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quarta-feira, 13 de abril de 2011

O que ainda não se falou sobre o atentado em Realengo

Nós temos uma visão clara desta hora.
Sabemos que é de tumulto e de incerteza.
E de confusão de valores.
E de vitória do arrivismo.
E de graves ameaças para o homem.
Mas sabemos, também, que não é esta a primeira
hora de agonia e inquietude que a humanidade vive.

O líder Sheikh Jihad Hassan Hamadeh afirma que o discípulo Wellington Menezes não era muçulmano.
SOBRE PREVISÕES E PROFECIAS
Todo final de ano é a mesma coisa. Jornais, revistas, programas de rádio e televisão dão generosos espaços aos videntes de plantão. De Mãe Dinah a Robério de Ogun, vê-se de tudo em matéria de previsões para o ano que se avizinha. É um vale-tudo onde búzios, cartas e até feijões são utilizados como oráculos do porvir.
Em dezembro de 2000, escrevi uma matéria comentando a insensatez destas supostas previsões e as técnicas utilizadas para prever o futuro. Uma delas é, simplesmente, dizer o óbvio: Um ator famoso morrerá; uma grande catástrofe natural acontecerá; uma descoberta bombástica abalará os fundamentos da ciência, etc. Nada mais factível, nada mais previsível.
Naquela oportunidade – e para encerrar o artigo – arrisquei-me a fazer algumas previsões. Em duas delas fracassei fragorosamente: Yasser Arafat não sofreu nenhum atentado e o Papa João Paulo II não morreu. Muito pelo contrário, ainda se arrastou por longos 5 anos antes sucumbir.
Qual foi minha estratégia? Profetizar coisas óbvias. Arafat sempre foi um alvo ambulante e João Paulo II esmilinguia-se a olhos vistos. Como aprendiz de vidente, falhei. Mas, aplicando a lógica dos videntes-de-final-de-ano – que é "esquecer as previsões falhadas e exaltar algum suposto acerto" – eu fiz uma das maiores previsões da história: No insignificante jornal Informissões (insignificante midiaticamente falando), eu previ nada mais nada menos que os atentados contra o World Trade Center!
Na edição de dezembro daquele ano eu escrevi: "Em setembro [de 2001], uma ação terrorista abalará o mundo". Bingo! No dia 11 de Setembro, Mohamed Atta e sua malta sequestraram 4 aviões comerciais e realizaram os ataques que resultaram em 2.977 mortos.
Como foi que "acertei" a previsão? Fácil. Usei aquilo que popularmente chamamos no Brasil de "chute". Foi uma previsão aleatória. Mas, por que ao invés de "generalizar" eu "precisei" o mês? Fácil também. Usei a lógica dos terroristas do Oriente Médio. Citei o mês de setembro por ser um mês emblemático para eles. Não é a toa que à medida que setembro se aproxima, as autoridades norte-americanas, européias e israelenses entram em estado máximo de atenção.
O fetiche dos terroristas árabes por setembro vem de longe. Inclusive há um movimento terrorista, chamado Setembro Negro, que foi responsável por uma das maiores tragédias da história do Esporte mundial, o Massacre de Munique.
Durante as XX Olimpíadas, que aconteceram em Munique, na Alemanha, membros do Setembro Negro invadiram o alojamento israelense na Vila Olímpica e massacraram 11 atletas judeus. Quando isso aconteceu? Dia 5 de Setembro de 1972.

Atletas que representavam Israel nas Olimpíadas de Munique

Os 11 Israelenses mortos em 1972, em Munique.

Jornal árabe exalta o heroísmo dos terroristas de Munique.
SERIA O BRASIL A BOLA DA VEZ?
"Profetizar" que um atentado islâmico acontecerá em Setembro – de qualquer ano! – não é uma tarefa difícil. Foi o que fiz, em dezembro do ano 2000.
Mas, há outra "profecia" que venho fazendo há anos: Um atentado terrorista acontecerá no Brasil a qualquer momento.
A primeira vez que falei e escrevi sobre isso foi em novembro de 2002, depois que o vendedor ambulante Clodovel Dantas ameaçou passageiros e tripulantes do Vôo 1701 da Gol com uma garrafa de Coca-Cola e dois isqueiros. Claro que se tratava de um doido. Um vendedor ambulante num avião pertencente a uma empresa de ônibus com uma garrafa de Coca-Cola Família cheia de gasolina está mais para piada do que para atentado. Principalmente depois que o homem exigiu que desviassem o avião para Brasília, pois ele desejava assustar os deputados.
Depois deste arremedo de atentado, acontece agora o Massacre de Realengo, no Rio de Janeiro. Seu autor era um jovem comum, de comportamentos banais e até oito meses atrás notabilizou-se apenas por não ser notável.
Discreto, caseiro e educado, Wellington de Menezes não tinha nada de "anormal", a não ser o gosto por jogos violentos, que é, infelizmente um hábito bastante comum nos lares modernos.
Em entrevista à Band News, a irmã de Wellington disse que ultimamente ele andava meio estranho e envolvido com "estas coisas de islamismo".
As entidades muçulmanas apressaram-se em negar que o atirador tivesse ligação com alguma mesquita ou associação islâmica.
Em Nota à Imprensa, , o Presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas, Jamel El Bacha "condenou veementemente" a atitude "do cidadão Wellington Menezes de Oliveira" e afirmou que o mesmo não tinha vínculos com mesquitas ou associações beneficentes (sic) islâmicas "em todo o Brasil".
A Nota à Imprensa foi distribuída na tarde do dia 07 de abril.
Ora, vejamos: Wellington começou a disparar às 08:30h. Por volta das 08:45 foi interceptado pelo 3º Sargento da Polícia Militar Márcio Alexandre Alves e cometeu suicídio. Às 09:05 a notícia começou a repercutir na imprensa. Por volta das 12:00h a rádio Band News entrevistou a irmã do atirador e esta afirmou que Wellington estava muito envolvido com o Islamismo. Por volta das 15:00h a União Islâmica divulgavou Nota à Imprensa dizendo que O CIDADÃO Wellington não tinha nenhum vínculo com mesquitas ou associações islâmicas EM TODO O BRASIL!
Temos aí duas opções viáveis:
1. A União Nacional das Entidades Islâmicas tem um poderoso controle sobre tudo o que acontece no universo islâmico em todo o Brasil, em poucos minutos cruzou todos os dados e chegou à conclusão que Wellington não era um dos seus; ou…
2. A União Nacional das Entidades Islâmicas está mentindo!
Dentre as duas opções, não sei o que você pensa, caro leitor. Quanto a mim, decidi-me pela segunda opção. Além do mais, a nota é precedida da clássica frase: "Em nome de deus (Allah), o clemente, o misericordioso", o que por si só já é sinônimo de descrédito.
Ao longo dos dias que se seguiram ao ataque, algumas coisas interessantes começaram a acontecer. A mais intrigante, foi o fato da Band News ter editado a entrevista com a irmã do atirador, retirando a menção ao islamismo.
Experimentem pesquisar no site da emissora o áudio da entrevista original, completa. Se encontrarem, avisem-me, pois vasculhei a web com todos os sistemas de busca e só encontrei a versão editada.
Nas pesquisas que fiz acabei por deparar-me com uma reportagem de TV que utilizou o áudio da tal entrevista. Esta matéria (disponível abaixo) foi postada por um internauta no Youtube. Procurei o vídeo original no site da emissora e nada.
É claro que o fato das emissoras de rádio e televisão serem do mesmo grupo não tem nada a ver. É claro que o fato de ambas pertencerem a uma família de origem árabe também não tem nenhuma ligação com o sumiço do áudio original. É só uma mera coincidência.

Interessante também foi a analise do "teólogo" (sic) Leonardo Boff depois de ler as cartas do atirador e de ver a foto do seu perfil no MSN. Segundo o autor do best seller água-com-açúcar "A Águia e a Galinha", as declarações de Wellington Menezes não demonstram fundamentação muçulmana, embora sua carta testamento seja um verdadeiro libelo islâmico. Acreditem ou não, Leonardo Boff disse o seguinte sobre o Wellington Menezes: "Ele é da tradição judaico-cristã!"
Sem comentários.
Quanto a mim, até o momento em que escrevo este post, não posso afirmar nada. Fico à espera do que emergirá dos dados que puderem ser salvos do HD do computador do atirador. Até aqui, vejo-o apenas como um desequilibrado que foi influenciado pepal leitura de um dos mais danosos livros jamais escrito: O Alcorão.
Voltando ao argumento do início deste artigo. Continuo a acreditar que se trata apenas de uma questão de tempo para que aconteça no Brasil um grande atentado terrorista de fundamentação islâmica.
Sou Profeta? De forma alguma. Apenas sigo uma lógica. Profetizar é dizer que o Ibis vai ser campeão brasileiro e isso acontecer. Já seguir a lógica, por exemplo, é apostar que o jogador Adriano vai se regenerar depois que a diretoria do Corinthians autorizou-o a ter "um dia de lixo" por semana. Ou seja, de sete em sete dias o Imperador poderá encher a cara. Se sem autorização ele já o fazia, imagine autorizado. Profetizar nesse caso é moleza.
Temo pelo Brasil. Temo pelos judeus brasileiros. Temo por todos os brasileiros. Caetano Veloso já cantou que O Haiti é Aqui. Quem sabe, depois de cantar que "Jesus é palestino", o Timbalada cante O Talibã Tá Aqui.
Termino chamando a atenção para uma coisa que nenhum órgão de imprensa abordou até agora: Afinal de contas, quem foi Tasso da Silveira, homenageado com o nome da Escola de Realengo onde houve o atentado?
Tasso Azevedo da Silveira foi um escritor e poeta que nasceu em Curitiba em 1895 e morreu no Rio de janeiro em 1968. Dois anos depois de morto, foi homenageado dando nome à fatídica escola. Coincidência ou não, são versos de um dos seus poemas que eu utilizei no início deste artigo.
Na sua obra "Intróito", uma poesia de 1932, Tasso da Silveira parece ter tido uma antevisão do que aconteceria nas dependências da instituição de ensino que levaria seu nome:
"Nós temos uma visão clara desta hora / Sabemos que é de tumulto e de incerteza / E de confusão de valores / E de vitória do arrivismo / E de graves ameaças para o homem / Mas sabemos, também, que não é esta / A primeira hora de agonia e inquietude que a humanidade vive".
Na sua poesia, Tasso da Silveira estava a falar do início do movimento Concretista. Eu uso os mesmos versos para alertar, 80 anos depois, para o Intróito (Introdução) da prática de atentados terroristas em solo brasileiro. Infelizmente.
"Quando é chegada a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está rubro. E, pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Hipócritas, sabeis discernir a face do céu, e não conheceis os sinais dos tempos?" (Mateus 16.2-3).

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