Uma decisão inédita no Judiciário gaúcho levou à demissão o juiz Marcelo Colombelli Mezzomo, da Comarca de Três Passos, nesta segunda-feira. Mezzomo estava afastado das atividades desde julho de 2010 e respondia a um processo administrativo disciplinar por conduta incompatível às funções de magistrado. O processo teve início em maio do ano passado, a partir de um registro na delegacia de polícia de Três Passos. A dona de uma sorveteria afirmou que o juiz teria se dirigido à sua nora com "comentários e elogios impróprios" e com "comportamento visivelmente alterado", nas primeiras horas da manhã do dia 25 de maio de 2010. O juiz negou os fatos e afirmou ter dito apenas que a moça era muito bonita. Mesmo assim, o relator do caso, desembargador Luiz Ari Azambuja Ramos, considerou coerente a versão da proprietária da sorveteria, descartando a possibilidade de que as vítimas fossem "fantasiar uma situação inexistente, mesmo sabendo posteriormente que estavam acusando um Juiz de Direito da Comarca". O desembargador também considerou o fato de que o juiz Marcelo Colombelli Mezzomo já havia sofrido pena de censura por envolvimento em acidente de trânsito e também respondia a outros processo administrativos por conduta inconveniente. Mezzomo, que havia sido nomeado em 25 de junho de 2007 teve o vitaliciamento (confirmação no cargo) suspenso, após a decisão unânime do Órgão Especial.
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