Paulo Ruschel foi executado com três tiros no bairro Pátria Nova
Novo Hamburgo - Em sessão ontem à tarde no Tribunal de Justiça, na capital, a juíza Osnilda Pisa pediu a reabertura da investigação sobre a morte do escrivão judicial Paulo Cesar Ruschel, executado com três tiros na madrugada de 22 de outubro de 2006. Relatora do processo, ela se reuniu com outros dois magistrados para julgar o recurso da companheira da vítima, Adriana Guinthner, designada a júri popular pela 1.ª Vara Criminal de Novo Hamburgo.
Em voto que durou aproximadamente uma hora, Osnilda disse que considera as provas insuficientes e que o caso precisa ser melhor apurado. Mas o julgamento, que entrou na pauta após mais de três anos de processo parado, não terminou. Aparentando não concordar com a posição da colega, o desembargador Marco Aurélio Canosa pediu vista. Um possível desempate pode ficar com o desembargador Jaime Piterman, que não chegou a se pronunciar. Novo julgamento foi marcado para 26 de fevereiro, quando o colegiado decidirá se mantém a decisão de mandar Adriana a júri ou se determina nova investigação.
A conclusão da Polícia e Ministério Público foi de crime passional com motivação financeira. A companheira teria matado o escrivão porque ele estaria querendo se separar. Adriana nega. Segundo ela, o assassinato teve relação com o trabalho da vítima no Foro hamburguense.
Reconstituição e contradições - A reconstituição do crime na casa da vítima, cinco dias após o fato, foi determinante para a prisão, indiciamento e denúncia de Adriana Guinthner. Conforme os peritos, ela foi orientada a repetir cinco vezes sua versão. A companheira teria caído em várias contradições, principalmente em relação à posição do atirador e na forma como teria fugido.
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