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segunda-feira, 21 de março de 2011

Kadafi pede "marcha popular estratégica" a Benghazi

20 de março - Imagem mostra o prédio do complexo de Kadafi em Trípoli atingido por um míssil lançado pelas forças aliadas. Foto: AP
Homem caminha por escombros de prédio bombardeado em Trípoli no segundo dia da ofensiva na Líbia

O líder líbio, Muammar Kadafi, pediu aos líbios de todas as regiões do país que organizem nesta segunda-feira uma "marcha popular estratégica" em direção à cidade de Benghazi, com ramos de oliveira nas mãos para impedir "a agressão estrangeira", anunciou a agência oficial líbia Jana. Segundo Kadafi, a manifestação, organizada na "luta contra a agressão estrangeira", deverá reunir dezenas de tribos líbias procedentes de todas as regiões do país em direção à segunda cidade líbia e bastião dos rebeldes.

Os participantes deverão levar ramos de oliveira em suas mãos para "apontar os problemas de forma pacífica e não dar motivo aos inimigos que atacam a Líbia e que buscam se apoderar de suas riquezas", afirmou a agência oficial. Além disso, a Jana indicou que os participantes da passeata "serão acompanhados" por integrantes das tribos de Benghazi, "os mesmos que pegaram em armas contra as unidades das forças populares armadas", em referência às tropas do regime.

O Ministério da Defesa líbio deplorou nesta segunda-feira, em comunicado citado pela agência oficial, que "as outras partes" não tenham respeitado o novo cessar-fogo declarado no domingo pelo Governo de Trípoli. O Departamento de Defesa afirmou que as bombas e os mísseis continuam atingindo a Líbia e causando "dezenas de vítimas civis" e que os "terroristas filiados à Al Qaeda prosseguem seus ataques armados".

Cindida entre rebeldes e forças de Kadafi, Líbia mergulha em guerra civil
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Entretanto, enquanto os casos tunisiano e egípcio evoluíram e se resolveram principalmente por meio protestos pacíficos, a situação da Líbia tomou contornos bem distintos, beirando uma guerra civil.

Após semanas de violentos confrontos diários em nome do controle de cidades estratégicas, a Líbia se encontrava atualmente dividida entre áreas dominadas pelas forças de Kadafi e redutos da resistência rebeldes. Mais recentemente, no entanto, os revolucionários viram seus grandes avanços a locais como Sirte e o porto petrolífero de Ras Lanuf serem minados no contra-ataque de Kadafi, que retomou áreas no centro da Líbia e se aproxima das portas de Benghazi, a capital da resistência rebelde, no leste líbio.

Essa contra-ofensiva governista mudou a postura da comunidade internacional. Até então adotando medidas mais simbólicas que efetivas, ao Conselho de Segurança da ONU aprovou em 17 de março a determinação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. Menos de 48 horas depois, enquanto os confrontos persistiam, França, Reino Unido e Estados Unidos iniciaram ataques. Mais de mil pessoas morreram, e dezenas de milhares já fugiram do país. Fonte: Terra.com.br

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