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sábado, 12 de novembro de 2011

Movimento de Justiça e Direitos Humanos

Meu amigo! O gaúcho Jair Krischke, 73 anos, fundador do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, de Porto Alegre, foi homenageado com a "Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Câmara", do Senado Federal. Jair Krischke é uma dessas pessoas cujo nome está inscrito como "reserva moral" da Nação. Centenas de perseguidos por diversas ditaduras devem sua vida a ele. São incontáveis as vezes que ele atravessou fronteiras, por estradas secundárias, para resgatar uma vida, inclusive de crianças. O caso mais notório que ele conduziu foi a denúncia do sequestro, em Porto Alegre, do casal de tupamaros uruguaios Lilian Celiberti e Universindo Diaz, realizado por policiais civis do DOPS (Delegacia de Ordem Política e Social) e entregues para os sequazes do exército uruguaio que vieram buscá-los em Porto Alegre. Neste episódio, Jair Krischke desvendou a secreta Operação Condor, acordo existente entre as ditaduras do Cone Sul para trocar informações e presos políticos. Repressores de um país agiam em outro como se estivessem em casa. Dirigentes montoneros argentinos, em viagem do México ao Brasil, foram presos por repressores da Argentina assim que o avião taxiou na pista do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Repressores do exército uruguaio agiam em um centro de torturas e assassinatos em Buenos Aires. O Parlamento do Rio Grande do Sul, que criou uma CPI para investigar o sequestro do casal de tupamaros uruguaios em Porto Alegre, ainda está devendo uma homenagem similar a Jair Krische. Ele foi um dos cassados e perseguidos da ditadura militar. Era sargento da Aeronáutica e servia na Base Aérea de Canoas (Rio Grande do Sul) quando eclodiu o golpe militar e foi instaurada a ditadura no Brasil, em 1964. Em 1961, durante a Legalidade, tinha se oposto ao golpe militar, tendo contribuido junto com seus militares para desarmar os aviões que tinham recebido ordens para bombardear o Palácio Piratini, de onde o governador Leonel de Moura Brizola resistia à tentativa de golpe a partir da renúncia estapafúrdia do populista Jânio Quadros.


Reconheço. Devo, e muito, a Jair Krischke, 73, o exclarecimento do atentado que sofri em 17 de agosto de 2006, classificado por ele e o meio policial como o maior crime político esclarecido no RS, nos últimos 60 anos. A participação do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, na pessoa Jair Krischke, entre outros. Só assim foi possível identificar e denunciar a quadrilha petista de Estância Velha, RS, que mandou me matar. Na época fui atingido por 5 tiros de pistola Glock 380, semiautomática, na frente a minha casa.



Mauri Martinelli


Sociólogo

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