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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pedro Simon no Senado: "Caro Palocci: saia antes que seja criada a CPI"

'Vossa Excelência ficando fica mal', disse senador do PMDB.
Para Simon, permanência de Palocci deixa Dilma em situação delicada.

Robson Bonin do G1, em Brasília

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) usou a tribuna do Senado na tarde desta quinta (2/6) para pedir que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, deixe o cargo e evite que a presidente Dilma Rousseff permaneça em "situação delicada" por conta da crise envolvendo a evolução do seu patrimônio, ampliado em 20 vezes entre 2006 e 2010.
"Meu caro Palocci, se afaste do cargo, se afaste hoje ou amanhã, mas se afaste antes que seja criada a CPI. Vossa excelência ficando fica mal, e vossa excelência deixa a presidente Dilma em uma posição muito delicada", discursou Simon, fazendo referência à proposta da oposição de abrir uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o ministro.
Fazendo questão de destacar que não estava na tribuna do Senado para acusar o ministro de atos ilícitos, Simon lembrou que Palocci havia sido escolhido pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma para ser o homem forte da articulação política do Planalto, mas ficou enfraquecido com a crise.
"Ninguém pode dizer que ele cometeu ilícito, não vim aqui para garantir que isso aconteceu. Agora, o coordenador político do governo, onde a presidente não tem passado de costura política, o homem forte ali, politicamente, era o ministro Palocci.", afirmou Simon.
O senador gaúcho também lembrou a polêmica gerada em torno da convocação do ministro na Comissão de Agricultura da Câmara, que acabou suspensa pelo presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), depois de a base governista ter pedido a anulação da votação: "Meu amigo Palocci, está ficando feio para o PT e o PMDB impedirem que você venha depor no plenário de uma comissão. Como é que vão impedir que alguém convoque – não é nem como réu – para dizer o que aconteceu?"
Simon também lembrou o caso envolvendo Henrique Agrives, então ministro-chefe da Casa Civil do governo do presidente Itamar Franco, que foi afastado do cargo após denúncias de irregularidades e voltou fortalecido ao posto depois de prestar esclarecimentos: "A grande saída é o senhor se afastar. Se for possível, ainda hoje."
O peemedebista ainda lembrou que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, está analisando as explicações enviadas por Palocci para justificar seu enriquecimento. Simon afirmou que Gurgel deve se manifestar nos próximos dias e defendeu que a oposição aguardasse a decisão do procurador-geral para levar em frente a tentativa de abrir uma CPI mista contra o ministro.

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