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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

CIDADÃO

O cidadão brasileiro é como o camponês do livro de Kafka: não sabe que existem leis; não sabe, na maior parte das vezes, que tem direitos provenientes dos muitos deveres de cidadão que cumpre religiosamente.
"Pior: muitas vezes sabe que tem o direito, mas não o faz valer. Não falo aqui do ‘homem regular’, aquele que concluiu o ensino médio. Falo da maior parte da população, daqueles que mesmo sabendo escrever, não têm condições intelectuais de interpretar um texto. Para esses, os párias, os miseráveis, os flagelados, não existe lei. Não existe ordem jurídica justa, não existe todo o artigo 5°, e seus 78 incisos – aqueles que contemplam os direitos e deveres individuais e coletivos – da Constituição.
Que dizer dos direitos sociais, assegurados pelo trecho que vai dos artigos 7° ao 11°? Estes é que não existem mesmo...
Acesso ao Judiciário? Nem pensar!
Condenados a uma existência sem saúde e educação, para se dizer o mínimo, jamais adentrarão as portas que levam à Lei.
Jamais saberão que a Lei é linda, é valiosa, é sábia! Jamais saberão que a Lei foi feita para eles...
"São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados"… (art. 6° da Constituição da República).
Nem vou escrever sobre de quem é a culpa... Tirem suas próprias conclusões!"
"Sempre haverá mais ignorantes que cientes, enquanto a ignorância for gratuita e a ciência dispendiosa".

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