...- Juílson! Eu não aguento mais essa sua 'inércia'. Eu estou carente, "carente de ação", entende?
-'Carente de ação'? Ora, você sabe muito bem que, para sair da inércia, o Juízo precisa ser provocado e você não me provoca, há anos. Já eu dificilmente inicio um 'processo' sem que haja 'contestação'.
- Claro, você preferia que o 'processo' corresse a 'revelia'. Mas não adianta, tem que haver o exame das 'preliminares', antes de entrar no 'mérito'. E mais, com você o rito é sempre 'sumaríssimo', isso quando a 'lide' não fica pendente... Daí é que a 'execução' fica frustrada.
- Calma aí, agora você está 'apelando'. Eu já disse que não quero acordar o 'apenso', no quarto ao lado. Já é muito difícil colocá-lo para dormir. Quanto ao rito 'sumaríssimo', é que eu prezo a 'economia processual' e detesto a morosidade. Além disso, as vezes até uma 'cautelar' pode ser satisfativa.
- Sim, mas pra isso é preciso que se usem alguns 'recursos especiais'. Teus recursos são sempre 'desertos', por absoluta 'ausência de preparo'.
- Ah, mas quando eu tento manejar o 'recurso extraordinário' você sempre nega seguimento. Fala dos meus 'recursos', mas impugna todas as minhas tentativas de 'inovação processual'. Isso quando não 'embarga a execução'.
Mas existia um fundo de verdade nos argumentos da Dra. Themis. E o Dr. Juílson só se recusava a aceitar a culpa exclusiva pela crise do relacionamento. Por isso, complementou:
- Acho que o 'pedido procede, em parte', pois pelo que vejo existem culpas concorrentes. Já que ambos somos 'sucumbentes' vamos nos dar por reciprocamente quitados e compor amigavelmente o 'litígio'.
- Não posso. Agora existem 'terceiros interessados'. E já houve a 'preclusão consumativa'.
- Meu Deus! Mas de minha parte não havia sequer 'suspeição'!
- Sim. Há muito que sua cognição não é exauriente. Aliás, nossa relação está extinta. Só vim pegar o 'apenso' em carga e fazer remessa para a casa da minha mãe.
E ao ver a mulher bater a porta atrás de si, Dr. Juílson fica tentando compreender tudo o que havia acontecido. Após deliberar por alguns minutos, chegou a uma triste conclusão:
- E eu é que vou ter que 'pagar as custas...'?
-'Carente de ação'? Ora, você sabe muito bem que, para sair da inércia, o Juízo precisa ser provocado e você não me provoca, há anos. Já eu dificilmente inicio um 'processo' sem que haja 'contestação'.
- Claro, você preferia que o 'processo' corresse a 'revelia'. Mas não adianta, tem que haver o exame das 'preliminares', antes de entrar no 'mérito'. E mais, com você o rito é sempre 'sumaríssimo', isso quando a 'lide' não fica pendente... Daí é que a 'execução' fica frustrada.
- Calma aí, agora você está 'apelando'. Eu já disse que não quero acordar o 'apenso', no quarto ao lado. Já é muito difícil colocá-lo para dormir. Quanto ao rito 'sumaríssimo', é que eu prezo a 'economia processual' e detesto a morosidade. Além disso, as vezes até uma 'cautelar' pode ser satisfativa.
- Sim, mas pra isso é preciso que se usem alguns 'recursos especiais'. Teus recursos são sempre 'desertos', por absoluta 'ausência de preparo'.
- Ah, mas quando eu tento manejar o 'recurso extraordinário' você sempre nega seguimento. Fala dos meus 'recursos', mas impugna todas as minhas tentativas de 'inovação processual'. Isso quando não 'embarga a execução'.
Mas existia um fundo de verdade nos argumentos da Dra. Themis. E o Dr. Juílson só se recusava a aceitar a culpa exclusiva pela crise do relacionamento. Por isso, complementou:
- Acho que o 'pedido procede, em parte', pois pelo que vejo existem culpas concorrentes. Já que ambos somos 'sucumbentes' vamos nos dar por reciprocamente quitados e compor amigavelmente o 'litígio'.
- Não posso. Agora existem 'terceiros interessados'. E já houve a 'preclusão consumativa'.
- Meu Deus! Mas de minha parte não havia sequer 'suspeição'!
- Sim. Há muito que sua cognição não é exauriente. Aliás, nossa relação está extinta. Só vim pegar o 'apenso' em carga e fazer remessa para a casa da minha mãe.
E ao ver a mulher bater a porta atrás de si, Dr. Juílson fica tentando compreender tudo o que havia acontecido. Após deliberar por alguns minutos, chegou a uma triste conclusão:
- E eu é que vou ter que 'pagar as custas...'?
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