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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Assassinato de Celso Daniel. Marcos Valério denuncia que PT queria que ele arranjasse dinheiro para pagar chantagem feita por envolvidos contra Lula e Gilberto Carvalho.

Reportagem da revista "Veja" desta semana informa que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza revelou em depoimento ao Ministério Público Federal ter detalhes envolvendo o PT no assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. Valério, apontado como o operador do mensalão, foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a mais de 40 anos de prisão por crimes cometidos no mensalão.

Segundo a reportagem, Valério disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, estavam sendo extorquidos por figuras ligadas ao crime de Santo André.Ronan Maria Pinto, que é apontado pelo Ministério Público como integrante de um esquema de cobrança de propina na prefeitura, seria um dos suspeitos de chantagear Lula e Carvalho.

A revista diz que Valério foi procurado por petistas para pagar o dinheiro da chantagem, mas que ele teria se recusado. Segundo ele, quem teria ficado com a missão seria um amigo pessoal de Lula, que utilizou um banco não citado no mensalão. 

O depoimento de Valério à Procuradoria foi dado na tentativa de conseguir uma delação premiada, mecanismo jurídico no qual alguém que é investigado pode se beneficiar colaborando com a Justiça.Esse depoimento, segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", foi dado no fim de setembro. Nele, Valério teria citado Lula e o ex-ministro Antonio Palocci. 

Segundo o jornal, o empresário mencionou outras remessas de recursos para o exterior, além das que foram feitas para o publicitário Duda Mendonça, que trabalhou na campanha de Lula em 2002 e foi absolvido pelo Supremo no processo do mensalão.

A cúpula do PT procurou ontem desqualificar o novo depoimento que o empresário Marcos Valério teria prestado à Procuradoria-Geral da República sobre o esquema. Saindo em defesa de Lula, os petistas disseram que Valério está tentando se livrar da pena imposta pelo STF e por isso não merece credibilidade. O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, disse duvidar que Valério tenha algo a acrescentar ao que já foi dito no julgamento do mensalão e ironizou o novo depoimento: "Se eu fosse condenado a 40 anos de prisão também estaria me mexendo".

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