zona a maioria dos pedaços de plástico são muito pequenos. Os restos foram degradados pela luz do sol e pelas correntes marítimas. Por isso não são nada parecidos a uma garrafa ou um saco de plástico. São pedaços muito pequenos de plástico do tamanho de um confete. Eles têm o mesmo tamanho do plâncton, do qual se alimentam os peixes. É por essa razão que eles comem o plástico, porque o confundem com plâncton...»

Esse «continente» atrai animais marinhos como os pelicanos e as tartarugas marinhas, cuja esperança de vida se encontra reduzida. No total, mais de 267 espécies marinhas serão afetadas por esse monte colossal de lixo, segundo o relatório do Greenpeace.

Infelizmente, a limpeza desse lixo oceânico parece impossível, a superfície que teria que ser limpa é gigante e os custos são muito elevados.

Uma vez mais, o consumismo está na origem de uma degradação onde a realidade supera a ficção. E toda a agitação «ecológica» atual parece não mudar nada... Mais do que nunca, todos nós temos um papel a cumprir, especialmente nos períodos de festas onde a opulência causa repugnância!

O homem continua consumindo, apesar da evidência dos sinais. A sociedade nada faz porque ninguém é capaz de pôr um freio em tudo isso. Quem tem 10 sonha em ter 100... Não existem limites.

Seria necessário tomar medidas radicais como parar ou limitar o tráfego aéreo, parar com o desmatamento florestal e as pescas em massa nos oceanos, reduzir pela metade a produção e o tráfego automóvel, suprimir os matadouros de carne industrial, reduzir pela metade a produção de eletricidade... Porém, todos precisamos comprar carne, comer proteínas, viajar, deslocar-nos para o trabalho ou por lazer. Não é o momento de privar-nos de tudo, mas sim de limitar as nossas necessidades. Somente nós que estamos aqui em baixo podemos fazer alguma coisa, e não a alta sociedade, que faz parte da classe dominante!

Contudo, ninguém faz nada porque o ser humano tem sempre tendência a esperar pelo drama para mexer o dedo. É preciso que alguém morra para que a polícia se mexa, é preciso que alguém morra para que outro alguém seja condenado, é preciso uma manifestação para que o governo se preocupe... mas será que não fazemos o mesmo no nosso mundinho?

Todo o mundo se preocupa com a crise, mas talvez nós também esperaremos ser reduzidos a nada para termos consciência da gravidade da situação.

Então, se você começar a mudar os seus hábitos e a tomar iniciativas, as pessoas à sua volta também o farão, e essas gotas de água no oceano acabarão despertando a consciência das pessoas, uma por uma, e o mundo inteiro acabará mudando!

Uma pessoa isolada no seu canto não consegue fazer nada. É preciso que nos unamos e demos o primeiro passo, porque nós somos milhões pensando a mesma coisa por todo o mundo, milhões pensando que é preciso viver e agir com «consciência» para o bem do nosso planeta.

Chegou a hora de filtrar a desinformação cotidiana que nos é imposta pela nossa querida mídia, a quem somos tão ligados. Chegou a hora de acordar!

Se continuarmos vivendo na despreocupação, preservando esse sistema adverso que nos mantém habilmente na escravidão, estaremos escolhendo o caminho que não nos leva a lado algum, a não ser a um futuro de perdas.

Quando nos encontramos perante um abismo é necessário escolher: ou saltamos ou seguramos a corda que nos leva para o outro lado. É preciso que saibamos que não são os avanços tecnológicos que nos fazem andar para a frente, mas sim a nossa viagem espiritual. Esses obstáculos que estão no nosso caminho podem fazer com que façamos as escolhas certas ou não.

Escolher o caminho mais longo, mas com consciência, é muito melhor do que viver em um mundo de consumismo inútil, cheio de caprichos momentâneos.

Você pode escolher fazer parte das pessoas que destroem a Terra ou que a salvam, esperando que já não seja tarde demais. Hoje milhões de pessoas tomam consciência, tal como você, do sinal de alarme que soa nos quatro cantos do mundo.

Se tomar a decisão certa, o seu gesto multiplicado por todas as pessoas como você, salvará a fauna, a flora e toda a humanidade.

Porque SIM, basta jogar um saco de plástico no lixo para evitar que um dia ele vá parar no mar e mate uma tartaruga inocente.

Porque SIM, basta economizar um pouco de água para evitar esgotar os recursos e secar os rios que deixarão os peixes agonizando.

Porque SIM, basta reduzir o consumo de carne criminosa que mata sem coração os animais em um estresse inacreditável.

Porque SIM, é possível reduzir as viagens com o seu carro ou limitar a utilização do ar condicionado para preservar o clima e também a sua saúde.

Se você se preocupa com a crise é porque já é uma pessoa de bem. Eu confio em você e acredito na sua coragem para preparar a grande mudança que nos espera amanhã!

Chegamos ao final do meu Dossiê de Iniciação mensal. Espero que o meu trabalho possa contribuir para a sua procura pela verdade e sabedoria.

Juntos, acreditando em um futuro melhor e agindo para construí-lo, conseguiremos mudar essa evolução egoísta e destruidora onde nos encontramos.

SIM, tudo é possível porque temos o poder de sermos muitos que querem um mundo diferente daquele onde estamos caminhando de olhos vendados para o abismo!

Todos juntos, com essa vontade de acabar com a especulação abusiva sobre a vida humana, animal ou vegetal, conseguiremos viver um dia em um mundo de paz, respeito e preservação da nossa Mãe Terra, onde a alegria será o único valor a compartilhar. Acredite que esse dia não está assim tão longe!


Seu amigo para a vida,

Maurí Martinelli
Sociólogo


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