VEM AÍ O PAN-ISLAMISMO
O IRÃ É UM MODELO PARA AS REVOLUÇÕES ÁRABES?
Análise da Primavera Árabe feita por Michael Segall, Tenente-Coronel da Reserva das Forças de Defesa de Israel, especialista do Jerusalem Center for Public Affairs para questões estratégicas com enfoque no Irã, Terrorismo e Oriente Médio.
• Do ponto de vista do Irã, os acontecimentos recentes, especialmente no Egito (há muito considerado no Ocidente como uma âncora de estabilidade e o iniciador de um tratado de paz com Israel), representam uma melhora no status estratégico do Irã.
• Além disso, os eventos recentes têm concentrado toda a atenção na arena do Oriente Médio e removeram o programa nuclear iraniano do foco dos holofotes. O aumento do preço do petróleo para mais de 100 dólares o barril também levou à erosão da efetividade das sanções ao Irã (cuja utilidade ainda está por ser comprovada).
• O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Irã, major-general Sevved Hassan Firuzabadi, disse que a onda islâmica que está varrendo a região marca o início de um processo que terminará com a queda de Israel, e com os sionistas fugindo para seus países de origem. Ele acrescentou que os sinais de tal medo já são claramente visíveis no semblante dos líderes israelenses.
• Depois que os Estados Unidos derrubaram o regime iraquiano em 2003, o Irã sentiu-se cercado. Agora, Teerã se vê a caminho de completar um "cerco" regional a Israel – com o Hezb'Allah (Partido de Alá) ao norte e o Hamas ao sul. O Irã também acredita que a Jordânia, ao leste, se unirá às ondas de protesto, marcando a queda de mais uma nação que assinou um tratado de paz com Israel.
• O colapso da antiga ordem árabe nos países sunitas moderados do Oriente Médio é, pelo menos a curto ou médio prazo, favorável a Teerã e melhorou significativamente o status geo-estratégico do país e sua habilidade de promover um programa pan-islâmico xiita ambicioso.
• O Irã está aproveitando a atual comoção no mundo árabe e a confusão do Ocidente para intensificar sua intervenção, influência e interferência nas regiões que estavam anteriormente sob a influência dos Estados Unidos e do Ocidente, desdobrando sua força Al-Quds (uma unidade especial para "exportar" a revolução islâmica para além das fronteiras iranianas), enquanto também explora os recursos do Hezb'Allah, da Síria e do Hamas.
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