Veneno Veludo
    A foto acima é de uma vacinação promovida por médicos cubanos no Haiti. Esqueço, por ora, o "uniforme" profissional utilizado na ação. A nota no   site do Conselho Federal de Medicina registrando críticas severas a   importação de médicos cubanos sem revalidação do diploma, foi o start   para a discussão do tema.
    O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão do MPF/GO, Ailton Benedito,   atento, fez as considerações abaixo, sobre a intenção do governo em   promover essa "abertura" que trará, em minha opinião, severas e graves   consequências CONTRA a população. A saber, a mais carente das carentes,   que conta apenas com o SUS ao necessitar de atendimento à saúde. Aspas   para o Procurador da República:
    - Qual seria o custo per capta (passagem, transporte, moradia, salário) desses 6 mil médicos cubanos?
    - Junto com os 6 mil médicos cubanos viriam 6 mil tradutores? Ou a população assistida domina o portunhol? 
    - Esses médicos cubanos seriam federais, estaduais ou municipais?
    Num   tipo de brainstorm com ele, pela manhã, larguei algumas questões   retóricas, na conversa: como a execução dos serviços de atenção básica   são municipalizados, se o governo federal obrigará as prefeituras a   instalarem os (supostos) médicos cubanos em seus hospitais e postos de   saúde. Também não me parece correto que, sobre solo da nação LIVRE   brasileira, 6000 trabalhadores contratados sob responsabilidade do   governo, não tenham seus salários pagos diretamente a eles, mas ao   governo de Cuba. Se isso não é pagar o contrato ao feitor, não sei o que   seja.
    A   questão pertinente à linguagem vai além da comunicação médico-paciente.   Espanhol não é de tão fácil entendimento como parece. Como fica a   comunicação com o corpo de enfermagem? Trata-se de alocar os tais   "profissionais" nas regiões mais carentes do país. A dificuldade de   entendimento de uma auxiliar de enfermagem ao preparar um procedimento   prescrito a um paciente, em minha opinião, poderá causar danos   irreversíveis, dentre eles, mortes. E ainda há o receituário. O Brasil   da internet tem noção de como são também carentes os balconistas de   farmácia do Brasil profundo? Que mal frequentaram escola e mal lêem   português?
    Isso   não vai dar certo. Sob nenhum aspecto. E sequer cheguei, ainda, ao   risco da nossa própria escravidão ideológica e o que o mundo livre,   democrático e publicamente contra as ditaduras do mundo acharão de   participar de uma Copa do Mundo ou Olimpíadas podendo ser vítimas de   espiões ou coisa pior pagos pelo governo brasileiro. Nesses dois   aspectos, há muito o que dizer em outros posts. E não, não se trata de   inventar teoria da conspiração. Alguns de nós sabem de coisas e pessoas   (de outros países) que por sua vez sabem das coisas, que vão além de   delírios de alguma imaginação hiperativa. 
    Sugestão   do blog: na oportunidade da visita da blogueira Yoani Sanchez ao   Brasil, o procurador Ailton Benedito publicou em seu blog Bendito   Argumento, artigo chamado A Cubanização do Brasil. Leitura recomendada.
  

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