Haddad foge do PT sujo pelo Mensalão e busca apoio da esquerda envergonhada.
A campanha de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo vai resgatar intelectuais afastados da política e principalmente do PT desde o escândalo do mensalão, em 2005. O programa de governo do ex-ministro da Educação terá participações especiais de renomados pesquisadores e professores universitários, que se distribuirão em comissões temáticas para discutir os principais problemas da capital. O diagnóstico será somado a pesquisas encomendadas ao publicitário João Santana, responsável pela propaganda de TV do candidato, com o objetivo de verificar as prioridades da população. "O que se observa, hoje, é um divórcio entre a sociedade e a administração. A ideia é que a campanha de Fernando Haddad crie um movimento suprapartidário para um processo de reflexão sobre a cidade", resumiu o cientista político Aldo Fornazieri, coordenador técnico do programa de governo.
Há uma semana, cerca de 100 intelectuais – entre pesquisadores e professores da USP, Unicamp, Unifesp e Fundação-Escola de Sociologia e Política – reuniram-se com Haddad. Muitos afastados da política partidária, decidiram colaborar com a campanha e se reaproximar do PT. Na lista constam nomes como Olgária Matos, Ruy Fausto, Leda Paulani, Ricardo Carneiro e Walquíria Leão Rego. O primeiro seminário temático da plataforma de governo, sobre educação, está marcado para este sábado, 17, e será coordenado pelo professor Mário Sérgio Cortella. "Ponho minha mão no fogo pelo Fernando, mas, se ele estivesse com Kassab e Meirelles no palanque, ia votar quietinha, mas não participaria", disse a professora titular do Departamento de Economia da USP, Leda Paulani, numa referência ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) e ao ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. "Seria contraditório com tudo o que escrevi." Leia mais aqui.
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