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sábado, 20 de agosto de 2011

IstoÉ revela tráfico de influência, blindagem de malfeitorias e conversas nada republicanas de Ideli Salvatti.

A revista IstoÉ deste final de semana deixa em muitos maus lençóis a ministra de Relações Institucionais, a ex-senadora Ideli Salvatti, porque revela grampos feitos pelo Sistema Guardião, Polícia Civil, no qual ela é flagrada em diálogos poliicamente indecentes com o ex-deputado do PR, Nelson Goetten, que acaba de ser preso em santa Catarina. As conversas revelam interferências abusivas na administração pública, sobretudo no Dnit, deixando muito mal o ex-diretor Hideraldo Caron, do PT do RS. Ao falar com Goettems de que modo deveria proteger seu afilhado no Dnit de Santa Catarina, Ideli lembrou como agiu ao conseguir a nomeação do seu ex-marido, Eugenio Mescolotto, para a presidência da Eletrosul: "Botei ele lá. Ele faz tudo. Nem preciso ficar respondendo coisas pela imprensa". Durante a investigação de um crime de conotação sexual, a Polícia Civil de Santa Catarina usou o Sistema Guardião para, durante quatro meses, gravar as conversas telefônicas dos envolvidos.

. Essas gravações acabaram registrando conversas que nada tinham a ver com a investigação, mas contam com alto teor político. Os grampos revelam os diálogos que o principal investigado, o ex-deputado Nelson Goetten, então presidente do PR catarinense, manteve com diversas autoridades, entre elas a então ministra da Pesca, Ideli Salvatti. As gravações das conversas de Ideli com Goetten mostram a íntima relação entre os dois e aconteceram no dia 18 de abril deste ano. Ela defendia um administrador acuado por denúncias de irregularidades e com a cadeira disputada por outros petistas de Santa Catarina. O engenheiro João José dos Santos, desde 2003 superintendente do DNIT catarinense, até agora escapou incólume da faxina ética promovida pela presidente Dilma Rousseff na pasta dos Transportes. Mas pesa contra ele uma série de suspeitas como a BR-101.

. A obra da BR-101, comandada por João José, é alvo de investigação do TCU e do Ministério Público Federal

. O parceiro da cruzada por João José dos Santos, o agora presidiário Nelson Goetten, foi um dos principais apoiadores da campanha de Ideli para o governo de Santa Catarina em 2010 (ela perdeu a eleição para Raimundo Colombo, do PSB, ficou sem mandato no Senado e acabou premiada com o Ministério da Pesca). Segundo um cacique do PR, Goetten se apresentava como arrecadador da campanha. Ele diz ainda que, depois que virou ministra, Ideli dividia com Goetten o controle dos projetos do DNIT em Santa Catarina.

. "Não preciso fazer nada. É trabalhar nos ouvidos de quem precisa saber das coisas", revela Ideli Salvatti num dos telefonemas. Era a estratégia que adota nas articulações
- As relações de Ideli e com o presidente do PR catarinense não eram segredo para ninguém. Em 12 de maio, às 17h41, Goet¬ten ligou para o também ex-deputado José Carlos Vieira (PR), e num diálogo cifrado avisou que estaria em Brasília. "Está combinado um jantar com a Ideli, o Ederaldo e o Pagot, na casa do Ederaldo", afirma. Goetten se referia a Hideraldo Caron, petista que ocupava a direção de infraestrutura rodoviária. É atribuído a Caron, que acabou caindo por pressão do PR, o controle da obra de duplicação da BR-101, entre Palhoça (SC) e Osório (RS). A rodovia com 348 quilômetros de extensão já recebeu em seis anos 268 termos aditivos que aumentaram o custo do empreendimento em R$ 317,7 milhões. Ao todo, o governo federal já gastou na ampliação da BR-101 quase R$ 2 bilhões.

CLIQUE AQUI para ler o inteiro teor da reportagem, que é completíssima, com quadros, fotos e reproduções de documentos. A ministra de Dilma Roussef poderá ser a bola da vez, junto com o ministro das Cidades. É mais lama que surge no governo federal do PT.

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